Por Hugo Cilo

Maior empresa brasileira de cursos no exterior, com faturamento de mais de R$ 350 milhões no ano passado, a
CI Intercâmbio está formatando um novo modelo de programa estudantil internacional. Em vez de pacotes de aulas em salas fechadas, a empresa aposta no combo Edutainment (Educação + Entretenimento) para fazer decolar suas vendas neste ano. Segundo o presidente e fundador, Celso Garcia, trata-se da primeira empresa do setor no País a unir as experiências de intercâmbio, viagens e festas de formatura em um programa de anos ou até décadas. “Criamos um ecossistema completo de aprendizado e experiências, onde uma criança pode ter o seu primeiro contato com o Grupo CI em um programa com a escola aos 3 anos de idade”, afirmou o empresário. Depois, segundo ele, a partir dos 11 anos o jovem pode fazer um primeiro intercâmbio de férias para o Canadá, seguido por uma viagem de formatura no Ensino Fundamental ou Ensino Médio, retornar para a CI para ter uma experiência de estudo e trabalho na Irlanda e finalizar com uma cerimônia de colação de grau e festa de gala na sua faculdade, organizada pela Amaze (divisão de eventos da empresa). “Essa proposta de valor é única no Brasil e talvez até no mundo”, disse Garcia. Com essa estratégia, o Grupo CI está retornando ao mesmo patamar de vendas de 2019, e prevê um crescimento de mais de 45% para 2023. “Nesse ritmo, vamos triplicar de tamanho nos próximos cinco anos, proporcionando experiências transformadoras para mais de 150 mil clientes”, disse Garcia.

Máquina pesada

A Simak, empresa do grupo Manserv, está ganhando impulso com a retomada da economia. A companhia fechou o semestre com 1,5 mil ativos para locação e consolidou R$ 251 milhões dos R$ 400 milhões em investimentos planejados para 2023. “A resposta do mercado foi muito boa. Tivemos que antecipar compras. Crescemos 18% acima do planejado. Estamos com todos os ativos locados em projetos de longo prazo”, disse o CEO Anderson Antonio de Abreu. A Manserv, que atua em manutenção industrial, faturou R$ 3,5 bilhões em 2022.

Crédito impulsiona Linker aos bilhões

A Linker, fintech para MEIs e pequenas e médias empresas, acaba de superar a marca inédita de R$ 2 bilhões em transações e a abertura de mais de 50 mil contas, triplicando de tamanho em relação ao último ano. De acordo com o CEO David Mourão, o crescimento se deve à linha de crédito simplificada e sem garantia. “Entre os processos mais burocráticos e demorados para empreendedores nos bancos tradicionais está a concessão de crédito. Apostamos na transparência e na facilidade dessa concessão para nossos clientes”, afirmou. “A linha de crédito funciona como um empréstimo clean, 100% digital, sem entrada, sem garantia e com pagamento parcelado via boleto bancário.” A fintech espera conceder crédito para mais de 1 mil PMEs neste ano.

Aporte de R$ 100 milhões para a Negra Rosa

O mercado de beleza voltado para pessoas pretas movimenta cerca de R$ 11 bilhões no Brasil por ano, segundo estudo da Nielsen. De olho nessa demanda, a Farmax, uma das maiores indústrias nacionais de itens de saúde e beleza, adquiriu a grife de cosméticos Negra Rosa e definiu investimentos de R$ 100 milhões até 2027. Segundo a fundadora da marca, Rosangela Silva, que continua à frente da empresa, a injeção de capital vai dar suporte ao plano de crescimento acelerado. “Essa é uma fase de realização de grandes sonhos que não eram viáveis até então”, disse.

Fundos de olho na cannabis

A Cannect, maior ecossistema de cannabis medicinal da América Latina, está expandindo sua rodada de investimento com novo aporte, chegando a um total de quase R$ 40 milhões. Os protagonistas da rodada são os fundos de venture capital Supera Capital e BluStone. Também compõem a captação o fundo internacional Yaax Capital e outros family offices. O novo aporte torna a Cannect a startup de cannabis medicinal que mais recebeu investimentos no País, segundo Allan Paiotti, CEO da Cannect. Ele estima que nos próximos cinco anos a cannabis medicinal deve superar R$ 10 bilhões em tratamentos.

Colégio brasileiro no top 10 da inovação

A Camino School, escola trilíngue e integral na capital paulista, está entre as dez escolas mais inovadoras do mundo pelo World’s Best School Prizes. A escola idealizada pela empresária Letícia Lyle abriu as portas em 2019 e tem foco no ensino e desenvolvimento de projetos de impacto social, especialmente nas áreas de inclusão, diversidade e aprendizagem socioemocional. A escola é responsável por projetos de impacto social, como o Manual Para Escolas Antirracistas. “Estamos comprometidos em capacitar nossos estudantes a se tornarem cidadãos globais, respeitando e valorizando a diversidade, promovendo a equidade e abraçando a individualidade de cada estudante”, afirmou Letícia.