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Imóveis: como o Rio fez a Patrimar subir vários degraus

Construtora mineira, com faturamento de R$ 1,5 bilhão no ano passado, dobra seu resultado com lançamentos no mercado imobiliário do Rio de Janeiro

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O Grand Quartier, no Rio2, bateu no final de 2023 recorde de R$ 240 milhões em dois meses (Crédito: Divulgação)

Por Hugo Cilo

O empresário Alex Veiga, CEO da construtora e incorporadora Patrimar, se tornou sinônimo de mercado imobiliário em Minas Gerais ­— ao lado do seu amigo Rubens Menin, da MRV. Mas Veiga, apesar da cidadania mineira, tem passado os últimos meses mais tempo no Rio de Janeiro do que em Belo Horizonte. Com razão. É na capital fluminense que a Patrimar tem concentrado alguns de seus maiores investimentos, projetos e lançamentos. Hoje, segundo o CEO, pela primeira vez os novos negócios da companhia estão divididos meio a meio entre Minas e Rio. “Durante muitos anos, o Rio de Janeiro teve um mercado imobiliário fraco e sem bons lançamentos. Viemos para cá resolver esse problema e, ao mesmo tempo, aproveitar essa imensa demanda reprimida”, afirmou o empresário.

No ano passado, o Grupo Patrimar contabilizou vendas de R$ 1,509 bilhão, crescimento de 107% em relação a 2022. O volume foi recorde para a empresa, que atua nos segmentos de baixa, média e alta rendas.

No quarto trimestre, graças aos negócios no Rio de Janeiro, as vendas foram de R$ 368 milhões, alta de 153% em um ano. Os lançamentos somaram R$ 1,905 bilhão no ano passado, avanço de 40% na comparação com o ano anterior. Foram 15 empreendimentos, sendo seis deles no quarto trimestre, em que o valor foi de R$ 582 milhões, uma alta de 84% contra o mesmo período de 2022. Para 2024, o plano é lançar algo próximo a R$ 3 bilhões.

(Divulgação)

”Durante muitos anos, o Rio de Janeiro teve um mercado imobiliário fraco e sem bons lançamentos. Viemos para cá resolver esse problema e, ao mesmo tempo, aproveitar essa imensa demanda reprimida.”
Alex Veiga, CEO da Patrimar

O principal responsável pela multiplicação dos resultados é o Grand Quartier, empreendimento na região da Barra da Tijuca. Em parceria com a carioca Carvalho Hosken, a Patrimar bateu no final de 2023 recorde de vendas R$ 240 milhões em dois meses de vendas do empreendimento. Já foram lançadas duas fases do complexo, que terá oito torres e VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1,1 bilhão. “Quase todo vendido, o Grand Quartier é um caso a ser estudado. É um marco no mercado imobiliário do Rio”, disse Veiga.

O empreendimento é um trunfo da Patrimar e da Carvalho Hosken no Rio2, o primeiro bairro planejado dentro da Barra da Tijuca, com 600 mil m², com apartamentos que vão de 66m², para as unidades de dois quartos, até 249 m² da cobertura. “A Barra da Tijuca vem se tornando o novo eixo dos empreendimentos de alto luxo na cidade, com projetos de altíssima qualidade e imenso potencial de valorização”, afirmou Carlos Felipe de Carvalho, CEO da Carvalho Hosken.

ESTRUTURA

Além de aquecer o mercado imobiliário do Rio, o Grand Quartier eleva o patamar de serviços na cidade. Dentro do conceito de microcidades, o empreendimento terá, por exemplo, clínica de spa e espaço para crossfit, em uma área de mais de 3 mil metros quadrado. A gestão esportiva será realizada pela Cia Athlética. Dentro do condomínio, haverá também o serviço U.go, para aluguel de carros elétricos.

Segundo Lucas Couto, diretor da Patrimar, o serviço por demanda está cada dia sendo mais usado pelos usuários. “As pessoas não querem mais ter a posse e sim a experiência e o serviço. Algumas vantagens dos serviços por demanda em condomínios são a garantia de um profissional de confiança perto do seu lar e a relação custo x benefício devido à divisão das despesas de manutenção”, disse.

EXPANSÃO

Para garantir o crescimento projetado para este ano, a Patrimar se ancora em um grande portifólio de áreas já adquiridas. A empresa encerrou o ano passado com um banco de terrenos (landbank) também recorde, de R$ 12,9 bilhões, 14% acima do total registrado em dezembro de 2022.

A companhia adquiriu 13 terrenos ao longo do ano passado, com um valor de vendas potencial de R$ 2,2 bilhões. Mais de 93% do total investido foi via permuta, reduzindo a demanda por caixa.

Pelos cálculos da empresa, o banco de terrenos deve ficar estável. “Vamos trabalhar para renovar nossos recordes neste ano, com novos lançamentos e entregas importantes”, afirmou Veiga. Se depender da demanda no Rio de Janeiro, os novos recordes da Patrimar estão garantidos.