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Duplicata eletrônica vai reduzir custos e juros

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Nova regulação vai aumentar e facilitar a aprovação de crédito (Crédito: Istockphoto)

Por Jaqueline Mendes

A Resolução 339, aprovada pelo Banco Central em 24 de agosto para padronizar o registro de duplicatas eletrônicas, tende a reduzir os custos para o setor financeiro (como bancos e registradoras) e baratear o crédito para as empresas. Isso porque haverá aumento da concorrência e maior pressão sobre os spreads praticados atualmente. Essa é a avaliação do executivo Fernando Bianchini, superintendente de produtos balcão para crédito e recebíveis da B3. “A duplicata eletrônica será para o mercado de crédito e antecipação de recebíveis o mesmo que o Pix se tornou para os meios de pagamento”, afirmou Bianchini, referindo-se à significativa diminuição de custos operacionais dos bancos com movimentação de dinheiro em espécie, manutenção de caixas eletrônicos, uso de carros-fortes e riscos de assaltos a agências. “Haverá ganhos enormes em redução de custos e isso, na ponta, vai significar menos custos em pagamento de juros pelas empresas.”

Bianchini avalia que a nova regulação vai aumentar e facilitar a aprovação de crédito porque as instituições financeiras terão um arsenal maior de informações disponíveis. “Ou seja, isso aumenta a competição. Combinados, esses fatores geram um barateamento no custo do crédito para a empresa”, disse. “Então acho que esse é o benefício aqui da ponta final, que é bastante alinhado ao que o Banco Central espera quando ele traz um normativo desses para o mercado.”