Save the date: 12 de setembro

Por Edson Rossi

Quem realmente importa no mundo da tecnologia recebeu um destes convites. É a Apple chamando para o lançamento do iPhone 15, na terça-feira (12). O evento de lançamento será transmitido no site da Apple às 17h no horário de Brasília. A expectativa é que os modelos tragam portas de carregamento USB-C (as mais comuns) devido à aprovação de leis exigindo isso na Europa. No continente, nada que não use esse padrão poderá ser vendido a partir de dezembro do ano que vem. É provável que novidades da linha Apple Watch também sejam apresentadas.

“Humanos são alérgicos à mudança”

“É mais fácil conseguir perdão que permissão”

Grace Hopper (1906-1992), programadora americana e almirante

Veículos autônomos: preconceito vem de fábrica

Pesquisadores do tradicional King’s College, uma das principais universidades do Reino Unido, comprovaram viés de preconceito na inteligência artificial (IA) utilizada em sistemas de detecção de pedestres. Foram avaliados oito soluções e 8 mil imagens. A conclusão: os softwares são 20% mais precisos na identificação de adultos do que de crianças e 7,5% mais acurados com pessoas de pele clara em relação a pessoas de pele escura. Sim, os carros teriam menor chance de se envolver em acidentes com adultos brancos do que com crianças ou adultos pretos. Uma das causas é que as principais coleções de imagens de pedestres utilizadas para treinar sistemas de IA trazem menos pessoas jovens e mais pessoas com pele clara do que pele escura. Jie Zhang, doutor do Departamento de Informática do King’s College e um dos nomes à frente da pesquisa, disse que os fabricantes de automóveis não divulgam os detalhes do software que adotam, mas como geralmente são construídos com base nos mesmos sistemas de código aberto utilizados na pesquisa, “podemos ter certeza de que eles estão enfrentando os mesmos problemas de viés”. Para Zhang, “fabricantes de veículos autônomos e governos precisam se unir para construir uma regulamentação que garanta segurança e seja objetiva e justa”.

“É preciso controlar a IA”, diz Brad Smith, da Microsoft

Não passa semana sem que algum exponente da indústria tecnológica avise sobre o potencial de risco da inteligência artificial (IA). Desta vez foi ninguém menos que o vice-chairman e presidente da Microsoft, Brad Smith. Vale lembrar que a empresa está por trás da OpenAI, a dona do fenômeno ChatGPT. Na segunda-feira (28), Smith afirmou em entrevista exclusiva à americana CNBC que a IA pode se “transformar em arma e precisa ser controlada por humanos”.

CONTROLE HUMANO – “Toda tecnologia pode se tornar uma ferramenta ou se transformar em uma arma. Temos de garantir que a IA permaneça sujeita ao controle humano. Quer se trate de um governo, das forças armadas ou de qualquer tipo de organização. Precisaremos garantir que temos humanos no controle, que podemos abrandar ou desligar as coisas.”

A COISA CERTA – “É por isso que defendemos não apenas que as empresas façam a coisa certa, mas também que sejam criadas leis que garantam que haja interrupções [por questões] de segurança.”

JÁ FIZEMOS ANTES… – “Vimos a necessidade [de criação desses controles] em outras situações. A eletricidade depende de disjuntores. Da mesma maneira que você coloca seus filhos em um ônibus escolar sabendo que há freio de emergência. Já fizemos isso antes para outras tecnologias. Agora precisamos fazer o mesmo para a IA.”

O MAIOR ERRO – “A IA é uma ferramenta que pode ajudar as pessoas a pensarem de forma mais inteligente e rápida. O maior erro que se pode cometer é acreditar que ela permitirá às pessoas que parem de pensar.
É por isso que na Microsoft chamamos nossos serviços de copilotos.”