Delend quer faturar R$ 80 milhões em 2024
Por Paula Cristina
A transformação no meio de pagamento e no avanço nas novas tecnologias para finanças abriram um caminho promissor para empresas como a Delend. Com autorização do Banco Central para funcionar como instituição de pagamento, a fintech vê potencial de faturamento de R$ 80 milhões.
Segundo Licio Carvalho, cofundador e CTO da Delend, a empresa vem registrando um crescimento anual de 40% e, com a nova licença, as expectativas para 2024 envolvem receita anual recorrente (ARR) estimada entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões nos próximos 12 meses. O caminho para o sucesso, explica o executivo, é focar nas pequenas e médias empresas. “Direcionamos nossos esforços para um problema bem específico e significativo: o conhecimento completo e a automação das etapas para as PMEs obterem crédito e assim destravar o potencial da Duplicata Eletrônica”, detalha.
Na prática, agora a empresa poderá integrar soluções de Inteligência Artificial ao Open Finance, habilitando agentes financeiros com IA para automatizar a obtenção de crédito. “Estamos desenvolvendo processos totalmente integrados com dinheiro programável, projetados para facilitar a vida dos nossos clientes. Imagine uma duplicata em que a conta do recebível é completamente programável e direcionada diretamente para o comprador do título. Esse é o principal desafio dos recebíveis que utilizam boletos como forma de pagamento”, afirma.
R$ 183 milhões Foi o valor pago pela Smart Fit para a compra Velocity. Ao todo, a Velocity tem 103 academias, que serão incorporadas à Smart Fit. À CVM, a Smart FIt disse que vai pagar R$ 163 milhões aos acionistas da Velocity ao fim da transação, e R$ 20 milhões serão pagos após cumpridas as metas contratuais.
R$ 11 trilhões Foi o volume movimentado via pix no primeiro semestre, segundo o Banco Central. O método de pagamento teve mais de 28 bilhões de transações. Segundo o BC, o dado confirma a assertividade da iniciativa e dá segurança para a continuidade do Open finance e ampliação das alternativas de pagamento.
Varejo
Americanas tem novo sócio misterioso
Americanas, em recuperação judicial, informou que o acionista Inácio de Barros Melo Neto atingiu posição equivalente a 12,52% do total de ações ordinárias da varejista. Melo Neto possui 113 milhões de ações ordinárias (ON) da Americanas. O investidor disse que não pretende alterar a estrutura acionária ou de controle da companhia, mas obter lucros em uma futura venda.
A Americanas divulgou no início de julho que seus acionistas de referência — o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — além de afiliados deles, passariam a deter 49,2% do capital social da companhia após um aumento de capital.
Até meados de fevereiro de 2023, a empresa informava que o trio de bilionários detinha 30,12% das ações da Americanas, equivalente a 271.834.960 de papéis.
Enquanto a empresa tenta se reerguer financeiramente, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu à Justiça Federal que seja decretada a extradição do ex-CEO do Grupo Americanas Miguel Gutierrez, que vive em Madri, na Espanha. O executivo é investigado pela fraude bilionária na companhia varejista.