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É a polarização, estúpido

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Lula e Bolsonaro: um pensa na economia, o outro no capital político (Crédito: Divulgação )

Por Paula Cristina

O governo Lula, desde a largada, tem apostado forte na economia, e os resultados positivos estão aparecendo. O problema é que os mais recentes indicadores de popularidade do governo, feitos pelo Datafolha e Genial/Quaest, mostram que a aprovação de Lula caiu no primeiro trimestre. Nos dois casos a desaprovação subiu de 30% para 33%, reflexo de um reaquecimento da briga política, e não necessariamente por questões macroeconômicas. Quem afirmou isso à DINHEIRO foi o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo o ministro, todos os indicadores (desemprego, inflação, PIB, arrecadação) estão surpreendendo até os otimistas. “Então há um esforço dos inconformados com a derrota do ex-presidente querendo reacender uma briga política que Lula já disse que não vai levar adiante. A eleição acabou”, disse.

O problema é que se eleição de 2022 acabou, a de 2024 está só começando – com Lula e Bolsonaro novamente de protagonistas. Do lado de Lula, o plano é exaltar indicadores econônomicos. A Bolsonaro cabe o radicalismo, o argumento de perseguição política, a construção de uma narrativa de perseguição judiciária. O mais curioso é que os argumentos são exatamente os mesmos usados quando o alvo de investigações era Lula. Enfim, é a política, estúpido.

Pelo mundo
Toc, toc, toc: é a Polícia Federal

Os membros do clã Bolsonaro têm usado as redes sociais para criticar as manchetes brasileiras sobre a informação de Jair ter usado a embaixada da Hungria por duas noites. Segundo eles, só o Brasil tem usado a informação como palanque político. Então vamos ver o que disseram os jornais internacionais entre os dias 24 e 26 de março?

Internacional
Reformas na China podem render US$ 3,5 trilhões

Após anos apostando no comércio global como força motriz do crescimento, a China olhou para dentro. Com a diminuição do ritmo de avanço, que foi de dois dígitos para um, o governo chinês lançou uma série de medidas para fortalecer o consumo interno, aumentar a renda média da população e aquecer os negócios entre empresas chinesas. Com essa mudança, o FMI estima que a economia chinesa receba uma adição na ordem dos US$ 3,5 trilhões, aumento de 20% no PIB local. A estimativa, feita diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, cita as políticas públicas para reduzir a quantidade de habitações inacabadas “isso pode acelerar a solução dos entraves atuais do setor imobiliário e aumentar a confiança do consumidor e do investidor.”

Eleições
Brasil mostra preocupação com a Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota na terça-feira (26) em que diz que o Brasil acompanha com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela. As eleições presidenciais no país vizinho estão marcadas para o dia 28 de julho. Principal candidato, Nicolás Maduro poderá chegar a 18 anos como presidente se conseguir a reeleição. A principal frente de oposição da Venezuela afirmou que não conseguiu inscrever a sua candidata, Corina Yoris, no site do Conselho Nacional Eleitoral, o órgão responsável pelas eleições no país. O prazo terminou às 23h59 de segunda-feira (25).