Vulcabras cresce em um Mercado em queda

Crédito: Claudio Gatti

Por Hugo Cilo

A indústria brasileira de calçados vai encolher 1,1% neste ano, se as contas da associação do setor, a Abicalçados, estiverem certas. A isenção de impostos para compras de US$ 50 nas plataformas chinesas e o excesso de produção na Ásia frustraram as projeções anteriores, de crescimento de 1,5%. Crescimento só em 2024, por volta de 2,2%. Mas enquanto o mercado dá um passo atrás em 2023, a Vulcabras dá dois para frente. Neste ano, a empresa está crescendo em um ritmo acima de 10%, com receita anualizada de mais de R$ 3 bilhões. Para o CEO da companhia, Pedro Bartelle, a Vulcabras contornou o cenário mais adverso com o lançamento de produtos em suas três marcas no Brasil (Olympikus, Mizuno e Under Armour), além de concentrar as estratégias no segmento de produtos esportivos. “Ao focar no esportivo, criamos uma incrível eficiência e sincronismo nas operações”, disse Bartelle à DINHEIRO, durante a feira calçadista BFShow, em Porto Alegre. “E 2024 deve ser uma repetição de 2023, com crescimento constante, mas dentro de um ambiente ainda de muitos desafios”, afirmou.

O Vinho como reserva de valor

A percepção de que uma boa coleção de vinhos é muito mais do que um estoque para consumo próprio vem da valorização de rótulos produzidos em regiões especiais por vinícolas renomadas. Um caso singular foi a cifra alcançada por uma garrafa de Romanée-Conti 1945. Em leilão realizado em 2018 pela Sotheby‘s de Nova York a raridade foi arrematada por US$ 558 mil.
E como 1/3 dos vinhos consumidos no País são importados, a venda por aqui dos rótulos internacionais com grande potencial de valorização tem crescido. Por isso, a seguradora Chubb acaba de lançar no mercado brasileiro um produto de seguro voltado a proteger esse patrimônio, o Seguro Adega Chubb. Segundo Leandro Martinez, presidente da Chubb Brasil, o seguro garante cobertura para os vinhos enquanto permanecem estocados na adega contra riscos como incêndio, alagamentos, explosão e roubo. “Adegas projetadas para receber algumas centenas de garrafas acabam concentrando coleções de valor expressivo, inclusive pela própria valorização de alguns rótulos”, disse.

“Temos que abrasileirar os preços dos combustíveis. A Petrobras e o Brasil precisam produzir uma redução ainda maior no preço do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha” Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social

Luz na escuridão

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Enquanto o País sofre com a falta de energia em razão do clima hostil, a Tecnogera, empresa brasileira de energia temporária, prevê encerrar o ano com um crescimento de 30% e faturamento de R$ 300 milhões. A empresa tem avançado em segmentos como construção civil, agronegócio e varejo. Como apagões afetaram várias partes do País, a procura disparou não só por geradores, mas por projetos de segurança energética. Para Arthur Lavieri, CEO da Tecnogera, em novembro as equipes se desdobraram nos atendimentos, atuando 24 horas, com especial atenção a serviços essenciais, como as farmácias e o setor de saúde.

Roberto Matos em novo galho

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Nome mais do que conhecido no mercado de criptomoedas, o executivo Roberto Matos foi o primeiro funcionário da Mercado Bitcoin, corretora que se tornou o primeiro unicórnio de criptomoedas do Brasil e onde ele atuou durante uma década. Matos decidiu, digamos, pular para outro galho: o de antecipações de recebíveis. Ele acaba de ser recrutado pela fintech Monkey, maior marketplace do segmento na América Latina, e chega junto de Danilo Castro (ex- Standard Bank) e Nataly Pavan (ex-Santander, HSBC e Citi) para reforçar o time de sales. “É animador fazer parte de um projeto tão essencial. Tornar esse mercado mais eficiente é a nossa missão”, afirmou.

De fintech a instituição de pagamentos

Tiago Queiroz

A Transfeera, fintech de infraestrutura de pagamentos para empresas, acaba de se oficializar como instituição de pagamento junto ao Banco Central. Fundada em 2017, em Joinville (SC), empresa encerrou 2022 faturando R$ 19 milhões. Nos últimos seis anos movimentou mais de R$ 24 bilhões. Agora, com a autorização do BC, a fintech aumenta suas possibilidades de oferta de produtos e serviços financeiros, segundo Fernando Nunes, cofundador da Transfeera. “Conseguiremos entregar ao mercado estabilidade e escalabilidade na conexão com todo o Sistema de Pagamentos Brasileiro.”