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Vinhos com o DNA da maior grife de cristais

Dos mesmos donos da Swarovsky, Bodega Norton se renova ­— e cresce na preferência dos brasileiros

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Michael Halstrick, presidente da Bodega Norton: tão argentino que os amigos o chamam de Miguel (Crédito: Divulgação)

Por Celso Masson

Foi a construção de uma ferrovia na região de Mendoza, Argentina, que deu origem à criação da Bodega Norton, em 1895. O engenheiro britânico Edmund Norton, que trabalhava na obra, decidiu fundar ali um vinhedo. Em 1989, a mesma paisagem fez com que o austríaco Gernot Langes-Swarovski decidisse expandir seus negócios adquirindo a vinícola. Desde então, a empresa se tornou uma das principais exportadoras argentinas.

No Brasil, porém, a presença ainda era modesta até a importação passar a ser feita pela Casa Flora. “Hoje vocês são nosso quinto maior mercado”, afirmou o atual presidente da Bodega Norton, Michael Halstrick.

Filho de Gernot Langes-Swarovski, ele vive em Mendoza há 35 anos e se considera tão argentino quanto austríaco — a ponto de ser chamado de Miguel pelos amigos. Halstrick também divide a paixão por vinhos com a que tem desde pequeno pelos cristais que se tornaram sinônimo da família Swarovski.

Como CEO, ele tem conduzido uma renovação na Norton que passa pelo reposicionamento no mercado internacional (a marca chega a 70 países) e pela busca de vinhos mais refinados, com castas como Pinot Noir e Cabernet Franc em adição à Malbec, símbolo de opulência.

Com 700 hectares próprios, a vinícola compra uvas de 140 produtores, de diferentes regiões e altitudes. Eles respondem por 40% do volume necessário para engarrafar 25 milhões de litros por ano. “Trabalhamos como um artista que usa diferentes cores em sua paleta para realizar uma obra”, disse Halstrick.

A paisagem que encantou o inglês Norton, na Cordilheira dos Andes, é berço dos vinhos de caráter refinado que o atual proprietário busca (Crédito:Divulgação)