Líderes do AGRO 2024: Patricia Audi, a executiva que defende o etanol com autoridade
Com larga experiência nas três esferas do setor público e da iniciativa privada, Patricia Audi ocupa a função de diretora-executiva da Unica, entidade que atua para ampliar a fatia do setor na matriz energética
Líderes do AGRO 2024
Por Sérgio Vieira
A experiência em cargos de lideranças em todas as esferas do poder público tem sido um facilitador para Patricia Audi no momento de defesa dos interesses do setor sucroalcooleiro no Brasil. Diretora-executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bionergia (Unica) desde outubro de 2023, a executiva já tem feito a diferença no setor, a ponto de integrar a lista de Líderes do Agro 2024. “A gente trata de gás à açúcar, mas o etanol tem sido muito importante nesse momento de transição energética”, disse Patricia. “A gente vive um momento de emergência climática, aliado à insegurança de como o mundo vai cumprir seus compromissos.”
• Patricia foi secretária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, entre 2016 e 2018, na gestão de Michel Temer.
•Também foi secretária de Gestão, do Ministério do Planejamento; secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção, da Controladoria Geral da União (CGU).
• Na esfera municipal, foi secretária de Planejamento, Gestão e Controle da Prefeitura de Niterói (RJ).
• Ocupou também a função de superintendente do Plano Rio Sem Miséria, no governo do Rio de Janeiro.
•Atuou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério dos Direitos Humanos e outros postos estratégicos no governo federal.
• Antes de chegar à Unica, Patricia era CEO da RenovaBR, entidade destinada à formação política suprapartidária.
• Antes, liderou a área de sustentabilidade no banco Santander.
Com esse currículo, ela reconhece que saber exatamente o caminho das discussões em Brasília facilita as discussões sobre as políticas públicas do setor. “Ajuda bastante. As grandes soluções para o mundo são coordenadas, que precisam de esforços não só do governo, mas também da sociedade civil organizada e do setor produtivo”, afirmou.
Responsável por 16% da matriz energética do Brasil, o setor tem buscado ampliar sua participação no País e se colocar como uma opção para atender à demanda global. “Para suprir etanol para o mundo, nós estamos preparados. O País está atento à perspectiva mundial da mudança da matriz. E aí é importante contar com todas as rotas ecológicas”, afirmou.
Para ela, o Plano de Transição Ecológica, anunciado recentemente pelo governo federal, é um caminho para a ampliação de investimentos estrangeiros justamente nessa transição de energia. “A administração tem dado sinais claros de que essa é uma das principais opções das rotas tecnológicas do País, e que considera o etanol.”
Recentemente, a Unica lançou recentemente o programa Vai de Etanol, justamente para incentivar o consumo do combustível verde. “De uma maneira, geral, os brasileiros conhecem muito pouco sobre os benefícios do etanol”, disse. “É importante saber que, ao encher o tanque com esse combustível, é possível emitir menos 90% de gases de efeito estufa, e ainda pagando menos. Precisamos mostrar isso para a população.” E tudo isso sob a liderança de Patricia.