Um foguete chamado Nvidia

Por Edson Rossi

Todos brigam para ter suas soluções de inteligência artificial (IA). A Nvidia é quem fornece as ferramentas essenciais na corrida. Ou seja. Não importa quem vença o jogo, ela ganhará junto. Mais ou menos como um fabricante de pás e picaretas durante a corrida do ouro. Isso explica por que na terça-feira (29) as ações da companhia foram negociadas a um preço recorde histórico e fecharam em US$ 487,84. Anote as altas: +4,16% (em um dia), +4,89% (no mês) +240,79% (desde janeiro) +257,47% (em um ano). O valor de mercado da empresa é de US$ 1,2 trilhão. Colaborou para a performance o anúncio de um acordo para a venda de suas soluções por meio da nuvem do Google. Já há parcerias semelhantes da Nvidia com Amazon e Microsoft.

A excelente notícia na corporação vem na sequência de outra excelente notícia feita seis dias antes, na quarta-feira (24), quando a companhia fundada há 30 anos por Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem informou os resultados do trimestre fiscal encerrado em julho. As receitas somaram US$ 13,5 bilhões (elevação de 101% sobre o mesmo trimestre de 2022). O lucro líquido avançou junto: para US$ 6,2 bilhões (843% sobre o mesmo trimestre de 2022). “Uma nova era da computação começou”, afirmou Huang, o CEO. “Empresas em todo o mundo estão fazendo a transição para computação acelerada e IA generativa.”

A Nvidia fabrica os processadores gráficos, ou GPUs, necessários para o desenvolvimento de soluções como o famosíssimo ChatGPT.

Por esse motivo a companhia acredita que esse boom de demanda por seus produtos irá continuar pelo menos até o ano que vem. “As GPUs Nvidia compõem a infraestrutura de computação da IA generativa e os principais provedores de serviços em nuvem anunciaram enormes infraestruturas do IA Nvidia H100”, afirmou Huang no relatório aos investidores. “Começou a corrida para adotar a IA generativa.”

Numa tradução mais precisa: começou uma nova corrida do ouro.