Por Sérgio Vieira

A pandemia da Covid-19 trouxe a inevitável necessidade de aprimorar os cuidados com o bem-estar do trabalhador. Garantir um funcionário com saúde significa também assegurar uma maior produtividade. E o Brasil tem avançado nesta questão. A Pesquisa Global de Bem-Estar 2022-2023, realizada pela multinacional britânica Aon plc, mostrou que 89% das empresas brasileiras consultadas afirmaram ter uma estratégia de bem-estar. O número coloca o País acima da média mundial e da América Latina, que é de 33%. Todo esse cenário trouxe uma oportunidade para o surgimento da Omni, primeiro plano de medicamento independente de farmácias e com foco na qualidade de vida do usuário.

Por meio de um valor definido pela empresa, o funcionário recebe um saldo para compras de medicamento em qualquer drogaria. “A pandemia trouxe uma mudança na percepção das empresas e das pessoas sobre a relevância do autocuidado”, disse à DINHEIRO Leopoldo Veras, cofundador da Omni. Uma das ações é também garantir a adesão de um tratamento. “Quando alguém, usando o app da Omni, compra uma caixa de medicamento que dá para um mês, se ela não recomprar no 31º dia, nossas farmacêuticas interagem para resgatá-la”, afirmou. Por outro lado, também impede que alguém siga tomando um remédio por um período além do recomendado, brecando a compra. “Nosso propósito é garantir o remédio certo, na dose certa e para a pessoa certa, evitando o uso indiscriminado de medicamentos.”

A grande diferença é que a plataforma não tem vínculo nem com o varejo nem com a indústria farmacêutica, o que garante autonomia ao usuário do plano. Nas modalidades, há pacotes que compreendem genéricos e os que incluem os de marca, sendo todos os que estão atrás do balcão e que precisam de receita. Criada no início deste ano, a Omni já tem 5 mil vidas seguradas em mais de 20 CNPJs. E ainda há um bom caminho para crescer. Pela saúde do brasileiro.

EMPREENDEDORISMO
Apoio para garantir um lugar ao sol

Se a onda de calor dos últimos dias já dá o tom de como deve ser o próximo verão, pelo menos os ambulantes do Rio de Janeiro terão um motivo extra para manter o otimismo com o sol a pino. A gigante Coca-Cola anunciou o programa ‘Coca-Cola Dá um Gás nos Ambulantes’, para promover a capacitação desses vendedores, com apoio do Sebrae. Quarenta ambulantes se reuniram com executivos da empresa, no início deste mês, na sede da Ação da Cidadania, para lançamento do programa. Serão 400 vagas e o início da jornada será em fevereiro, com duração de quatro meses. Segundo dados da Prefeitura do Rio de Janeiro, esses profissionais movimentam R$ 4 bilhões por ano. “Nosso objetivo é transformar essas pessoas em líderes de seus próprios negócios e vê-los prosperarem, fomentando sua inclusão por meio do seu potencial produtivo como empreendedor, superando o ciclo crônico de exclusão”, disse Katielle Haffner, head de Relações Corporativas e ESG da Coca-Cola Brasil.

BELEZA LIMPA
Uma marca sustentável e mais presente

O ator Sergio Marone, que tem militado na causa ambiental desde o início da carreira, está expandindo o modelo offline dos produtos de sua marca de dermocosméticos sustentáveis Tukano, lançada há dois anos. A partir de agora, a marca estará nas redes de farmácias Iguatemi e Discover. Também haverá uma ação na Le Postiche, com o lançamento de um kit viagem da Tukano, com shampoo e condicionador sólidos e desodorante em barra. “Quando você opta por um cosmético em barra, você já está optando por um futuro melhor, porque o produto utiliza menos água na composição. Isso ajuda na consciência da preservação da água”, disse Marone à DINHEIRO. “A gente precisa fazer com que as pessoas enxerguem isso, que entendo ser um agente de transformação social.” Além disso, a Tukano, segundo o ator, também irá passar por um rebranding, além da definição de uma linha mais enxuta. Recentemente, ele participou de desfile na São Paulo Fashion Week, com a coleção Tempo, assinada em parceria com a DePedro, unindo moda e sustentabilidade. As peças foram produzidas sem adição de compostos químicos e com utilização racional de água. “Eu trouxe esse olhar ainda mais sustentável para essa coleção. E fiquei muito feliz com o resultado.”

FESTIVAL SUSTENTÁVEL
A destinação correta dos resíduos do The Town

Realizado em setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o festival The Town ainda celebra os resultados das ações sustentáveis. Dentre elas, o índice de 93,39% dos resíduos gerados que não foram para aterros. “É preciso pensar em soluções alternativas e numa destinação eficiente e circular. Por isso, trabalhamos com cuidado na separação e destinação adequada do que é gerado: orgânicos vão para compostagem, recicláveis retornam para a cadeia, madeira vira energia e só segue para aterro o que realmente não tiver valor agregado”, disse Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World e filha de Roberto Medina, criador do Rock In Rio e do The Town. Durante os cinco dias de festival, 85 toneladas de resíduos foram para reciclagem e convertidas em renda a catadores. Também foram doadas 38 toneladas de materiais, como lonas, gramas e carpetes e 2,4 mil litros de óleo convertidos em sabão, evitando a contaminação de 2,4 bilhões de água.

Escola reconstruída

Devastada pelas fortes chuvas do início do ano, a Escola Estadual Plínio Gonçalves de Oliveira Santos, em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, está ganhando uma nova cara a partir de um projeto inovador do arquiteto Fernando Brandão. No trabalho estão sendo usadas estruturas modulares, que são adaptadas de acordo com as necessidades, e materiais reciclados e sustentáveis, reaproveitando a estrutura do antigo ginásio, que resistiu aos temporais. Também serão incorporadas energia solar e outras formas de energia renovável para alimentar as salas de aula. “A inovação nos proporciona resultados incríveis em todas as áreas, e por isso sempre busco inovar em meus projetos, em especial da escola estadual de São Sebastião”, disse Brandão à DINHEIRO. “A comunidade escolar precisa de uma área que seja rapidamente construída e proporcione
a eles um ambiente especial e assertivo.” O projeto deve ficar pronto em dezembro.