Em respeito ao planeta e à vida
Vinícola Madre Terra cultiva sociobiodiversidade e belezas naturais em Flores da Cunha (RS)
Por Celso Masson
“Quem conhece a Madre Terra, imediatamente entende seu propósito.” A afirmação é de Tainá Zaneti, responsável pelo branding e pela criação de uma vinícola familiar administrada em sociedade com seus pais Izabel e Hermes Zaneti. “Este lugar é a fonte de vida. Por isso o nome Madre Terra, que nutre e expressa os valores e princípios que queremos transmitir e compartilhar com quem é apaixonado por vinhos, gastronomia, espiritualidade e natureza.”
Depois de investir R$ 17 milhões na propriedade que se dedica à agricultura regenerativa, a família começará a mostrar aos enoturistas no mês de outubro seus primeiros vinhos e espumantes. São dez rótulos produzidos em microlotes de apenas 300 a 1,3 mil garrafas, divididas em três linhas: AuraZ, CicloZ e VentreZ. Do vinhedo ao engarrafamento, tudo é acompanhado pelo engenheiro agrônomo Leandro Venturini e pelo enólogo Delto Garibaldi, eleito melhor do Brasil em 2014.
Seus vinhos nascem em meio a cenários que incluem vinhedos em patamares, lagos, bosques e trilhas na mata nativa. São mais de 500 árvores ornamentais de 80 espécies, todas catalogadas. Com múltiplas cores e tamanhos, transformam o cenário em cada estação do ano, formando um oásis da biodiversidade com bosques que se encaixam nas ondulações da geografia. Cinco lagos naturais deixam a paisagem ainda mais encantadora. Segundo a família Zaneti, o respeito à vida, ao humano, ao feminino, ao sagrado e ao espiritual fazem parte da filosofia da marca. A preservação e reestruturação da vegetação nativa do entorno integra de forma harmônica o vinhedo à paisagem. Na Madre Terra, mais que vinhos, o que o visitante encontra é um convite para interagir com a natureza.