Allianz Parque busca se tornar arena sustentável

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Allianz Parque produziu pouco mais de 420 toneladas de resíduos no ano passado (Crédito: Divulgação )

Por Alexandre Inacio

Depois de nove anos em operação, o Allianz Parque acaba de elaborar seu primeiro relatório de sustentabilidade, tendo como base o ano de 2023. Resultado da parceria – nem sempre amistosa – entre a WTorre e a Sociedade Esportiva Palmeiras, a arena gerou um impacto de R$ 3,44 bilhões para a cidade de São Paulo, considerando aspectos diretos e indiretos.

Em termos ambientais, o Allianz Parque produziu pouco mais de 420 toneladas de resíduos no ano passado. Desse total, mais de 75% tiveram uma destinação adequada para reuso e apenas 25% enviados para aterros sanitários. Em 2023 a arena assumiu o compromisso de enviar para aterros apenas 10% dos seus resíduos. No campo da energia, metade do consumo é proveniente de fontes renováveis. Para mitigar seu impacto energético, a empresa iniciou em 2023 um estudo para implantação de placas de geração de energia fotovoltaica nos telhados da construção. Além disso, investiu R$ 200 mil para a troca de toda a iluminação para lâmpadas de LED, o que proporcionou a redução de 63% do consumo em comparação a 2022. Em 2023, o Allianz Parque recebeu 39 shows, 39 jogos, além de 16 eventos corporativos e 82 festas de aniversário. Nesse período, passaram pela arena do Palmeiras um público superior a 2,6 milhões de pessoas.

Descarte
Projeto da Bradesco recicla resíduos de segurados

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O projeto Sinistro Sustentável da Bradesco Seguros realizou cerca de 2 mil atendimentos e reciclou de 50 toneladas de resíduos no primeiro trimestre, que seriam descartados por clientes dos seguros Auto e Residencial. O resultado supera em 4% o mesmo período de 2023. Entre março do ano passado e deste ano, cerca de 30 empreendedores, 10 empresas e instituições do terceiro setor receberam doações que lhes permitiram gerar renda a partir das matérias-primas. Estima-se que o projeto movimentou R$ 460 mil na economia. Com a expansão prevista para 2024, mais 800 empresas serão influeciadas, com impacto de R$ 14 milhões.
O projeto engloba duas iniciativas.
Oficina Sustentável, que recolhe resíduos dos sinistros de Seguro Auto,
e o Sinistro Sustentável Residencial, dá destinação aos resíduos do Seguro Residencial.

Emissões
Empresas brasileiras mostram pouca ambição

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A ambição das empresas brasileiras para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ainda está baixa. É o que indica um levantamento do Carbon Disclosure Program (CDP), maior plataforma global de dados ambientais. Considerando apenas as emissões diretas (escopo 1), os resultados se mostram em linha com o compromisso global de um limite de 1,5º no aumento da temperatura. Agora, quando computadas as emissões da energia adquirida para uso próprio (escopo 2), o cenário é um aumento de 2,2°C. Quando incluídas as emissões indiretas (escopo 3), o aumento seria de 2,7°C. O levantamento mostra que a cadeia de combustíveis fósseis são as que geram maior impacto. Considerando os três escopos, elas estariam provocando um aumento de 3º.

Investimentos
Amazon Biodiversity Fund aporta R$ 85 milhões

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O Amazon Biodiversity Fund (ABF) alcançou a marca de R$ 85 milhões investidos, com dois novos projetos. No início de 2024, o fundo chegou a R$ 235 milhões sob gestão, com a entrada do BNDES e do Soros Economic Development Fund (SEDF) no hall de investidores. Entre os novos projetos está a Cacau Amazônia+, com atuação em dez municípios de Rondônia. Serão R$18 milhões para sistemas agroflorestais e restauração ecológica. O segundo foi desenvolvido pela Belterra Agroflorestas. A empresa receberá R$ 20 milhões para trabalhar com pequenos e médios produtores de Mato Grosso, Pará e Rondônia para implantar agroflorestas em escala no território brasileiro, chegando a 40 mil hectares restaurados até 2030.

Festa junina
São João ambientalmente correto no Clube Pinheiros

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Pelo sétimo ano consecutivo, o Esporte Clube Pinheiro está dando um destino adequado para o lixo produzido durante suas tradicionais comemorações juninas. No ano passado, o clube paulista destinou 6,4 toneladas de resíduos a cooperativas de reciclagem, 326 quilos de resíduos orgânicos foram para compostagem externa e projeto de horta urbana e 176 quilos de materiais para a logística reversa. Todo esse volume foi produzido durante três dias de eventos, por aproximadamente 70 mil pessoas. Na edição deste ano, 80 mil pessoas passaram pelas instalações do clube, produzindo 7 toneladas de resíduos, que já estão sendo destinados aos parceiros.

Infraestrutura
CCR quer ser neutro em carbono até 2035

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O grupo CCR anunciou que pretende se tornar neutro em carbono nos escopos 1 e 2 até 2035. Trata-se da primeira companhia do setor a se comprometer com esta meta. Em 2023,a empresa teve suas metas de corte de emissões aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi). A companhia quer diminuir as suas emissões de escopos 1 (diretas) e 2 (energia elétrica) em 59% e de escopo 3 (cadeia de valor) em 27%, tomando 2019 como base. “A neutralidade carbônica é mais um passo em nossa jornada de descarbonização, uma agenda prioritária para o setor de infraestrutura, sobretudo no cenário de eventos climáticos extremos mais frequentes”, disse o vice-presidente de Sustentabilidade, Riscos e Compliance, Pedro Sutter.