Programa educacional no porto é esperança para jovens em vulnerabilidade social

Crédito: Divulgação

Béatrice de Toledo Dupuy, gerente executiva de comunicação corporativa e sustentabilidade da Santos Brasil (Crédito: Divulgação )

Por Sérgio Vieira

Operadora do Tecon Santos, um dos maiores terminais de contêineres da América Latina, a companhia Santos Brasil completa 15 anos de realização do Formare, programa de educação profissional para jovens em situação de vulnerabilidade social, desenvolvido em parceria com a Fundação Iochpe desde 2009. O projeto, que já formou 291 jovens, é reconhecido pelo alto índice de empregabilidade: 89% dos ex-alunos conquistaram vaga de trabalho formal logo no primeiro emprego. Só a Santos Brasil contratou 110 em diferentes áreas. A formatura da 16a turma, com 20 participantes, será em julho. E desde o dia 15 de abril estão abertas as inscrições para uma nova classe, com 25 vagas para jovens de 17 a 19 anos que moram em Guarujá (SP), cidade onde fica o Tecon Santos. “O programa é completo e beneficia tanto os funcionários, que atuam como educadores voluntários, quanto a sociedade, ao preparar jovens para o mercado de trabalho com aulas teóricas e práticas”, disse à DINHEIRO Béatrice de Toledo Dupuy, gerente executiva de comunicação corporativa e sustentabilidade da Santos Brasil. “A formação oferecida abre diversas oportunidades profissionais e explica a elevada taxa de contratação dos alunos.” Além do curso de capacitação profissional como assistente administrativo na área portuária, com 1 mil horas-aula, os selecionados têm acesso à bolsa-auxílio, refeição na empresa, uniforme, material didático e seguro de vida. Um bom embarque para o futuro.

Avião no solo com menos emissões de CO2

(Divulgação)

A companhia Azul Linhas Aéreas celebra nesse mês o segundo aniversário do APU Zero, que promove gestão sustentável de recursos energéticos e redução de emissões de gases de efeito estufa durante as operações em solo. O programa consiste na diminuição do uso da APU (Auxiliary Power Unit — em português, Unidade Auxiliar de Energia), que é um motor auxiliar dos aviões acionado para manter os sistemas ligados quando a aeronave está em solo. Os voos são recebidos nos aeroportos parceiros com fonte externa de energia elétrica e ar-condicionado, sem que o APU seja ligado, evitando consumo de combustível das aeronaves. Desde o início, a empresa aérea economizou 50 milhões de litros de querosene de avião, equivalente a 20 mil voos entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). A iniciativa possibilitou uma redução de 128 mil toneladas de CO2. “Observamos uma redução significativa no consumo de combustível em solo e reafirmando o compromisso da companhia em ser carbono neutro até 2045”, disse Daniel Tkacz, vice-presidente de operações da Azul.

DESCARBONIZAÇÃO
Startup mira capturar 166 mil toneladas de CO2

(Divulgação)

Em um cenário em que cada vez mais os países buscam conhecer as melhores soluções para ações de descarbonização, a DeCARB, primeira startup brasileira a desenvolver uma tecnologia de captura de carbono, está customizando a sua tecnologia de descarbonização para a cadeia industrial de mineração, em parceria com a Anglo American. A startup quer captar R$ 20 milhões para aplicar no processo de fabricação dos materiais de captura, financiar a produção de três equipamentos e ter capital de giro. A estimativa é que sejam capturadas 166 mil toneladas de CO2 anualmente em cada um dos equipamentos. Fundada em 2022 em Salvador (BA), a empresa está em fase de prototipação para capturar CO2 diretamente das tubulações e chaminés industriais, antes que o gás chegue à atmosfera. Para a fabricação do material, a empresa utiliza um tipo de resíduo reciclado de origem biológica. “Esse é um atributo importante da DeCARB, pois além de utilizar um material biodegradável, a sua reutilização evita que sejam emitidos gases de efeito estufa que ocorreriam no seu processo de decomposição”, disse Alanna Vieira, COO da DeCARB.

RECICLAGEM
Iogurte sustentável e que gera renda

(Edilson Dantas)

A gigante de alimentos e bebidas Danone está investindo no Brasil em um projeto pioneiro para o desenvolvimento da cadeia de reciclagem do poliestireno (plástico comumente utilizado em bandejas de iogurtes, conhecido como PS). A ação ocorre em parceria com a startup Yattó, que desenvolve soluções de reciclagem para materiais de baixa reciclabilidade. O projeto Reciclagem de Bandejas de Iogurtes é uma das iniciativas que integram a frente Danone Circula no País, que busca acelerar localmente a meta de ter 100% do seu portfólio reciclável. O programa começou com um piloto desenvolvido em 2023, envolveu 25 cooperativas e 560 profissionais. De maio a dezembro, foram recuperadas mais de 34 toneladas pós-consumo, o equivalente a 13 milhões de copinhos, gerando uma renda adicional de R$ 45 mil aos catadores. “A Danone apoia a reciclagem inclusiva há mais de 14 anos. Em linha com a nossa jornada de impacto e com a nossa ambição de promovermos as transformações necessárias rumo à uma nova economia circular, definimos esse programa pioneiro no Brasil porque desenvolve a cadeia de reciclagem do PS enquanto oferece apoio social a catadoras e catadores de material reciclável”, disse Scheilla Montanari, gerente de sustentabilidade da Danone.

PROJETO DE FOMENTO
Uma ação de economia circular na mineração

(Divulgação)

A gigante Weg firmou parceria com a Nexa, uma das maiores produtoras de zinco do mundo, para o desenvolvimento de tintas líquidas anticorrosivas com adição de jarosita, resíduo derivado da metalurgia de zinco. A nova solução terá como foco superfícies de aço de carbono e ferro fundido e deverá ter capacidade de conceder efeito protetivo, reduzindo o uso de matérias-primas convencionais e promovendo a economia circular na indústria. A parceria entre as duas empresas terá a duração de três anos, e conta com investimentos de R$ 4 milhões, captados junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência pública para promoção de fomento à ciência, tecnologia e inovação. “A transformação da mineração e metalurgia para um caminho sustentável é possível e projetos como esse demonstram isso. A economia circular é a melhor alternativa para os resíduos e a parceria com a Weg acelera ainda mais”, disse Caio Van Deursen, gerente de inovação da Nexa.