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Mais isenção para igrejas, templos e partidos

Crédito:  Ricardo Borges

Marcelo Crivella: autor do texto que amplia a imunidade tributária de igrejas, templos religiosos e partidos políticos (Crédito: Ricardo Borges)

Por Paula Cristina

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou na terça-feira (19) a proposta que amplia a imunidade tributária de igrejas, templos religiosos e partidos políticos. O texto foi apresentado pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. A proposta será analisada por comissão especial. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 5 de 2023 veda a criação ou a incidência de quaisquer impostos sobre a aquisição de bens e serviços necessários à formação do patrimônio, à geração de renda e à prestação de serviços pelas organizações religiosas e partidos, incluindo suas fundações.

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Desenrola já movimentou R$ 13,2 bilhões

Em dois meses, os bancos brasileiros renegociaram 1,9 milhão de contratos de dívidas e movimentaram R$ 13,2 bilhões no bojo do Programa Desenrola, segundo a Febraban. O número engloba apenas a Faixa 2, que abrange as renegociações de débitos com bancos para quem tem renda de até R$ 20 mil sem limite de valor de dívidas, o que permite o refinanciamento de imóveis e de veículos, por exemplo. Os devedores poderão acionar diretamente as instituições bancárias para negociá-las. A faixa 1 (pessoas com renda até R$ 5 mil) começa no fim de setembro. A estimativa da Fazenda é que até dezembro 70 milhões de brasileiros sejam beneficiados pelos descontos na renegociação da dívida.

Finanças
Euforia com Haddad esfria

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi durante os primeiros meses do mandato Lula o fiador de um governo com responsabilidade fiscal e comprometimento com as contas públicas. Seus acenos moderados também eram vistos com bons olhos. Mas foi só o ministro acenar para algumas medidas que beliscam grandes investidores e instituições financeiras que a curva de otimismo começou a desviar. Uma pesquisa da Genial Quaest sobre as percepções de agentes do mercado financeiro dá uma noção clara disso. A aprovação de Haddad caiu de 65 em julho para 46 em setembro. Um número ainda alto, mas que mostra uma onda de mau humor crescente. Na avaliação de 23% do mercado, Haddad tem um desempenho negativo à frente da equipe de economia do governo. Antes, o total era de 11%. Já aqueles que consideram a gestão do petista regular subiu de 24% em julho para 31% em setembro. Quanto às perspectivas para a economia, 36% dos entrevistados afirmaram esperar que melhore nos próximos 12 meses, em contraposição aos 53% favoráveis em julho. No lado oposto, 34% citam piora na economia. Em julho, o grupo representava 21% das respostas. Os que defendem a estabilidade foram de 26% para 30%. Nesse contexto, algumas decisões do governo são vistas como nocivas para a economia, as medidas que taxam fundos exclusivos, o fim do Juro Sobre Capital Próprio (JCP) e, na ponta dos gastos, o anúncio do Novo PAC, que prevê investimentos na ordem de R$ 1,7 trilhão. Segundo o levantamento, 71% disseram se tratar de uma medida negativa e 86% acreditam que os valores anunciados não farão o País crescer. Quanto ao objetivo do governo de zerar o déficit fiscal até o fim do ano que vem, 95% dizem não acreditar que a meta será atingida. Ao mesmo tempo, 86% afirmam que as medidas anunciadas para ajudar no objetivo, como a taxação de fundos exclusivos, não serão suficientes para acabar com dívida.

US$ 33 trilhões

É o valor da dívida dos Estados Unidos, segundo informações do Departamento do Tesouro dos EUA. O valor é o mais alto da história e coloca em risco a capacidade do país de arcar com os gastos da máquina pública. Joe Biden (foto abaixo), presidente americano, negocia soluções para ampliar o prazo de pagamento e desafogar as contas públicas neste momento.

(Jack Marain)

“Temos assistido a números mínimos no desemprego, particularmente para os trabalhadores afro-americanos e hispânicos, e veteranos, você sabe, os trabalhadores sem diploma do Ensino Médio.”
Joe Biden, presidente dos EUA, em coletiva em Maryland dia 17. Depois da fala, a Casa Branca informou ter havido um erro no discurso, que deveria terminar com “Veteranos E trabalhadores sem diploma” .

Tudo joia?
68% dos brasileiros culpam Bolsonaro

(Ton Molina)

O escândalo envolvendo venda, recompra, devolução e encobrimento de joias recebidas pelo Estado brasileiro durante o governo Bolsonaro há semanas não sai do noticiário nacional. Agora, pela primeira vez, o Datafolha avaliou como o brasileiro tem entendido esse imbróglio. Segundo o levantamento, 68% acham que o ex-presidente sabia que vender as joias que ganhou de autoridades sauditas era ilegal e 52% afirmam que ele cometeu crimes. Também de acordo com a pesquisa, 17% dizem acreditar que o ex-chefe do Executivo não sabia do assunto e 15% não souberam opinar. Há 38% que entendem que a venda não foi criminosa e 10% não sabem.

Mundo
PIB da Argentina cai 5% no segundo trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina teve queda de 4,9% no 2º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Instituto de Censos e Estatísticas (Indec) na terça-feira. Em relação ao trimestre anterior, a queda foi de 2,8%. Os setores que mais puxaram a baixa de abril a junho de 2023 foram os de agricultura (-40,2%) e pesca (-30,5%). Em 13 de setembro, o Indec divulgou que a inflação anual do país avançou para 124,4%, enquanto a taxa de juros argentina está em 118% desde agosto..