Tecnologia

App antiwar salva vidas na Ucrânia

Crédito: Sergey Bobok

Ucrânia: estima-se que até 45% da população civil foram salvos por alertas de apps (Crédito: Sergey Bobok)

Por Edson Rossi

Já são quase 18 meses de uma guerra que os russos avaliaram como curta. O erro de Moscou? Acreditar que as confrontos físicos seriam suficientes numa era de batalhas digitais e tecnológicas. Ainda é fato que armas defasadas continuam eficazes — espalhar minas terrestres e armadilhas mutilam inimigos como nunca. Assim como é fato que soluções de inovação minimizam estragos. Exemplo disso é o Air Alert, da empresa Ajax.

Baixado mais de 15 milhões de vezes, o app salva vidas. Funciona como um sistema que emite alertas antecipando, por exemplo, bombardeios. Quem diz isso são pesquisadores da Universidade de Michigan, da Universidade de Chicago e da Ipsos. “Estimamos que 35% a 45% de baixas civis foram evitadas”, afirmaram num estudo. A solução tem dois nomes por trás: Valentine Hrytsenko e Stepan Tanasiychuk. O primeiro é diretor de marketing da Ajax Systems (empresa ucraniana que atuava apenas com detecção de invasões e incêndio). Tanasiychuk foi quem o procurou para propor a ideia. Veio dele a ideia de aumentar o escopo do app para enfrentar os ataques russos.

Threads melhor que Twitter (chora, Musk)

A CORRIDA DOS MILHÕES
Quanto tempo para chegar a 100 milhões de usuários

Tio Elon Musk é bom em muitas coisas. Tio Mark Zuckerberg é bom em uma: publicidade. Veridicto: ganhou Zucky. Pesquisa do WebsitePlanet selecionou 30 marcas com contas no Twitter e no Threads — o ‘Twitter’ da Meta Platforms. As postagens comparadas foram de dois tipos: a) idênticas nas duas plataformas ou b) postagens diferentes feitas simultaneamente em ambas as plataformas.

PÁISES* QUE LIDERAM DOWNLOADS DO THREADS

Índia 33%

Brasil 22%

EUA 16%

México 8%

Japão 5%

*Por questões regulatórias, o app ainda não está disponível na Europa

Foram avaliados indicadores como número de seguidores, curtidas e respostas (o Threads não fornece dados sobre visualizações ou republicações de postagens). O resultado? Bem, 87% das marcas analisadas geraram mais curtidas no Threads do que no Twitter. Em média, elas receberam oito vezes mais respostas na nova plataforma.

O FUTURO…
“Você não pode ligar os pontos olhando para frente. Você só pode conectá-los olhando para trás”
Steve Jobs

(1955-2011) Inventor

O PASSADO…
“A diferença entre o santo e o pecador é que todo santo tem um passado e todo pecador tem um futuro”
Oscar Wilde(1854-1900) Escritor e poeta

Netflix faz golaço

Quer medir a diferença de algo bom para algo ruim? Tente cobrar. A Netflix apostou no próprio taco e… Deu muito certo. Ao criar filtros rígidos para evitar o compartilhamento de senhas, a plataforma corria o risco de ver usuários vazarem. Nada disso. Dados da Bloomberg Second Measure mostram que o número de novos assinantes aumentou 204% na semana encerrada em 25 de junho, em comparação com a semana encerrada em 21 de maio. A empresa anunciou seus resultados do segundo trimestre na quarta-feira (19). As receitas do período encerrado dia 30 de junho somaram US$ 8,187 bilhões, em linha com o volume do primeiro trimestre do ano (US$ 8,161 bilhões), mas o lucro líquido deu um salto mais expressivo e chegou a US$ 1,487 bilhão (contra US$ 1,305 bilhão do primeiro trimestre de 2023), alta de 14%.

Noruega: uma bomba para as plataformas

Notícia nada boa para as Big Techs. Pior. Pode virar pesadelo para as gigantes que operam publicidade em plataformas. A Noruega decidiu que a partir de 4 de agosto (por um prazo de três meses) Facebook e Instagram não poderão fazer publicidade comportamental — aquelas que usam como princípio o comportamento dos usuários nas redes. Ou seja, o DNA das big plataformas. A Datatilsynet, órgão de proteção de dados da Noruega, segue orientação de decisão do Tribunal de Justiça da UE, que considerou as práticas de publicidade comportamental em confronto com a General Data Protection Regulation (GDPR). “A vigilância comercial invasiva é um dos maiores riscos para a proteção de dados atualmente”, disse Tobias Judin, da Datatilsynet.