Revista

Fundadora do Nubank sente a ira do digital

Crédito: Nelson Almeida

Nubank: clientes imaginaram alianças polêmicas a partir de um post de Cristina Junqueira e tentaram boicotar instituição financeira (Crédito: Nelson Almeida)

Por Paula Cristina

Há pouco mais de três semanas o Nubank estampou o noticiário com uma agenda bastante positiva. O banco digital havia conseguido passar o Itaú e galgar a primeira colocação entre as instituições financeiras mais valiosas do Brasil. Poucas semanas depois, novamente o aplicativo roxinho voltou às manchetes, mas agora associado a um tema não tão positivo. Sua fundadora, Cristina Junqueira, fez um post polêmico no Instagram. A imagem compartilhada pela executiva mostrava um convite recebido para um evento do Brasil Paralelo, com participação do psicólogo Jordan Peterson, tão popular quanto controverso pelo conteúdo de suas palestras e publicações. Como resultados internautas organizaram boicote aos produtos da companhia.

O Brasil Paralelo é uma empresa de mídia que recebem constantes críticas por sua linha editorial. Alguns destes assuntos envolvem o negacionismo climático, a revisão da história de Maria da Penha e abordagens de períodos históricos com informações distorcidas. Em nota, a empresa diz que os comentários sobre uma ligação entre a fintech e Brasil Paralelo não passam de especulações. “Nossa co-fundadora recebeu — e agradeceu — um convite para o lançamento de um livro de um autor canadense, organizado em parceria com um veículo de comunicação. Reiteramos que Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento, e que o Nubank não patrocina essa organização nem endossa seus conteúdos.” Christina, que também já fez comentários problemáticos sobre contratação de pessoas negras, enfrenta mais uma tempestade, à espera da calmaria.

(Divulgação)

Ranking
Brasil menos competitivo

O Brasil caiu dois postos e passou a ocupar a 62ª posição em um ranking de competitividade global abrangendo 65 países, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD). A edição do World Competitiveness Ranking (WCR) de 2024 colocou Cingapura na primeira posição, seguida por Suíça e Dinamarca. O Brasil vem caindo na avaliação, passando do 56º posto em 2020 para o 57º lugar no ano seguinte, para 59ª posição em 2022 e para a 60ª no ano passado. Pelo ranking, em 2024, o País só ficou à frente de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela. Pelos critérios do ranking, a única evolução foi no Desempenho Econômico, com o Brasil passando do 41º posto no ano passado para o 38º lugar. O pior desempenho do país ficou em Eficiência Governamental (65ª posição). Nos demais critérios, a Eficiência Empresarial ficou em 61º lugar e a Infraestrutura ficou em 58º. Para a Fundação Dom Cabral, que é parceira no estudo, entre os desafios para melhorar sua posição estão:
investir substancialmente no acesso da população à educação básica de qualidade;
requalificar profissionais para mudanças tecnológicas dinâmicas;
melhorar a infraestrutura e a logística para aumentar a resiliência e o crescimento econômico;
ampliar a igualdade e a inclusão;
e melhorar a capacidade das organizações em desenvolver inovações de ponta.

Clube dos emergentes
Malásia se prepara para o Brics

A Malásia está se preparando para se juntar ao Brics, disse Anwar Ibrahim, primeiro-ministro do país em uma entrevista ao veículo chinês Guancha. O grupo recebe o nome pelo acrônimo formado por seus primeiros membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No ano passado, o Brics começou a expandir seus membros, buscando desafiar uma ordem mundial dominada pelas economias ocidentais, com o convite à adesão de Arábia Saudita, Irã, Etiópia, Egito, Argentina e Emirados Árabes Unidos, e mais de 40 países expressando interesse.

Internacional
FMI piora projeções para a Argentina

(Divulgação)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou na segunda-feira (17) a previsão de crescimento para a Argentina, estimando uma contração de 3,5% em 2024, e melhorou a de inflação anual média para 233%. O argumento é que há um alerta para o risco de que a recessão se prolongue “alimentando tensões sociais” e prejudique a economia. A instituição financeira publicou um relatório detalhado no qual se mostra satisfeita com o plano “motosserra” do presidente ultraliberal Javier Milei para cortar drasticamente os gastos do Estado, mas faz algumas ressalvas e pede mais reformas. “É preciso olhar com atenção para as tensões sociais para que não se mantenha o ritmo das reformas, como a da mudança no imposto de renda”, afirmou Gita Gopinath, a número dois do FMI, depois que o conselho executivo do organismo aprovou na quinta-feira (13) a oitava revisão do acordo de crédito acordado com o país.Essa aprovação permitiu um desembolso imediato de cerca de US$ 800 milhões

Fundo Eleitoral
Lula libera R$ 5,5 bilhões para educação

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as duas forças que vêm polarizando a política brasileira nos últimos anos, são as legendas que lideram o ranking do chamado “fundão eleitoral” de R$ 5 bilhões, de acordo com dados divulgados, na segunda-feira (17), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, segundo a Justiça Eleitoral, 29 partidos brasileiros com registro no TSE receberão R$ 4,961 bilhões do chamado Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para gastos com as campanhas municipais deste ano. Confira os valores dos 10 partidos que mais receberão recursos.