Lúpulo, cevada e otimismo

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Por Hugo Cilo

Quase tudo que compõe uma garrafa de cerveja encareceu nos últimos dois anos. O lúpulo e a cevada dispararam com a guerra na Ucrânia. Vidro e embalagens de papelão também. Sem o gás russo, o custo da energia na Europa, onde estão as maiores e melhores cervejarias do mundo, mais do que dobrou. O frete internacional idem. Mas o cenário adverso para a bebida titular dos happy hours mundo afora começa a melhorar, segundo o empresário Douglas Salvador, fundador e presidente do Clube do Malte, maior clube de assinatura de cervejas do País. A queda do dólar, a restauração da cadeia global de suprimentos do setor e a perspectiva de queda dos juros a partir deste mês criam um horizonte mais positivo para as empresas do ramo cervejeiro. “Se o ambiente continuar melhorando, poderemos recompor parte das margens pedidas e também reduzir preços ao consumidor final”, afirmou Salvador, à MOEDA FORTE. O empresário afirma que os custos subiram 50% desde o início da pandemia, mas apenas 10% dessa alta foi repassada ao valor final. “Tivemos de sacrificar a rentabilidade para não perder vendas”, disse. O empresário, que projeta R$ 20 milhões de faturamento neste ano, contra R$ 17 milhões em 2022, calcula que haverá uma melhora geral no mercado assim que o dólar cair para menos de R$ 4,50. “Estou confiante de que as coisas vão melhorar muito para o mercado de cerveja.” Que assim seja.

Shopee ensina a exportar

Vista como vilã por muitos varejistas brasileiros, a plataforma de e-commerce Shopee vai ajudar empresários daqui a vender na Ásia. Na quarta-feira (26), a empresa fechou parceria com a ApexBrasil e com os Correios para produtos Made in Brazil ao Sudeste Asiático, via Singapura. Para o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, a parceria com a Shopee vai ajudar a turbinar o Brasil no e-commerce mundial. “Sem dúvida, estamos dando um grande passo para consolidar nossa presença na Ásia”, disse. Segundo a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), entre 2016 e 2021 o fluxo de comércio com o Brasil teve aumento de 91%, passando de US$ 15,1 bilhões para US$ 28,9 bilhões. No primeiro semestre de 2022, chegou a US$ 16,6 bilhões, valor 21,3% superior ao do mesmo período de 2021.

Brasil no foco da Rodenstock

A operação brasileira da Rodenstock, gigante alemã do setor ótico, projeta um crescimento de até 15% no volume de vendas de suas lentes neste ano, depois de uma alta de 12% em 2022. Com receita global de 505 milhões de euros, a companhia enxerga no Brasil um dos maiores potenciais de expansão no mundo, segundo Hugo Mota, presidente da empresa no Brasil. Ele afirma que o plano é expandir a cobertura geográfica e elevar a capacidade de produção para atender à crescente demanda.

Quando trabalhar faz mal à saúde

“O trabalho enobrece o homem”, “Deus ajuda a quem cedo madruga” e “faça o que ama e nunca mais precisará trabalhar” são frases de incentivo aos empregados que estão caindo em desuso. As pessoas querem mesmo é trabalhar menos e viver melhor, segundo estudo da Infojobs. O fato é que a volta ao trabalho presencial está prejudicando a qualidade de vida

Negócio bom para cachorro

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Depois de viver na Espanha, Estados Unidos e Canadá sem a companhia do seu filhote beagle, o Thor, a veterinária Juliana Stephani retornou ao Brasil com a ideia fixa de juntar a sua paixão pelos animais e o desejo de empreender. Deu certo. Ela acaba de superar a marca de 4 mil pacotes de viagens para os tutores passearem com seus animais mundo afora, para países como EUA, Portugal, Japão, África do Sul e Emirados Árabes. “A minha experiência internacional me mostrou que existia essa oportunidade de mercado aqui no Brasil porque as pessoas querem viajar com seus pets, mas ficam inseguras e se perdem com a burocracia que muda muito de país para país”, disse Juliana.

“Se você corta essas duas coisas [emprego e financiamento], você corta toda a economia do País” Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, ao criticar os juros altos

Estrada de oportunidades

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Onde a maioria só enxerga rua esburacada, o executivo americano Rich White vê oportunidade de negócios. À frente da divisão de químicos especiais da multinacional Ingevity, especializada em pavimentação e com faturamento global de US$ 1,6 bilhão em 2022, a empresa projeta ampliar em 25% suas receitas no Brasil nos próximos três anos. “Fiquei impressionado com a infraestrutura existente no Brasil. É como se alguém estivesse gritando a palavra oportunidade”, disse White. Esse grito é quase um berro. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), de todas as vias públicas existentes no Brasil, apenas 12% são asfaltadas.

MRV cresce no e-commerce

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Marketplace de móveis e acabamentos da construtora MRV&Co, o Mundo da Casa atingiu resultados históricos neste primeiro semestre. Com crescimento de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, a loja virtual registrou recorde de R$ 10,3 milhões em vendas em junho, o melhor mês de sua história. Segundo Isabela Soares, executiva responsável pelo marketplace, o objetivo é consolidar a marca no segmento de acabamento e acessórios. “Os resultados até aqui evidenciam o bom desempenho ao apostar em soluções que proporcionam experiências únicas para cada cliente.”

Quando trabalhar faz mal à saúde

“O trabalho enobrece o homem”, “Deus ajuda a quem cedo madruga” e “faça o que ama e nunca mais precisará trabalhar” são frases de incentivo aos empregados que estão caindo em desuso. As pessoas querem mesmo é trabalhar menos e viver melhor, segundo estudo da Infojobs. O fato é que a volta ao trabalho presencial está prejudicando a qualidade de vida