Piloto de energia solar
Por Lana Pinheiro
Carioca, apaixonado por carros e velocidade, Alexandre Sperafico realizou o sonho de muitos jovens como piloto. Correu pela Fórmula-3000 e na Champ Car, mas foi quando saiu das pistas que realizou seu sonho mais ambicioso ao fundar a Enerzee. A empresa que tem como missão acelerar a transição para o uso de energias sustentáveis, faturou cerca de R$ 20 milhões no primeiro trimestre deste ano, o dobro na comparação com o mesmo intervalo de 2022. Até dezembro, a meta é chegar aos R$ 150 milhões.
A ousadia do número, segundo Sperafico, está sustentada pelo fato de o segundo semestre ser historicamente melhor do que o primeiro para o setor e por uma série de novos serviços que ele, ao lado da Chief Service Officer (CSO) e esposa, Etiara Sperafico, estão apresentando ao mercado.
Um deles é a energia solar por assinatura. “É um processo digital, sem burocracia, no qual o consumidor assina o serviço e recebe os créditos na conta de luz”, disse à DINHEIRO. De acordo com ele, quem optar pelo serviço chega a usufruir de descontos de até 15% na conta. Inicialmente, o serviço estará disponível somente em Minas Gerais e Mato Grosso. Outro que está prestes a sair do forno, esse nacional, é o telhado solar com zero investimento. “O consumidor não pagará as placas, o que venderemos é a energia limpa”, disse.
Construção verde
Madero investe em lojas sustentáveis
Após transformar a Madero em uma das maiores redes de restaurantes do Brasil com 270 lojas em 80 cidades, o chef e empresário Junior Durski quer tornar a marca sinônimo de construção verde. Com o objetivo de liderar o movimento Green Building no País, o grupo fez investimentos adicionais de R$ 260 mil em cada uma das 110 operações já certificadas com o selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed). Segundo o executivo, tornar as lojas ecologicamente mais responsáveis reflete em reduções no consumo de eletricidade, gás, água e também na melhor qualidade do ar aos clientes. “Além do enorme orgulho de sabermos que todos os resíduos foram tratados com total responsabilidade.”
Varejo
Segunda chance a produtos vira linha de receita
Antigo problema para a indústria, produtos com peso abaixo do especificado, perto do vencimento, com pequenas imperfeições e até aqueles que foram descontinuados agora são linha de receita. A mudança na gestão do que seria descartado é o core da Gooxy, empresa de tecnologia especializada na recolocação de mercadorias. A inteligência da empresa é conectar quem vende e quem compra.
Transporte e logística continuam com a fabricante. “Em 2022 movimentamos R$ 500 milhões em produtos recolocados”, disse o fundador e chairman Vinicius Alves Abrahão que deixou o mercado de M&A para empreender.
“Este ano vamos para R$ 1 bilhão”. Entre os clientes está a Ambev, para quem recoloca desde insumos excedentes até produtos finais, e a Unilever, que após bons resultados na parceria local convidou a empresa a abrir escritório na Colômbia, seu primeiro destino internacional. “A meta por lá é solidificar o negócio.” Depois, afirmou, quem sabe Chile e México.
R$2.07 bilhões é o quanto a Lei Rouanet deve movimentar em projetos culturais em 2023. A estimativa foi feita pela Simbi, socialtech especializada em gestão do investimento social das empresas
Saneamento
Por rios sem plásticos
Estão abertas até dia 19 de julho as inscrições para o edital Desafio Saneamento do Futuro — Rios Sem Plásticos.
O concurso será realizado em duas etapas. Na primeira, sob a responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), serão escolhidas nove soluções inovadoras no estágio de protótipo que incorporem tecnologias digitais e contribuam para a solução do problema. Na segunda, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) selecionará até três propostas entre as vencedoras do edital ANA para aumentar a escala e estimular o lançamento no mercado das soluções inovadoras validadas. Cada etapa distribuirá o total de R$ 990 mil em prêmios. Mais informações em https://saneamento dofuturo.abdi. com.br/.
“O revolucionário mais radical se torna um conservador no dia seguinte à revolução.”
Hannah Arendt (1906-1975) — em Homens em Tempo Sombrios
Papo Responsável: Ney Dias, diretor-presidente da Bradesco Auto/Ramos Elementares
Na esteira do aumento da busca do consumidor por novas práticas de sustentabilidade, empresas como o Bradesco Seguros adicionam serviços e produtos ao portfólio. Ney Dias, diretor-presidente da Bradesco Auto/Ramos Elementares, falou sobre a iniciativa à Coluna.
A CONCEPÇÃO
“Durante a pandemia, a Bradesco Seguros percebeu um crescimento na solicitação da assistência de recolhimento de eletrodomésticos dos clientes dos seguros Residencial e de Automóveis. Esse movimento continuou ganhando força em um cenário em que a população brasileira aderiu ao trabalho remoto ou híbrido.”
O PROJETO
“O projeto Sinistro Sustentável faz parte do Descarte Ecológico da Bradesco Seguros e tem como objetivo recolher e dar um destino socioambientalmente correto a resíduos e bens danificados de residências e veículos segurados. Mas o cliente também pode descartar outros bens, mesmo que não possuam relação com o sinistro coberto pela apólice.”
PÚBLICO
“O projeto está disponível para todos os clientes dos seguros Auto e Residencial, mas também envolve outros públicos, como as oficinas automotivas, assistências técnicas e recicladoras.”
RESULTADO
“Em 2022, a Bradesco Seguros viabilizou a coleta de 148 toneladas de materiais. Até o mês de março deste ano já foram coletados 190,5 toneladas de materiais, evitando, assim, que fossem descartados de maneira inadequada.”