São Paulo entra na rota de produção do hidrogênio verde

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Gilney Bastos, presidente da White Martins e da Linde na América do Sul (Crédito: Divulgação )

Por Sérgio Vieira

A gigante White Martins, que integra o grupo alemão Linde, vai construir e operar uma fábrica para produzir hidrogênio verde (H2V) no Sudeste do Brasil. A nova planta será construída ao lado da atual unidade de separação de gases da empresa, em Jacareí (SP). Ela será alimentada por energia renovável de projetos locais de energia solar e eólica, e o hidrogênio verde será certificado por uma empresa independente. Quando entrar em operação, a nova fábrica fornecerá hidrogênio verde para o fabricante de vidros Crebace, como parte de seu programa de redução de emissões. A empresa vai receber o produto por meio de um gasoduto, substituindo o serviço feito por carretas. Além do mercado paulista, a nova planta também vai atender a demanda por H2V no Rio de Janeiro e Minas Gerais, em diversos setores industriais. A previsão é de que comece a operar em 2025. “Investir em hidrogênio verde no coração industrial de São Paulo reafirma nosso compromisso com a transição energética brasileira”, disse Gilney Bastos, presidente da White Martins e da Linde na América do Sul. “Estamos empenhados para que nossos clientes alcancem seus objetivos de descarbonização.” A White Martins foi a primeira empresa a produzir hidrogênio verde em escala industrial na América do Sul, em 2022, em sua planta em Pernambuco.

RECICLAGEM
O caminho de volta do pote de margarina

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Líder no segmento de margarinas no Brasil, a marca Qualy, da BRF, atingiu um índice impressionante: desde 2021, a companhia já enviou mais de 20 mil toneladas de embalagens para reciclagem, em uma ação realizada em parceria com a empresa de impacto socioambiental Eureciclo. Para cada pote comercializado no País, outro equivalente do mesmo material, um plástico chamado polipropileno, é enviado para a reciclagem. A parceria já beneficiou mais de 105 cooperativas em 19 estados, impactando positivamente a renda de mais de 3 mil famílias. O total reciclado no período equivale a mais de 790 milhões de potes de Qualy e representa quase 3% de tudo que foi reciclado no Brasil em um ano. “Ser a primeira marca de margarinas a compensar 100% das embalagens é um marco do qual temos muito orgulho e saber que esse projeto tem crescido ano a ano com um impacto direto na vida de tantos brasileiros nos faz continuar buscando evolução na frente de sustentabilidade”, disse Marina Secaf, gerente executiva de marketing da marca Qualy.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O espaço da biodiversidade no mercado

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O grupo Carrefour Brasil tem aumentado suas ações no processo de transição e ampliando produtos ligados à biodiversidade brasileira em suas prateleiras. A mais recente iniciativa nesse sentido foi o lançamento nas gôndolas do programa Floresta Faz Bem, a primeira ação exclusiva e em rede nacional de incentivo à venda de produtos feitos por povos indígenas e tradicionais, como Uruará, Cacauré de Mocajuba e comunidades ribeirinhas da Rede Terra do Meio e dos rios Madeira e Amazonas. De maneira piloto, as gôndolas estão em duas unidades de hipermercados da rede na cidade de São Paulo (Paseo Alto das Nações e Jardim Pamplona Shopping). A próxima será em Brasília. A inauguração do programa ocorreu no dia 19 de abril, com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Entre os produtos à venda estão chocolates orgânicos, café, geleia, cacau, mistura para bolo e até um supershake da Amazônia. “Os grandes objetivos do programa são conectar e incluir pequenos produtores ao mercado formal, fortalecendo o desenvolvimento sustentável de suas localidades e fazendo desses produtos instrumentos da conscientização e engajamento”, disse Susy Yoshimura, diretora sênior de sustentabilidade do grupo Carrefour Brasil.

NOVO MATERIAL
Construção civil descarbonizada

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Não há como fugir dessa responsabilidade: o setor de construção civil é responsável por 37% das emissões globais de gases de efeito estufa. Uma das alternativas que têm sido adotadas para mudar parte desse cenário é o investimento em madeira engenheirada, uma estrutura que substitui o concreto e pode erguer um prédio de até 20 andares. O grupo Monto, empresa responsável pela construção do Parque Logístico de Extrema (MG), empreendimento da Brookfield Properties, idealizou uma solução para a implementação de dois prédios anexos que utilizará eucalipto, de variedade Grandis, material 100% renovável e originário de florestas certificadas. O uso vai gerar 50 toneladas de crédito de CO2. “Inovamos no setor da construção de parques logísticos e fomos os primeiros a utilizar esse tipo de material. Os centros de distribuição vêm crescendo a partir do avanço das compras on-line e é cada vez mais importante descarbonizar o setor”, disse Luís Fernando Malavasi, diretor de engenharia do grupo Monto.