Brasil no Top 10 de impacto social na América Latina
Por Sérgio Vieira
No ranking das empresas que mais geraram impacto social na América Latina, o Brasil marca presença no Top 10. Seleção elaborada pela plataforma chilena Betterfly, de proteção, prevenção e impacto social, teve como base os dados das ações positivas que as companhias realizaram no último ano e que foram revertidas em doações sociais. Para chegar ao resultado, a Betterfly avaliou as ações positivas (que incluem horas de sono dormidas, treinos realizados, meditações e hábitos saudáveis) de mais de 3 mil empresas clientes de Brasil, Peru, Chile, Equador, México e Colômbia.
A lista é composta por:
• Conaltura (Colômbia),
• Yaneken (Chile),
• AIEP (Chile),
• Mapfre Seguros (Colômbia),
• Rassini (México),
• Dartel (Colômbia),
• Epharma (brasileira e sétima colocada),
• KN (Chile&Bolívia),
• Akron (México),
• e Jardines Del Valle (Equador).
E hoje ter uma marca em impacto social gera maior conexão com usuários e clientes. Pesquisa da W/McCann mostrou que o público mais jovem, especialmente da chamada geração Z (de 1990 a 2010) são mais propensos a comprar de marcas que demonstrem algum tipo de engajamento social. “
Nosso propósito é ajudar a transformar a realidade do mundo em que vivemos. Por isso criamos o Better Companies, para dar visibilidade às companhias que estão alinhadas com esse propósito e ainda colocar luz sobre o tema”, disse Ana Paula Mattar, head de marketing da Betterfly Brasil. Além das dez primeiras, figuram na classificação, entre as 200 mais, as brasileiras banco Neon (16ª), seguradora Icatu (23ª) e KN Brasil (30ª). “Conforme a pauta de ESG avança na sociedade e, principalmente no mundo empresarial, precisamos gerar esse engajamento.”
EQUIDADE DE GÊNERO
Mais mulheres no comando da consultoria
Uma das principais auditorias e consultorias do mundo, a EY é a mais nova integrante do Movimento Elas Lideram, iniciativa do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem mais de 110 empresas comprometidas com a paridade de gênero na alta liderança até 2030. O principal objetivo da EY com a adesão à iniciativa do Pacto é que, até o ano que vem, 30% do quadro de diretoria da empresa seja formado por mulheres. Em 2019, a empresa tinha 22% de mulheres em posições de alta liderança, sócias e diretoras, e atualmente esse número é de 28,8%. Há dois anos, a companhia também criou o programa Empower Black Women to Senior Leadership que visa contribuir com a aceleração de carreira de gerentes sêniores negras a cargos de diretoria. “A gente vem promovendo iniciativas dentro e fora da EY para aumentar o recrutamento de pessoas autodeclaradas negras, letramento racial, mentorias reversas e workshops de vieses inconscientes, além de ações de voluntariado”, disse Cristiane Hilário, sócia de auditoria da EY. “Nossa meta inicial é termos 10% de pessoas negras em cargos de diretoria até 2025. Hoje temos 7%.”
PLÁSTICO RECICLADO
Jogos olímpicos e sustentáveis
Sustentabilidade é um tema que está presente também no mundo esportivo. Na Olimpíada de Paris, que começa em julho, serão construídos, em duas arenas, 11 mil lugares com plástico reciclado. Essa prática também tem sido comum nas empresas ligadas ao esporte no Brasil. A Recoma, que tem o ginasta Arthur Zanetti como embaixador, foi responsável pelo fornecimento de mais de 50 mil m² de pisos esportivos para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e dos Jogos Panamericanos de 2007, no Rio, e de Lima, em 2019. “Os projetos de sustentabilidade são sempre bem-vindos no esporte e, nos últimos anos, eles têm representado uma tendência muito positiva. Em alguns casos, sua utilização até limpa e despolui o ambiente, como pistas de atletismo executadas a partir de partículas selecionadas e limpas de borracha SBR (pneus), madeiras para pisos que vem de reflorestamento e que em seu plantio capturam carbono, entre outros exemplos”, disse Sergio Schildt, presidente da Recoma. “Sem contar as gramas sintéticas que ao final da vida útil podem ser recicladas, assim como as pistas de atletismo. A maior parte de nossa linha de produtos é concebida com a busca de sustentabilidade.”
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
O universo da economia circular no Japão
Uma imersão no mundo asiático e nas conexões de economia circular. Até terça-feira (19), o Movimento Circular participa no Japão do Programa de Transformação para o Modelo de Negócios de Economia Circular, oferecido pelo governo japonês. O convite partiu da AOTS Brasil, organização associada ao Ministério da Economia do país oriental. “Nesta missão ao Japão, promoveremos conexões estratégicas, explorando potenciais colaborações que ultrapassam fronteiras. Afinal, este programa tem como objetivo não apenas aprofundar a compreensão do conceito de Economia Circular, mas também conhecermos o modelo japonês de circularidade e possíveis caminhos de aproximação entre o Japão e a América Latina”, disse Vinicius Saraceni, hub director do Movimento Circular. Durante o programa, o executivo brasileiro e outros 22 selecionados de diversos países em desenvolvimento participam de visitas técnicas a indústrias em Nozaki e Tóquio. “A cultura japonesa, marcada por uma mentalidade de aproveitamento máximo dos recursos, oferece lições valiosas sobre sustentabilidade, circularidade, regeneração e eficiência que serão exploradas neste curso”, afirmou.
MATRIZ RENOVÁVEL
A transição energética da Vivo
Para avançar no processo de transição energética que priorize fontes limpas, a Vivo vem ampliando a diversificação de sua matriz, de origem 100% renovável. A empresa de telefonia encerrou 2023 com 67 usinas de geração distribuída de fontes solar, híbrida e de biogás no Brasil. Juntas, elas produzem 600 mil MWh/ano, energia suficiente para abastecer 288 mil residências e correspondente a 35% do consumo total da Vivo. Até o fim do ano, serão 85 com capacidade para suprir o equivalente ao consumo de 340 mil residências. “A energia é essencial para o fornecimento dos serviços de telecomunicações fixo e móvel e manter um consumo 100% renovável é um fator inegociável para a nossa empresa, que tem a sustentabilidade como um dos pilares do negócio”, disse Caio Guimarães, diretor de Patrimônio, Compras e Logística da Vivo. A companhia também tem investido em inovação e mobilidade sustentável e fechou 2023 com 200 carros elétricos adicionados à frota, composta por cerca de 5 mil veículos flex, movidos a etanol.