Cresce participação feminina em cargos de liderança no Brasil
Por Angelo Verotti
Os desafios ainda são muitos, como a equidade salarial aos homens, mas a luta das mulheres por igualdade conquista resultados importantes ano a ano. Pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria e consultoria, aponta que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil, um avanço significativo na comparação a 2019, quando a proporção era de 25%. O movimento é um reflexo das mudanças feitas pelas empresas nos últimos anos, que visam integrar colaboradores de acordo com os pilares de ESG e inclusão, sendo o das mulheres um dos pontos que mais avançaram nos últimos dez anos. Já um estudo da consultoria McKinsey indica que a presença de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança pode gerar um aumento de até US$ 12 trilhões no produto interno global até o final do ano, com a participação de US$ 410 bilhões do Brasil. Para Ana Cleonice Sá, professora de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera, é preciso quebrar barreiras para empresas que ainda resistem à presença feminina nos negócios. “Um primeiro movimento gera grandes transformações em toda a estrutura”, disse. “Com a entrada de uma mulher, as chances de abrir oportunidades para o público feminino aumenta ainda mais.”
Desenvolvimento sustentável
Carbono neutro para produtos químicos e têxteis
Com o objetivo de acelerar a descarbonização de sua cadeia produtiva em linha com as metas estabelecidas pelo programa Solvay One Planet, a Rhodia, empresa pertencente ao grupo Solvay, anunciou o primeiro portfólio de produtos químicos e têxteis com pegada de carbono neutralizada. Na área química, a novidade é o ácido adípico Rhodiacid, com aplicações principalmente para a produção de solados de calçados, lubrificantes, plastificantes, adesivos, tintas e resinas, espumas flexíveis e rígidas. O ácido adípico reage a hexametilenodiamina (HMD) formando o adipato de hexametilenodiamina, também chamado de sal náilon, matéria-prima da cadeia de fibras têxteis e industriais. Ainda na área química, a empresa deve lançar em em breve solventes oxigenados neutros em carbono, atendendo à demanda de segmentos de mercado tanto no Brasil quanto no exterior.
Na área têxtil, o primeiro produto a integrar essa gama carbono neutro é fio têxtil de poliamida Amni Carbon Neutral, para utilização em diversos segmentos da indústria do vestuário e da moda.
“Com esse portfólio, composto inicialmente por dois produtos, damos mais um passo na direção da neutralidade de carbono de nossas operações”, diz Daniela Manique, CEO do Grupo Solvay na América Latina e principal executiva da área global de negócios Coatis, responsável pelo desenvolvimento do portfólio brasileiro de produtos neutros em carbono. A intenção da empresa é ampliar o portfólio ao longo dos próximos meses.
As emissões de CO2 remanescentes de cada produto são compensadas com a compra de créditos de carbono de um projeto de reflorestamento no Brasil, realizado na Fazenda São Nicolau, em Mato Grosso (MT), cujo dono é o Office National des Forêts (ONF Brasil).
R$10,4 Bilhões
É o quanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende captar por meio da venda de títulos soberanos sustentáveis para financiar projetos de:
* desenvolvimento urbano, resiliente e sustentável;
* indústria verde;
* logística de transporte, transporte coletivo e mobilidade verdes;
* transição energética; floresta nativa e recursos hídricos;
* e serviços e inovação verdes.
São seis novas linhas de financiamento para empréstimo de recursos via Fundo Clima, a partir de 2024