Miami ainda é onde todos querem estar
Para a especialista no mercado imobiliário da Flórida o momento é ideal para aproveitar oportunidades e investir na cidade que em 2022 recebeu 1,2 mil novos moradores por dia
Por Celso Masson
Em 2000, quando foi morar nos Estados Unidos, a paulistana Mariana Niro já acumulava boa experiência no setor financeiro. Atuou por 15 anos em instituições como Credit Suisse, First Boston e Prudential Securities. E foi com a visão de quem conhece finanças a fundo que ela fez uma transição de carreira. Como agente de imóveis, alcançou a impressionante marca de US$ 178 milhões comercializados até o ano passado — performance reconhecida em uma dúzia de prêmios e um convite de trabalho irrecusável.
Em fevereiro deste ano, ela trocou sua posição na corretora Douglas Ellinam por uma sociedade com Ryan Serhant, CEO e fundador de grupo que leva seu nome e que está entre os líderes de vendas de imóveis nos Estados Unidos.
Segundo Niro, trabalhar para Serhant ampliou sua exposição e atraiu ainda mais clientes. Embora atenda a cada um de forma personalizada, ela tem um mesmo conselho para todos: “O mercado imobiliário em Miami deve continuar em alta e quem não investir agora irá perder oportunidades”.
As razões para essa crença não se limitam ao interesse em continuar fazendo negócios para receber sua comissão. Elas se baseiam em dados.
Em 2022, uma média de 1,2 mil pessoas se mudou para Miami por dia. Quando se inclui na conta Palm Beach, as vendas totais de casas e apartamentos residenciais somaram US$ 145 bilhões entre 2021 e 2022.
E, apesar do aumento dos juros americanos, o sul da Flórida, comparado com outros locais dos EUA, parece estar imune às condições de recessão.
Isso porque as taxas de financiamento locais são em média 3 pontos percentuais ao ano menores que em outros estados. “A média de transações imobiliárias na região saltou de US$ 40 bilhões entre 2018 e 2020 para US$ 78 bilhões no ano passado”, disse Niro.
Ainda assim, a oferta de novos empreendimentos é relativamente pequena. As projeções são de apenas 6,6 mil unidades residenciais na região até 2025 — o que representa um inventário pequeno para a demanda. Isso pode levar a um aumento nos preços, o que torna o momento atual ainda melhor.
Entre os motivos para esse aumento de procura está o fato de Miami reunir:
• clima quente,
• praias badaladas, seguras e tranquilas,
• boa gastronomia,
• cultura,
• e muitas opções de entretenimento — incluindo o novo trem de alta velocidade que faz a conexão com Orlando, onde estão os parques da Disney.
“A média móvel de transações imobiliárias na região saltou de US$ 40 bilhões entre 2018 e 2020 para US$ 78 bilhões no ano passado.”
Mariana Niro, agente imobiliária da Serhant
Soma-se a isso o interesse das marcas de luxo internacionais em se associar a empreendimentos imobiliários de alto padrão. No caso da moda, há edifícios com as assinaturas Armani, Fendi e Missoni. Para quem é fã de carros, Aston Martin Residences e Porsche Design Towers mexem com o desejo de status das pessoas do mundo todo.
Segundo Niro, “os condomínios se tornaram verdadeiros oásis para quem busca qualidade de vida”. Ela destaca uma novidade no mercado da Flórida, que são os apartamentos direcionados para aluguéis de curto prazo, que permitem obter uma renda expressiva em dólar, além do usufruto e da apreciação do imóvel.
Entre os lançamentos, Niro cita o 72 Park, que será entregue em Miami Beach no verão de 2024 (com unidades a partir de US$ 719 mil), e o luxuoso The Residences At 1428 Brickell, que terá 189 unidades em 70 andares. Com 325 m2 de área, os apartamentos de quatro suítes custam a partir de US$ 5,5 milhões.