Com demanda reprimida, galpões logísticos ganham valorização
Por Hugo Cilo
A Sort Investimentos, especializada em galpões logísticos, registrou aumento de 20% nas negociações de venda e aluguel no ano passado. Segundo o CEO, Renato Monteiro, a valorização desses ativos chegou a 40%. O principal motor do crescimento tem sido o e-commerce. O setor fechou 2023 com faturamento de quase R$ 200 bilhões e deve chegar a R$ 232,5 bilhões em 2026, segundo a NielsenIQEbit. “Com a maior velocidade nas entregas, tem sido fator relevante na competitividade dos marketplaces a busca por novos galpões logísticos”, disse. A Sort Investimentos possui atualmente mais de R$ 3,5 bilhões em ativos e 553 mil metros quadrados sob gestão. O setor de e-commerce já vinha em crescente ascensão antes da pandemia, mas no período de lockdown o consumidor se acostumou a uma nova forma de compra. “Os números positivos das compras pela internet impactam diretamente na valorização imobiliária dos galpões logísticos. Regiões próximas a portos e aeroportos são as mais procuradas e por isso apresentam desempenho superior”, afirmou Monteiro. Segundo ele, no Brasil as regiões Sul e Nordeste se destacam pela demanda reprimida desse tipo de imóvel, com destaque para o Sul, pela quantidade de portos e aeroportos. Em Santa Catarina, estado de maior atuação da Sort Investimentos, as cidades de Itajaí, Navegantes, Itapoá e Garuva são os principais polos logísticos e por isso há maior demanda por galpões. Já no Paraná, o destaque fica com São José dos Pinhais.
IA para uma gestão eficiente
Sob comando da CEO Carolina Kia, a consultoria Bud, especializada em inteligência artificial para gestão, deve dobrar de tamanho 2024. Atendendo clientes como Natura, Unilever, Ultragaz e Novo Nordisk, a empresa tem registrado uma disparada na demanda de treinamento de líderes e de equipes. “Entendemos que este desenvolvimento é alcançado mais efetivamente por meio da colaboração e participação ativa de todos e com métodos bem definidos para que as empresas sejam mais competitivas perante o mercado”, afirmou a CEO. A empresa já atendeu mais de 50 empresas e treinou 400 líderes. Segundo ela, todos foram engajados a modernizar a gestão de seus times para alcançar resultados estratégicos.
Educação contra o calote
A alta na inadimplência em matrículas e mensalidades escolares no Brasil acende um sinal de alerta no mercado de educação, mas surge como oportunidade de negócio. É o caso da edtech Proesc, que desenvolve soluções de gestão para instituições de ensino. A startup criou uma ferramenta capaz de diminuir em 80% o retrabalho dos gestores, economizando o tempo gasto em documentos e relatórios manuais. O Proesc Pay permite a facilidade do recebimento de mensalidades com a geração da segunda via do boleto bancário, com atualização de valor e data de vencimento, além de enviar notificações aos responsáveis por diversos canais sobre a data de quitação da mensalidade. “Ao desenvolver uma ferramenta capaz de reduzir inadimplência escolar, há espaço para geração de mais receita”, disse Felipe Ferreira, CEO da Proesc.
Ano novo, vida nova?
Um levantamento da Hotmart, empresa global de tecnologia, constatou que os produtos digitais mais vendidos em dezembro – entre cursos, ebooks, assinaturas e outros formatos – estão relacionados às resoluções de ano novo. O estudo foi feito considerando as vendas no Brasil, México e Colômbia. e o nicho que mais cresceu em faturamento foi o de Gastronomia e Culinária, com uma evolução de 58% em comparação a dezembro de 2022. Os dados apontam que os usuários querem começar o ano aprendendo a cozinhar para ter uma vida mais saudável ou até economizar com os gastos com alimentação. O segmento de Engenharia e Arquitetura vem em segundo lugar, com um aumento de 44,6%, seguido por Ensino e Estudos Acadêmicos, com 44%. Completam a lista Educação Infantil e Família (22%) e Música e Artes (21%).
“É um erro se concentrar em pequenas flutuações [da inflação] e não enxergar as tendências de longo prazo.”
Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, na quarta-feira (14)
Pedidos de demissão batem recorde
O número de demissões voluntárias foi o maior da história em 2023. Ao todo, 7,3 milhões de trabalhadores deixaram seus empregos com carteira assinada voluntariamente, o que equivale a 34% dos desligamentos em geral. O número acusa um crescimento de quase 10%, quando comparado ao ano que antecedeu a pandemia – em 2019 o percentual era de 27%, de acordo com levantamento feito pela LCA Consultores. De acordo com Patricia Agopian, especialista em carreira, não existe um único, mas uma série de acontecimentos tem desencadeado esse fenômeno, principalmente pessoas que valorizam mais aspectos como qualidade de vida, flexibilidade e políticas de bem-estar nas empresas. “Mais jovens estão chegando ao mercado e eles têm uma mentalidade diferente. A prioridade é encontrar um emprego que esteja alinhado às suas próprias expectativas”, disse. “Outro ponto é o fato de o mercado contar com pessoas mais instruídas atualmente.”
Minha Casa Minha Vida anima o mercado
A mineira Terramaris Empreendimentos, especializada em casas de médio padrão em condomínios fechados, está otimista com a retomada do programa Minha Casa Minha Vida. Com vendas anuais de R$ 180 milhões no segmento, a empresa projeta chegar a R$ 1,5 bilhão em cinco anos. Segundo o presidente André Gontijo, a Terramaris já gerou R$ 3,5 bilhões em projetos em aprovação, distribuídos em 25 cidades no Brasil. A Terramaris é um dos empreendimentos do FRJR, grupo com patrimônio estimado em R$ 2,5 bilhões.