Tecnologia

San Francisco: táxis sem motoristas

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Por Edson Rossi

Na quinta-feira (10), as autoridades da Califórnia liberaram por 3 votos a 1 a atuação total de robotáxis na cidade de San Francisco. Duas companhias, Cruise (que recebeu investimentos de GM, Honda, Microsoft e até Walmart) e a Waymo (que tem Alphabet-Google por trás) já operavam na cidade, mas com restrições. A primeira podia fazer apenas corridas entre 22h e 6h em algumas áreas delimitadas, enquanto a Waymo só podia usar seus carros tendo a companhia de um motorista humano a bordo. Agora, ambas podem atuar pela cidade toda, a qualquer horário e todos os dias, com carros totalmente autônomos.

Nvidia, o foguete do mercado

Dia 15 de agosto de 2022, segunda-feira. Uma ação da Nvidia era vendida a US$ 190,32. Um ano depois: dia 14 de agosto de 2023, segunda-feira. Uma ação da Nvidia abriu o mercado sendo vendida a US$ 408,55. Isso equivale a um rali incomum. Caso você colocasse R$ 100 mil nela há um ano, hoje teria R$ 210 mil. Nem juro de título brasileiro chegou perto. A Nvidia nesse período passou a valer US$ 1 trilhão, tornando-se a quinta maior empresa dos Estados Unidos, atrás apenas de Alphabet, Amazon, Apple e Microsoft, mas já à frente da Meta. Tudo porque sua tecnologia principal é a espinha dorsal do novo produto mais quente da temporada, o ChatGPT, que como inúmeros modelos de soluções de inteligência artificial (IA) dependem das unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para funcionar. Aparentemente, pista livre à frente.

Sabe os influenciadores? Então, talvez você não saiba desta…

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Pesquisa da Universidade de Portsmouth (Inglaterra) com 2 mil pessoas mostra que 22% dos consumidores ativos nas mídias sociais compraram produtos falsificados endossados por influenciadores. Não é nada de forma intencional. Simplesmente porque os falsificadores se aproveitam da popularidade e da confiança desse badalado perfil de vendedor digital, o influencer, para promover produtos ilegais, tornando mais fácil do que nunca encontrar e comprar pirataria. Estima-se que produtos falsificados representem até US$ 509 bilhões por ano em volume transacionado — cerca de 2,5% do comércio global de mercadorias. Mark Button, professor e diretor do Centro de Crime Cibernético e Crime Econômico da Escola de Criminologia e Justiça Criminal da Universidade de Portsmouth, disse que o “os consumidores nesse ambiente geralmente dependem de recomendações de terceiros, e esses influenciadores têm substituído cada vez mais as avaliações dos próprios clientes sobre a compra”. A pesquisa também indica que pessoas entre 16 e 33 anos têm três vezes mais chances de comprar falsificações endossadas por influenciadores do que os que têm de 34 a 60.

Grupos de mídia querem regular IA

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Dez players robustos e tradicionais do mundo da mídia — incluindo The Associated Press (AP), Agence France-Presse (AFP) e News Media Alliance (que reúne 2 mil jornais de Canadá e Estados Unidos) — acabam de lançar uma carta aberta pedindo que governos regulamentem o uso de inteligência artificial (IA). Na carta, intitulada Preservando a Confiança Pública na Mídia por Meio de Regulamentação e Práticas Unificadas de IA, os autores afirmam que a IA tem potencial de proporcionar benefícios significativos à humanidade, “no entanto, também acreditamos que essas tecnologias podem ameaçar a sustentabilidade do ecossistema de mídia como um todo, corroendo significativamente a confiança do público na independência e qualidade do conteúdo e ameaçando a viabilidade financeira das empresas”. Na carta pedem-se negociações coletivas e transparência entre meios de comunicação e desenvolvedores para controlar qual material protegido por direitos autorais é usado no treinamento das ferramentas de IA, além da eliminação de vieses nos algoritmos e no conteúdo gerado.

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“Se você reconhece que carros autônomos vão prevenir acidentes de trânsito, a IA será responsável por reduzir uma das principais causas de morte no mundo.”
Mark Zuckerberg Fundador e ceo da meta

Goool da alemanha… Na corrida dos chips

Gigante mundial na fabricação de chips, a taiwanesa TSMC anunciou que irá investir 3,5 bilhões de euros na construção de uma planta na Alemanha para funcionar a partir de 2027. Será a primeira na Europa da companhia, que pouco atua fora de Taiwan — há operações na China e nos Estados Unidos, e uma no Japão que deve iniciar as atividades no ano que vem. A TSMC vai se aproveitar dos bilionários subsídios alemães para a indústria de chips. O valor total da unidade será de 10 bilhões de euros. Berlim deve entrar com até metade desse montante. O 1,5 bilhão de euros restante viria dos demais sócios na empreitada, as alemãs Bosch e Infineon e a holandesa NXP. Elas terão 10% cada, enquanto os taiwaneses ficarão com 70% do projeto, por meio de uma subsidiária (European Semiconductor Manufacturing Company-ESMC). “A Alemanha está se tornando o principal local de produção de semicondutores na Europa”, disse o chanceler alemão Olaf Scholz, menos de dois meses depois de a Intel anunciar a instalação de um complexo orçado em 30 bilhões de euros (com um terço financiado pelo governo alemão). No caso da TSMC, ela já anunciou investimentos numa nova fábrica nos EUA e uma segunda planta no Japão (para entrar em operação em 2026).