Tecnologia

Big techs: driblando impostos

Big techs: driblando impostos

Por Victoria Ribeiro

Estudo feito pelo think tank britânico TaxWatch, dedicado ao universo dos tributos, mostra que pelo menos 2 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 12,1 bilhões) ao ano teriam deixado de ingressar nos cofres ingleses em impostos devidos pelas grandes empresas de tecnologia. O problema não está em evasão ou ilegalidade, mas no que o TaxWatch chama de regras fiscais arcaicas. A pesquisa avaliou sete empresas – Adobe, Alphabet, Amazon, Apple, Cisco, Meta e Microsoft – e reportou que elas teriam lucrado, apenas no Reino Unido, em 2021, 15 bilhões de libras (mais de R$ 90 bilhões). Mas a maior parte do lucro é transferida para outros países, de baixa ou nenhuma tributação. O resultado: foram recolhidos em impostos apenas o equivalente a 753 milhões de libras (R$ 4,5 bilhões). O TaxWatch estimou que o tributo recolhido, se os lucros não tivessem sido expatriados, seria de 2,8 bilhões de libras (quase R$ 17 bilhões).

Foxconn e nvidia: fábricas de IA

I-Hwa Cheng / AFP

A taiwanesa Foxconn, maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo, construirá um novo tipo de data center usando chips e software Nvidia para uma série de aplicações, incluindo direção autônoma de carros. Compartilhando palco em evento anual de tecnologia da Foxconn em Taipei, o presidente da Foxconn, Liu Young-way, e o CEO da Nvidia, Jensen Huang (foto), disseram que suas empresas construirão essas “fábricas de IA” juntas. “Surgiu um novo tipo de produção: a produção de inteligência. E os centros de dados que a produzem são fábricas de IA”, disse Huang, acrescentando que a Foxconn tem a experiência e a escala para construí-los globalmente. As ações da Nvidia triplicaram em 2023, dando à empresa um valor de mercado de mais de US$ 1 trilhão, impulsionadas pelo entusiasmo com a atuação central dos chips da empresa em aplicações de IA.

Cruise-gm: incidentes com veículos autônomos

A Administração Nacional de Segurança no Trânsito de Estradas dos Estados Unidos (NHTSA) abriu investigação para saber se a unidade de veículos autônomos Cruise, subsidiária da General Motors, tem tomado as precauções necessárias para proteger pedestres. Segundo o órgão regulador, foram registrados casos de carros avançando contra pessoas ou invadindo faixas. Cerca de 600 automóveis serão avaliados antes de se decidir por um recall total. Em agosto, um robô-táxi da empresa se envolveu em um acidente com uma ambulância em São Francisco, dando origem a outra investigação.

Nação startup
esvazia escritórios em busca de desaparecidos

O conflito entre Israel e Hamas tem impactado nas movimentações da chamada Nação Startup. Especialistas israelenses em tecnologia estão deixando seus empregos temporariamente para ajudar a localizar conterrâneos desaparecidos. Karine Nahon, uma das líderes da iniciativa, afirmou que os voluntários estão analisando imagens, incluindo vídeos postados on-line pelo movimento do grupo islâmico, para ajudar na localização. Qualquer informação obtida é repassada às autoridades israelenses. Com sede em Tel Aviv, que abriga a maior parte do setor de tecnologia e segurança de Israel, os voluntários criaram um centro de comando improvisado, onde usam inteligência artificial e reconhecimentos facial e de voz.

Musk contra bots

Divulgação

X, antigo Twitter, vai iniciar um teste que cobra US$ 1 anual dos novos usuários para “postar e interagir com outras postagens”, disse a empresa em um post na rede social. A plataforma afirmou que a medida faz parte de seus esforços para combater spam e atividades de bots. A assinatura anual faz parte de um programa que a empresa nomeou de Not A Bot e será testada pela primeira vez na Nova Zelândia e nas Filipinas.

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“Uma democracia que faz a guerra científica moderna deve necessariamente deixar de ser democrática” Aldous Huxley (1894-1963) Escritor Inglês