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Conheça a cidade inteligente da MRV

Construtora investe R$ 2 bilhões em projeto que alia sustentabilidade e inovação em São Paulo. Montante contempla R$ 300 milhões em obras de infraestrutura e urbanização. VGV chega a R$ 3 bilhões

Crédito: Claudio Gatti

CEO da MRV&CO, Eduardo Fischer destacou a importância do Cidade Sete Sóis Pirituba nos quase 45 anos da história da companhia (Crédito: Claudio Gatti)

Por Angelo Verotti

São Paulo ocupa a terceira colocação geral entre as dez cidades mais inteligentes do Brasil, de acordo com o ranking 2023 do Connected Smart Cities, atrás de Florianópolis e Curitiba. Na região Sudeste, no entanto, o município lidera. E a MRV está de olho nesse desempenho.

Com foco em soluções pautadas em sustentabilidade e inovação, a construtora escolheu a capital paulista para apresentar o seu maior projeto em quase 45 anos de história: Cidade Sete Sóis Pirituba, na região Norte. Com o conceito de smart cidade, o empreendimento será lançado este mês e o investimento previsto é de R$ 2 bilhões.

“Temos, de fato, uma área única, numa cidade única, que é São Paulo, com as suas carências e com as suas qualidades”, afirmou Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO. “Isso é algo especialmente único, difícil de ser replicado, e a gente tinha a obrigação, com essa joia aqui, de fazê-la da melhor forma possível.”

Com base em sete pilares que deram origem ao nome do projeto — viva verde, segurança, desenvolvimento urbano, mobilidade & acessibilidade, comodidades, boa vizinhança e tecnologia —, o Cidade Sete Sóis Pirituba teve a infraestrutura pensada para proporcionar mais qualidade de vida e sustentabilidade, de forma acessível e democrática a seu público.

O empreendimento irá ocupar uma área de 1,7 milhão de metros quadrados. Ao todo, serão 750 mil m² de área verde, contemplando áreas de preservação, praças e um parque linear.

O projeto está dividido em seis fases que serão desenvolvidas ao longo de dez anos e devem gerar mais de 12 mil empregos diretos e indiretos. Na primeira, até 2025, estão programados 11 lançamentos, todos enquadrados no programa federal Minha Casa, Minha Vida. Serão entregues 4 mil unidades de um total de 11 mil.

Os imóveis terão dois dormitórios, com plantas entre 34m² e 45m². Os preços vão variar de R$ 230 mil a R$ 350 mil dependendo da distribuição escolhida. A estimativa, segundo a companhia, é de um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 3 bilhões.

“Daqui a uma década nós vamos olhar para um novo bairro, uma cidade totalmente implantada, com 30 mil pessoas morando, 11 mil famílias numa condição urbanística muito diferente do que a gente está habituado a ver no Brasil ou fora.”

O Cidade Sete Sóis Pirituba compreende:
• obras,
• criação de infraestrutura,
• urbanização,
• e melhorias para a região.

A MRV prevê um investimento de R$ 300 milhões em obras de infraestrutura e urbanização, além da doação de áreas institucionais para a prefeitura visando a construção de equipamentos públicos que vão atender à população. Entre as intervenções a serem realizadas pela construtora estão a duplicação de parte da avenida Raimundo Pereira de Magalhães, além da criação de um eixo leste-oeste que cruzará o novo bairro e que ligará a própria Raimundo Pereira à Felipe Pinel. A intenção é desafogar o trânsito. Há projeto também de revitalização do córrego Cantagalo.

(Divulgação)

Equilíbrio

O planejamento urbanístico contempla o equilíbrio entre moradia, comércio, serviço e áreas verdes, com vistas a uma ocupação racional e, sobretudo, sustentável, além de espaços de equipamentos de lazer e convivência.

Destacam-se a criação de:
uma ciclovia com mais de 8 quilômetros,
praças com quadras poliesportivas,
pistas de skate,
playground,
e área fitness.

Estão previstos ainda no complexo cerca de 25 lojas, que vão oferecer produtos e serviços à região, e sete lotes comerciais para estabelecimentos de maior porte.

30mil pessoas de 11 mil famílias vão ocupar imóveis de R$ 230 mil a R$ 350 mil. Da área total de 1,7 milhão de metros quadrados, 750.000 serão de área verde

Até a conclusão do projeto a empresa vai movimentar 1,7 bilhão de metros cúbicos de terra dentro do próprio terreno. Isso representa mais 350 mil caminhões circulando para levar terra de um ponto a outro.

“E só o reservatório de água que vamos colocar para atender o bairro tem capacidade para 4 mil metros cúbicos de reservatórios de água adicionais para a rede da cidade”, disse Fischer.

O projeto de smart cidade não está restrito a São Paulo, onde a empresa já entregou 18 mil unidades e tem outras 5 mil em produção na atualidade. A MRV já comercializa o Cidade Sete Sóis Paralela, em Salvador, além de desenvolver os projetos de empreendimentos no Rio de Janeiro e em São José dos Campos (SP), que devem ser lançados nos primeiros trimestres do ano que vem e de 2025.