Estilo

Luxo, rum e reggae no Oceano Índico

Paisagens exuberantes, clima tropical e resorts de luxo com vilas sobre as águas fazem as Maldivas, país insular entre a África e o Sri Lanka, parecerem um sonho — ou a Ilha da Fantasia, como a série de TV dos anos 70

Crédito: Victor Romero

Com mais de 1 mil metros quadrados de área e capacidade para hospedar 14 adultos e oito crianças, a maior das acomodações do Niyama tem diárias a partir de R$ 43,6 mil (Crédito: Victor Romero )

Por Celso Masson

Existem lugares cuja beleza da paisagem não cabe em fotografias. Tampouco uma descrição verbal, ainda que rica em minúcias, pode dar conta de transmitir o arrebatamento causado pelo visual que se estende diante dos olhos. É essa a sensação que domina quem chega às Maldivas. Faltam palavras para transmitir com exatidão o deslumbre de estar no arquipélago formado por quase 1,2 mil ilhas e 61 atóis no Oceano Índico, entre a costa oriental da África e o Sri Lanka. É longe, é caro — e é incrível. Não por acaso há cerca de 160 resorts no país, mesmo ele sendo o menor e o menos populoso da Ásia.

Toda essa infraestrutura turística pensada para encantar os visitantes estrangeiros. Aproveitando uma rara condição natural em que o mar é raso e quase sem alterações de marés, boa parte dos resorts adotou uma arquitetura característica: as suítes e vilas são construídas em palafitas e dão acesso direto a mergulhos nas águas calmas, mornas e cristalinas.

É precisamente assim nas propriedades do grupo de origem tailandesa Minor Hotels, dono de 530 empreendimentos em oito diferentes bandeiras no mundo, incluindo as redes Tivoli e Anantara — que possui cinco unidades nas Maldivas.

A empresa também administra o complexo Niyama Private Islands, formado por duas ilhas que se conectam por uma pequena ponte. Com os nomes Chill e Play, elas oferecem uma combinação perfeita relax e diversão, além de criar no viajante memórias inesquecíveis.

A aventura começa em Malé, a capital maldiva. O aeroporto internacional ainda está em obras, mas o moderno terminal dedicado apenas a hidroaviões (o país tem a maior frota dessas aeronaves) foi recentemente inaugurado e possui lounges para que os passageiros aguardem o embarque com todo conforto.

Poucos minutos após a decolagem, o que se vê da janela são ilhas de todos os tamanhos e formatos, cercadas por uma infinidade de tons de azul. É de tirar o fôlego. Voar até o Niyama leva 50 minutos, mas parece bem menos graças aos encantos que se observa do alto.

O pouso no mar é suave e o desembarque tem a ajuda do anfitrião que servirá de mordomo, motorista e concierge. Na língua local, ele é chamado thakuru.

Pilotando seu carrinho de golfe, o thakuru irá primeiro apresentar os atrativos das duas ilhas:
• diversos restaurantes e lojas,
• o luxuoso Drift spa (com salas de massagem com vista para o mar),
• a academia de ginástica,
• a quadra de tênis iluminada,
• um centro de atividades aquáticas onde é possível alugar equipamentos de mergulho e de surfe.

Terminado o passeio, é hora de conhecer a acomodação escolhida. Do lado de fora, as bicicletas identificadas com o nome dos hóspedes já estão disponíveis. Por ser um destino procurado por surfistas, é possível solicitar um suporte para carregar a prancha.

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A partir do alto, o banheiro com ducha externa que parece uma cascata; uma das villas com amplo living e terraço que se debruça sobre as águas; e a tenda montada na praia para a experiência Destination Dining. Além das instalações e do cenário, o cuidado com o hóspede torna a viagem inesquecível (Crédito:Divulgação)

Rum e reggae

Apresentados os atrativos e os aposentos, que tal um mergulho no mar transparente? Ou uma massagem a dois? Se o horário do pôr-do-sol estiver se aproximando, uma sugestão é ir até o bar no point das ondas grandes, escolher um drinque à base de rum e se jogar numa poltrona enquanto a noite cai ao som de reggae.

Muito roots para o seu gosto? Há sempre a opção de relaxar na banheira antes de seguir para o jantar, que pode ser no pitoresco Nest, de cozinha asiática e com mesas na altura das copas das árvores, no Tribal, que combina especialidades africanas e sul-americanas, ou em um exclusivo Destination Dining.

Trata-se de uma experiência romântica à beira-mar, com chefe e garçom exclusivos, cenário decorado com velas aromáticas e, quando o tempo permite, até um filme projetado em um telão sob as estrelas. A gastronomia, por sinal, é um dos destaques do Nyiama desde o café da manhã, que pode ser desfrutado na piscina, com os acepipes montados em uma mesa flutuante.

O Niyama ficou mais conhecido dos brasileiros quando Gabriel Medina gravou lá um dos episódios de seu programa no canal Off, em 2017. Desde então, caiu nas graças de quem gosta de surfar e quer conhecer lugares paradisíacos para praticar o esporte.

Quem nunca surfou pode fazer aulas. E se essa não for a sua onda, vale agendar um mergulho de snorkell nos corais. Há muitos peixes coloridos para ver, além de tartarugas e pequenos tubarões. Ainda que nada disso esteja nos seus planos, a praia é sempre convidativa. Pegue sua bike e escolha onde passar o dia bebericando um bom drinque e petiscando o que sai das cozinhas espalhadas pelas ilhas.

As opções de hospedagem vão de uma vila na praia com diárias a partir de R$ 2.905 (sem piscina) até um pavilhão de mais de 1 mil m2 sobre o mar que comporta 14 adultos e oito crianças, ao preço inicial de R$ 43.653 — que o Niyama define como oásis de praia particular.

Seja qual for o orçamento, as recompensas estão por toda a parte, dos chinelos aos travesseiros, passando por amenities da grife londrina Molton Brown à disposição no banheiro que parece de cinema. Ou melhor, parece da Ilha da Fantasia, como afinal é tudo por ali.

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O mergulho com tubarões é para os corajosos, mas pegar uma onda é a atividade que atrai boa parte dos turistas que vão ao Niyama Private Islands desde que Gabriel Medina esteve por lá (Crédito:Divulgação)