Tecnologia

Tempo on-line

Crédito: Istockphoto

Por Victoria Ribeiro

A Meltwater, em parceria com a We Are Social, acaba de lançar os dados do Relatório Global Statshot Digital 2023 de outubro Segundo a pesquisa, o Brasil gasta em média nove horas por dia navegando na internet, 35,91% a mais que a média mundial,
atrás apenas do tempo gasto por sul-africanos

AMAZON: força na europa

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A Amazon tem mais de 181 milhões de usuários na União Europeia, afirmou a empresa através do seu primeiro relatório de transparência. A população total dos 27 países do bloco soma 448 milhões de pessoas — ou seja, 40% estão na gigante americana. Em agosto, a Lei de Serviços Digitais do bloco de países (DAS-Digital Services Act) impôs novas regras sobre moderação de conteúdos, privacidade dos usuários e transparência para empresas consideradas como plataformas on-line de grande dimensão, que foram definidas como tendo mais de 45 milhões de usuários na UE. Apesar de ter contestado sua inclusão no grupo, acabou cedendo. A empresa também afirmou que emprega diretamente mais de 150 mil pessoas na região.

Meta: lucro além do dobro

A Meta Platforms, controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, informou seus resultados trimestrais na quarta-feira (25). A receita de julho-setembro deste ano foi de US$ 34,1 bilhões (alta de 23% sobre o terceiro trimestre de 2022). Mas o que surpreendeu foi o lucro líquido de US$ 11,6 bilhões (alta de 164% em comparação ao mesmo período do ano passado). “Tivemos um bom trimestre e estou orgulhoso do trabalho que nossos times fizeram para avançar tecnologias de inteligência artificial e realidade expandida do Quest-3, os óculos Ray-Ban inteligentes da Meta e o nosso estúdio de IA”, afirmou o CEO
da Meta, Mark Zuckerberg no relatório de resultados. O grupo tem 2 bilhões de usuários ativos diários e 3 bilhões mensais.

Uber: viagens sem motoristas

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Clientes da Uber da região metropolitana de Phoenix (EUA) têm, desde a última quinta-feira de outubro, a opção de viajar em veículos totalmente autônomos. A possibilidade vem de uma parceria firmada entre a multinacional e a Waymo, empresa de desenvolvimento de tecnologia para carros autônomos da Alphabet, dona do Google. A cidade do estado do Arizona é a primeira onde a Uber implementou o acesso aos veículos sem motoristas.

Google maps: realidade aumentada no Brasil

O Google Maps está recebendo uma atualização com novos recursos alimentados por IA para facilitar pesquisas e explorar rotas. Como parte do anúncio, o Google compartilhou que também está trazendo o Lens in Maps (conhecido antes como Search with Live View) para mais de 50 novas cidades, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. O recurso usa IA e realidade aumentada para facilitar a compreensão do ambiente ao redor e consegue encontrar informações sobre os arredores, como caixas eletrônicos, pontos de transporte público e restaurantes apenas apontando a câmera do celular.

Papo Digital

Geraldo Guazzelli, diretor-geral Netscout Brasil (Crédito:Divulgação)

De acordo com pesquisa realizada pela Netscout, empresa focada em soluções de cibersegurança sediada em Massachusetts e que tem mais de 3 mil clientes em 120 países, o Brasil é vice-líder global em ataques DDoS. No primeiro semestre de 2023, foram 328.326 ataques do gênero, atrás apenas dos Estados Unidos.

Quais os motivos que levam o Brasil a ser o segundo país em ataques DDoS?
O Brasil entrou definitivamente no mundo digital com a abertura do mercado de telecomunicações à iniciativa privada, levando de forma massiva acesso e serviços a toda a população e ao mundo empresarial. Com infraestrutura disponível e acessível, os serviços digitais se expandiram exponencialmente. Desse modo, o Brasil se tornou um território fértil para hackers, seja como alvo ou gerador de ataques.

Mesmo havendo economias bem mais robustas que a nossa?
A maior importância do Brasil no cenário político e econômico global trouxe mais exposição e visibilidade. Atividades nas redes digitais estão muito relacionadas à visibilidade de um país no cenário global. Estamos muito acostumados a ver ou ouvir sobre técnicas associadas ao DDoS como cortina de fumaça para distrair e ocupar equipes de segurança e monitorar redes com o objetivo de invadir e encriptar servidores ou extrair dados, seguidos de pedidos de resgate. Literalmente crimes financeiros digitais.

Entre os setores, quais são os mais visados?
Naturalmente os de maior visibilidade e invariavelmente encabeçados pelos provedores de serviços, sejam eles fixos ou móveis. O mundo financeiro. Quem mais investe em serviços digitais mais exposto fica. Nessa linha, vemos também e-commerce e healthcare sendo afetados com frequência. No mundo digital, não existe trégua. A batalha é diária e jamais deve ser desprezada.

Quais os riscos e consequências?
Primeiramente a indisponibilidade dos serviços e, em muitos casos, pedidos de resgate para “devolver” o acesso. Risco de extração de dados pessoais e o respectivo domínio por terceiros têm sido muito frequentes também. Estamos falando não apenas da perda de receita durante o período de indisponibilidade, mas também de possíveis custos com a recuperação da imagem e credibilidade, custos legais associados a processos de pagamento de resgate para obtenção da chave para desencriptar os dispositivos afetados.

E os possíveis meios para lidar com ataques DDos?
Ter visibilidade total do tráfego de redes, seja ele da internet ou interno. O segundo passo é assegurar que a equipe esteja sempre preparada. Não existe maré tranquila. O tema de DDoS não se trata de “se” eu serei alvo, mas sim sobre “quando” eu serei alvo. Subestimar o inimigo é o primeiro erro. Ele é invisível e está te monitorando o tempo todo. Se você não o monitora, já perdeu a primeira batalha.