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Big techs são contra regulação de sistemas de pagamentos

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Órgão fiscalizador dos EUA diz que serviços de pagamentos e carteiras digitais dos gigantes da tecnologia rivalizam com os métodos de pagamento tradicionais sem dar as mesmas garantias (Crédito: Divulgação)

Por Paula Cristina

O plano do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), órgão fiscalizador dos Estados Unidos para supervisionar empresas como Apple e Google, que fornecem carteiras digitais e aplicativos de pagamento gerou forte reação entre os empresários das maiores empresas de tecnologia do mundo, por meio da Computer & Communications Industry Association (CCIA) — que também abriga Amazon, Meta e X, anteriormente conhecida como Twitter. Segundo o CFPB, os serviços de pagamentos e carteiras digitais dos gigantes da tecnologia rivalizam com os métodos de pagamento tradicionais sem darem as mesmas garantias para os consumidores, e precisaria ser regulado.

A proposta do CFPB, que ainda não foi finalizada, sujeita essas empresas ao mesmo tipo de supervisão atualmente imposta aos bancos, com a agência inspecionando o cumprimento das leis sobre práticas desleais ou enganosas e proteções à privacidade, bem como examinando a conduta dos executivos das companhias. As autoridades esperam que a proposta, conforme redigida atualmente, abranja 17 empresas.

Entre os bancos, a proposta caiu bem, tanto que eles formaram uma corrente para acelerar a adoção das medidas. No entanto, Krisztian Katona, chefe de política regulatória da CCIA, disse que a proposta representa risco de causar mais danos do que benefícios “já que uma regulamentação digital ampla, excessivamente onerosa ou pesada pode prejudicar as novas startups”. Uma briga de gigantes que tem previsão de ser definida (para qualquer um dos lados) até o final do primeiro trimestre.