Melhoramentos vai construir fábrica de embalagens sustentáveis

Crédito: Rodrigo Carvalho

Melhoramentos: fábrica terá capacidade para 60 milhões de embalagens por ano (Crédito: Rodrigo Carvalho)

Por Alexandre Inacio

A Melhoramentos vai construir uma fábrica de embalagens sustentáveis. A empresa, que atua nos segmentos editorial, papel e celulose e imobiliário, pretende desembolsar R$ 40 milhões para levantar em Camanducaia (MG) uma planta para produzir embalagens biodegradáveis à base de fibra de celulose.

A ideia é fabricar embalagens 100% compostáveis, feitas de matéria-prima renovável que se decompõe naturalmente em até 75 dias. Projetadas para resistir à gordura, umidade e temperaturas extremas, as embalagens poderão ser usadas desde o freezer até o forno a 220 graus.

“Os seres humanos produzem cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano, sendo metade destinada a embalagens de uso único que poluem aterros, rios e oceanos. As embalagens de fibra de celulose representam uma mudança significativa para um futuro mais sustentável, facilitando a reutilização, reciclagem ou compostagem”, afirma Carolina Alcoforado, diretora de novos negócios e inovação da Melhoramentos.

De largada, a fábrica terá capacidade para 60 milhões de embalagens por ano e deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2025 e será instalada no parque fabril que a Melhoramentos já mantém no município. O projeto foi desenvolvido em parceria com a startup israelense W-Cycle, especialista em soluções de embalagens sustentáveis.

Painel solar
Mortos vão gerar energia na Espanha

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Na busca de fontes limpas para geração da energia, a Espanha está dando um passo, no mínimo, ousado. A cidade de Valência está usando seus cemitérios para instalar paineis fotovoltaicos, com a ambiciosa meta de se transformar no maior parque solar urbano do país. Batizado de RIP (Requiem in Power), o projeto já instalou 810 paineis nos cemitérios de Grau, Campanar e Benimàmet. O objetivo é chegar a 6.658, gerar um total de 440 quilowatts por ano e deixar de emitir 140 toneladas de carbono.

Trabalho
Siemens assina protocolo para equidade racial no País

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A alemã Siemens acaba de aderir ao Pacto de Promoção da Equidade Racial. A ideia é implementar na empresa um protocolo ESG específico para o tema. O documento foi assinado pelo CEO da Siemens Brasil, Pablo Fava e representantes do pacto. Chamado DiverSifica, o programa de diversidade, equidade e inclusão da Siemens prevê ações para identificar e a desenvolver o potencial de pessoas que enfrentam dificuldades devido ao perfil racial, gênero, orientação sexual, idade, deficiência, entre outros fatores.

Embalagem
Salton reduz uso de vidro, plástico e papelão

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A Vinícola Salton está mexendo no vidro de suas garrafas para reduzir seu impacto no meio ambiente. A empresa passou a adotar garrafas “aliviadas”, ou seja, embalagens que possuem uma menor quantidade de vidro em sua composição, produzindo menos resíduos e gerando menos emissões de CO2 no processo de fabricação.

No ano passado, a Salton usou as garrafas “aliviadas” em 17% de seu portfólio. Em 2024, as garrafas tradicionais de outras linhas de produtos começarão a ser substituídas, o que vai elevar para 20% a participação das embalagens mais sustentáveis no total usado pela vinícola.

“Além da menor geração de carbono, esse modelo impacta também em todas as etapas de transporte. Garrafas aliviadas diminuem em até 30% o peso de um caminhão que transporta mil garrafas”, afirma Maurício Salton, diretor-presidente da vinícola.

Nem mesmo o tradicional conhaque Presidente ficou de fora das mudanças. A Salton resolveu remover a válvula da tampa da embalagem, também conhecido como dosador. O ajuste levou à redução de mais de 9 toneladas de plástico em 2023. Neste ano, esse projeto está sendo expandido para as demais linhas de destilados, o que irá proporcionar uma diminuição ainda maior na geração de plástico.

Reflorestamento
Ativos florestais atraem investimentos para o Brasil

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O último relatório da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) indica que o setor de árvores cultivadas alcançou a maior contribuição em 11 anos para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, de 1,3%. Com o crescimento da atividade, a silvicultura brasileira está na mira de investidores de países como a Rússia, Austrália, Panamá e África do Sul, que escolheram Minas Gerais para investir e para obter lucros a longo prazo. De acordo com a entidade, a produção sustentável de madeira, sem desmatar áreas nativas, está cada vez mais na mira de investidores, levando em conta os rumos que a economia tem tomado. O Brasil tem se destacado e alcançou receita bruta de R$260 bilhões no ramo de árvores plantadas, segundo os últimos dados do IBÁ. Um dos projetos mais conhecidos é do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), que mantém um Polo Florestal de Mogno Africano em Pompéu com a extensão de 4.400 hectares, a 175 quilômetros a noroeste de Belo Horizonte, e que tem recebido investimentos estrangeiros desde 2020.

Poluição
Combate ao lixo espacial

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Está mais difícil poluir o espaço. A Federal Communications Commission (FCC), responsável por regular a comunicação por rádio, televisão, fio, satélite e cabo nos EUA, está apertando o cerco sobre as empresas que geram detritos espaciais. A agência ganhou força depois de o governo americano ter aplicado uma multa de US$ 150 mil à Dish Network, por não ter conseguido tirar de órbita um satélite antigo. Essa foi a primeira sanção do gênero, mas deu força ao trabalho da FCC.

Segundo Moriba Jah, professor de engenharia espacial da Universidade do Texas, as principais empresas infratoras estão nos EUA, China e Rússia. Em sua avaliação, uma lista pública dos infratores poderia ajudar na conscientização do problema. Ainda que a FCC tenha feito uma incursão histórica, não está claro como ela e outros reguladores conseguirão traduzir em ações práticas o processo de visibilidade sobre quais objetos lançados ao espaço estão em situação não-conforme.