A volta do Zé das Camisinhas

Crédito: Claudio Gatti

Empresário José Araújo, com o filho, Denis Araújo: de volta a empresa que a família criou há cinco décadas (Crédito: Claudio Gatti)

Por Hugo Cilo

O empresário José Araújo, mais conhecido como “Zé das Camisinhas”, fez uma operação de causar inveja a qualquer homem de negócios. Em 2009, ele vendeu para a Hypermarcas sua empresa, a Indústria Nacional de Artefatos de Látex (Inal), dona das marcas de preservativos Olla, Lovetex e Microtex, por US$ 122 milhões – o equivalente a R$ 670 milhões na cotação de hoje. Logo depois a Inal passou das mãos da Hypermarcas para a gigante britânica Reckitt Benckiser. No ano passado, no entanto, a empresa voltou a ser do “Zé” pelo preço de R$ 40 milhões. “Ao perceber que algumas estratégias dessas empresas não eram muito acertadas, como importar as camisinhas da China, resolvi reassumir a fábrica de São Roque (SP), ativo da empresa que minha família criou há 50 anos”, afirmou Araújo, que agora administra a empresa junto com seu filho, Denis Araújo. A partir deste ano, a Inatex (novo nome da empresa) vai investir R$ 20 milhões até 2026 para crescer. A atual capacidade de produção, de 12 milhões de preservativos por mês, será ampliado para 30 milhões, mesmo volume de vendas registrado em 2009, ano da transação com a Hypermarcas. “Vamos focar nossas estratégias no fortalecimento das marcas e no lançamento de produtos premium, que são importados e chegam a preços impeditivos”, afirmou Araújo. A principal aposta, segundo ele, é a fabricação de camisinhas com polisopreno, látex sintético muito mais fino e resistente do que o de borracha natural. “Com essa inovação, vamos recuperar o vigor que nossas marcas já tiverem no passado.”

Foco no fitness de alto padrão

(Luiza Castanho)

O mercado de academias de alto padrão está – com o perdão do trocadilho – ganhando musculatura no interior do País. A empresária Luiza Castanho, CEO da B.House Bodybuilding, está desembolsando cerca de R$ 10 milhões para estruturar sua rede. A primeira unidade de luxo, em Maringá (PR), tem 2 mil m² e mais de 40 profissionais. “Estamos preparados para receber até 200 clientes por hora, sem comprometer a qualidade dos serviços”, disse Luiza. “A recepção será feita por um fitness hostess, que têm a missão de orientar o aluno em relação a todo serviço”.

Bem-estar de R$ 1 bilhão

(Divulgação)

A Vidalink, maior plataforma de planos de benefícios corporativos do Brasil, acaba de atingir R$ 1 bilhão em transações em sua plataforma. Especializada em bem-estar, a empresa ampliou em 315 mil sua base de usuários em 2023. Além de descontos em medicamentos, a Vidalink fortaleceu seus produtos para saúde física e mental, com alta de 300% na adesão do plano de acesso à academia e 280% a mais de usuários que estão usando o serviço de teleterapia. Empresas como Bayer, Heineken e Motorola passaram a oferecer a Vidalink como benefício. Segundo o CEO e cofundador Luis González, o foco é firmar novas parcerias para acelerar o crescimento. Atualmente, a empresa possui 25 mil farmácias credenciadas em seu modelo físico e busca ampliar ainda mais essa capilaridade para garantir uma cobertura mais ampla.

Scania embarca no ônibus elétrico

Na carona do movimento de eletrificação da frota brasileira, a sueca Scania acaba de lançar o primeiro ônibus elétrico 100% da marca no País. O modelo tem autonomia de até 300 quilômetros, voltado para uso urbano. Para o diretor Alex Nucci, o lançamento marca um momento especial para a história da empresa no Brasil, onde está há 67 anos. “A modernidade da eletrificação estará materializada em nossa fábrica. A partir do início da produção do ônibus elétrico, em março de 2025, a Scania não será mais a mesma”, afirmou.

Desafios da diversidade na medicina

(Divulgação)

Assim como na sociedade, a representatividade negra no setor de saúde é um desafio a ser enfrentado. O tema será foco do 2º Fórum Desafios da Diversidade na Medicina, no dia 29 deste mês, promovido pelo Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil. Segundo Eliane Leite Alcantara Malteze, coordenadora do evento, a falta de médicos negros contribui para uma lacuna significativa na qualidade do atendimento oferecido à população negra. “Médicos negros tendem a compreender melhor as nuances culturais e sociais que afetam a saúde da população negra”, afirmou.