Robô é bom, mas assessor humano é melhor, mostra levantamento

Crédito:  Bruno VanEnck

Daniel Oliveira, vice-presidente de Serviços e Tecnologia da consultoria Falconi (Crédito: Bruno VanEnck )

Por Hugo Cilo

O uso da tecnologia no mercado financeiro tem evoluído nos últimos anos e ajudado nas decisões de investimento. Fato. Mas as skills humanas seguem como indispensáveis para as tomadas de decisão, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Um estudo em parceria com o Datafolha, chamado de “Raio X do Investidor Brasileiro – 2024”, constatou que o meio preferido pelos investidores no Brasil para decidir o melhor produto financeiro é o contato com um gerente ou assessor de forma presencial. Ao todo, 28% dos mais de 2,1 mil entrevistados fizeram essa escolha em 2023, contra 23% no ano anterior. Ao mesmo tempo, os aplicativos foram os recursos mais utilizados para efetuar os investimentos, com 45% em 2023 (aumento de 2% em comparação com 2022). A preferência pelo assessor humano e a popularização dos robôs evidenciam que o casamento entre os dois é a tendência do mercado de investimentos, segundo Daniel Oliveira, vice-presidente de Serviços e Tecnologia da consultoria Falconi. “No mercado de investimento, a tecnologia tem a função de complementar a atuação de um assessor, gerando insights sobre o histórico de cada cliente e reavaliando os perfis de risco”, afirmou Oliveira. “Isso ajuda os especialistas a gerar recomendações de forma otimizada, tanto do ponto de vista do cliente, quanto da produtividade dos escritórios.” Entre os benefícios que a tecnologia pode trazer para o ecossistema das assessorias de investimento, segundo Oliveira, estão as definições de carteiras a partir da utilização de IA para ajudar a definir o perfil de risco de cada cliente, possibilitando gerar recomendação de investimentos mais adequadas aos perfis, que desencadeia no aumento na satisfação no atendimento. A falta dessa integração pode trazer desafios para o momento atual das assessorias de investimentos. “O número de investidores vem aumentando e, por consequência, a subdivisão das carteiras atendidas pelos assessores, surgindo a necessidade de aumentar a produtividade para que as metas estipuladas por essas empresas sejam de fato alcançadas”, acrescentou o especialista. “Ao deixar a tecnologia de lado nesses momentos, é mais comum que se façam avaliações de risco inadequadas, além da perda de eficiência e alcance do potencial de cada assessor.”

Pinguim lança companhia B2B

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Conhecida como o Tinder das viagens, a startup Pinguim, que conecta pessoas interessadas em encontrar companhias para viagens, aposta no corporativo. A nova empresa, a Pinguim Incentive Travel & Tech, foi idealizada pelas sócias Grace Cauzo (à esq.) e Renata Franco. Elas desenvolveram uma tecnologia que utiliza IA para personalizar roteiros para quem viaja a trabalho ou que recebe viagem como premiação de suas empresas. O Pinguim monta uma viagem personalizada, com indicação de consumo no comércio local e dá preferência estabelecimentos com iniciativas ESG. A divisão B2B já alcançou faturamento de R$ 15 milhões e tem contrato com mais de dez empresas, com viagens para destinos como Alemanha, Itália, EUA, África do Sul, Suíça e Brasil.

Mais energia para o Grupo Delta

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O Grupo Delta Energia captou na última semana R$ 250 milhões para seu projeto de geração de energia solar. A estruturação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), coordenada pelo Banco Modal, integrante do grupo XP Inc., e One Corporate, é considerada a maior emissão de CRI de Geração Distribuída (GD) do Brasil. A operação teve uma demanda total, durante todo o período de captação, de R$ 737 milhões, quase quatro vezes à oferta inicial, o que reforça a credibilidade da empresa no mercado. “Ter à frente uma empresa sólida e robusta financeiramente, com mais de 22 anos de história e experiência no setor elétrico, foi o nosso grande diferencial”, disse o CFO Rodrigo Pereira.

CloudWalk levanta R$ 1,6 bilhão

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A CloudWalk, dona da plataforma de soluções financeiras InfinitePay, acaba de levantar R$ 1,6 bilhão em quatro novos FIDCs, que serão usados para financiar a antecipação de recebíveis de cartão de crédito. A operação teve uma demanda três vezes maior que a oferta e contou com 30 instituições compradoras das cotas. Segundo Pablo de Mello, COO da CloudWalk, a combinação de crescimento rápido com lucratividade veio a partir da diversificação do portfólio ocorrida nos últimos dois anos. Hoje, 80% dos empreendedores usam ao menos dois produtos da InfinitePay.

Cresce procura por cursos de gestão para negócios gastronômicos

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O Brasil é o quinto maior mercado de food service no mundo. Em 2023, as vendas desse mercado alcançaram R$ 234,9 bilhões. Por trás disso, existe um exército de empreendedores que procuram por capacitação para fazer essa roda girar. A Politi Academy, plataforma on-line fundada por Marcelo Politi, auxilia empresários do setor. De 2022 para 2023, passou de faturamento de R$ 1,8 milhão para R$ 9,2 milhões. Para 2024, a previsão é chegar a R$ 25 milhões. “É notável que ainda existe uma lacuna no mercado de educação para donos de restaurantes”, disse Politi, responsável por trazer as operações do Hard Rock Café para o Brasil. Entre os dias 4 e 5 de junho, Politi reunirá cerca de 800 empresários do setor para o evento Acelera Food Nation, no Teatro Santander em São Paulo.