Investidor

Acionistas respiram aliviados com Magda

Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

Magda: silêncio é mais importante que anúncio (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Paula Cristina

Havia no mercado de capitais um encontro muito esperado. Era o que aconteceria entre Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, com os acionistas. Nesse primeiro encontro, parece que correu tudo bem. Magda falou ao mercado na segunda-feira (27) e foi, nas palavras das corretoras “um alívio”. Prova disso foi o avanço de 2% nas ações PETR3, enquanto PETR4 avançava 2,7%. O movimento de alta seguiu terça-feira (28). Mas o que ela disse de tão bom? Na verdade, o que ela não disse foi o mais importante. Nenhum sinal de ingerência foi dado e, como dizem os americanos, “no news is good news”.

De acordo com ela, segue valendo a política de preços “abrasileirada”, em linha com os procedimentos implantados na administração anterior, em 2023. Ela disse não ser justo “contaminar” os preços da companhia com as volatilidades do mercado internacional. Ela reiterou que os dividendos continuarão a ser distribuídos, desde que haja lucros.

A nova CEO terá foco em destravar novas explorações, sendo a principal a Margem Equatorial que tem reserva relevante e que ainda está em estágio inicial de pesquisas para a exploração.

Para Emiliano Ribas, consultor de investimentos, a entrevista de Magda prova manutenção. “Fica mais evidente que o problema de Jean Paul Prates foi mais político que técnico”, disse ele. O BTG Pactual, por sua vez, ressaltou a prevalência da “coerência econômica” na fala de Magda que, segundo o banco, indicou que o plano de expansão da empresa não sacrifica a rentabilidade da companhia. Um bom primeiro date. Ficam os votos para que essa relação continue saudável.

Indenizações para o RS já superam R$ 1,5 bilHão

(Divulgação)

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, afirmou à DINHEIRO que as seguradoras já receberam o aviso de 23,4 mil sinistros referentes às perdas causadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Os casos já avisados devem resultar em indenização de R$ 1,67 bilhão. O presidente da entidade, estima que o número final ainda vai evoluir, mas que não haverá dificuldade em honrar os pagamentos. Os avisos automotivos e imobiliários são os mais recorrentes. Com, respectivamente, 8.216 e 11.396 notificações até o momento, os bens lideram os pedidos de indenização notificados. Em termos de valores, as indenizações para veículos somam R$ 557,4 milhões, enquanto as residenciais e habitacionais totalizam R$ 239,2 milhões. Os demais segmentos têm pedidos em menores quantidades. Foram também registradas 385 notificações na área de grandes riscos (R$ 507 milhões), 996 solicitações no ramo agrícola (R$ 47,3 milhões) e 2.450 casos em outros segmentos (R$ 322,1 milhões). Segundo ele, a atualização dos valores será feita em quatro semanas.