Investidor

Crédito rural do Sicoob vai bater R$ 53 bilhões

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Sicoob se diz otimista com a Safra deste ano (Crédito: Freepik)

Por Paula Cristina

O Plano Safra anunciado pelo governo Lula até pode ser o maior da história em termos absolutos, mas a cautela do empresariado, em especial os financiadores, ainda está presente. Apesar do aumento na liberação de crédito na passagem da safra 23/24 para 24/25, o ritmo de crescimento tem caído. Exemplo disto é o Sicoob, que se diz otimista com a Safra deste ano, e prevê liberar cerca de R$ 53,4 bilhões em crédito rural através das mais variadas linhas de financiamento. A cifra é 10% maior que no período anterior, mas mostra uma desaceleração no volume de incremento safra a safra. Ano passado, quando comparado com as produções previstas na safra 22/23, o incremento havia sido de 29%.

Segundo Francisco Reposse Junior, diretor Comercial e de Canais do Sicoob, a empresa segue focada em oferecer as melhores opções, com atenção especial aos produtores de menor porte. A previsão da empresa é de liberações na ordem dos R$ 4,1 bilhões para custeio e industrialização e R$ 1,5 bilhão para investimentos por meio do Pronaf; R$ 8,2 bilhões para custeio e R$ 650 milhões para investimentos via Pronamp; R$ 9,4 bilhões para demais custeios, comercialização e industrialização; R$ 500 milhões para demais investimentos; além de R$ 1,7 bilhão como repasse livre, R$ 2,9 bilhões via BNDES, R$ 538 mil para Fundos, R$ 1,3 bilhão para Funcafé, R$ 17,8 bilhões CPRF e R$ 4,5 bilhões RPL Singular.

R$1,32 bilhão Foi a captação da Natura por meio da 13a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única. Os títulos possuem metas de sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de bioingredientes da sociobiodiversidade.

R$100 milhões Foi o investimento anunciado pela Fluxus, empresa de óleo e gás dos empresários Joesley e Wesley Batista, em ativos na Bolívia até 2028 para produzir mais gás natural em 3 campos recém-adquiridos no país. O investimento fará a produção diária ir de 100 mil m³ de gás para 1,1 milhão.

Bancos
Santander cria crédito imobiliário sem poupança

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Com a perspectiva de redução dos recursos da poupança para alimentar as linhas de crédito imobiliário, o Banco Santander buscou no mercado de capitais uma solução para suprir o funding necessário para atender a demanda. Trata-se de um financiamento para incorporadoras que buscam alternativas para depender menos da tradicional caderneta. Chamado de Ciclo Estendido, o produto de crédito para empresas do setor usa a estrutura de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) como principal fonte de recursos. Segundo o banco, a solução abrange tanto o momento pré-obra, quando há compra do terreno e lançamento do projeto, quanto a própria edificação e o período após a construção já estar pronta, no qual a companhia precisa fazer o repasse dos financiamentos das unidades vendidas na planta para as instituições financeiras.

“É um produto inovador, porque temos uma maneira de financiar o ciclo imobiliário sem a dependência da poupança”, afirma o diretor de negócios imobiliários do banco, Sandro Gamba. De acordo com o executivo, “um ponto importante do projeto é buscar alternativas de funding para o setor”. O diretor do Santander explica que a estratégia da instituição prevê concentrar os recursos subsidiados da caderneta no crédito para pessoa física e utilizar mais o mercado de capitais no caso das empresas.