Beleza: Wella aposta no Brasil para crescer de forma sustentável
Gigante do setor de beleza completa 70 anos no Brasil, torna sua operação independente e anuncia CEO com o plano de dobrar de tamanho nos próximos anos
Por Letícia Franco
Grandes mudanças acompanham novos visuais. É quase um ritual repaginar o corte e pintar os fios de cabelo para simbolizar uma nova etapa, seja ela qual for. Motivos não faltam para a Wella Company, dona de marcas como Wella Professionals, Koleston e Sebastian, mudar de visual no Brasil. O ano de 2024 marca os 70 anos da multinacional alemã no mercado nacional e, finalmente, sua independência do grupo francês Coty.
Em março, a Wella inaugurou seu próprio centro de distribuição no País, deixando de vez o CD e a logística da ex-empresa mãe, que vendeu 60% do capital da companhia para a KKR em 2020, por US$ 2,5 bilhões. Agora, mais independente, a Wella anunciou na quinta-feira (11), Guilherme Catarino como novo presidente das operações locais. Presente em salões de beleza e redes de varejo, a empresa é líder em marcas profissionais no Brasil e quer dobrar de tamanho nos próximos anos.
Manter a divisão brasileira bem cuidada é indispensável para empresa. Além de ser o quarto maior mercado de beleza no mundo, segundo a Euromonitor International, o País também está entre as top 10 operações da Wella.
De acordo com a companhia, a nova liderança entra para “solidificar ainda mais sua posição como empresa líder do mercado brasileiro”. Guilherme Catarino deixa o posto de diretor-geral para América Central, Caribe e América do Sul (ex-Brasil) para liderar a maior operação da região, a brasileira. Ele substitui Nathalie De Gouveia, que assume o comando da divisão dos EUA depois de cinco anos como CEO da Wella no Brasil.
“Meu objetivo é contribuir para o contínuo sucesso da empresa no País, oferecendo inovações que criem valor para a indústria, gerando desejo e facilitando a vida dos consumidores e dos cabeleireiros” afirmou Catarino, que tem como uma de suas tarefas investir na educação de profissionais do setor para impulsionar o crescimento das marcas.
• Outro processo importante para chegar ao novo visual ocorreu ainda no primeiro trimestre deste ano, com a abertura do seu próprio centro de distribuição no País, em Extrema (MG).
• Apesar de não ter os valores revelados, trata-se do terceiro maior CD da Wella no mundo, com 12 mil m², capacidade de armazenamento de cerca de 14 mil paletes e movimentação de 110 mil caixas por mês.
• Essa inauguração pode ser comparada com um corte de cabelo pós-término, um dos vídeos virais do TikTok e Instagram com a hashtag “breakuphair”, no qual usuários mostram a transformação no visual depois do fim de um relacionamento.
• O novo CD representa a separação definitiva da Coty, que vendeu sua participação para a Kohlberg Kravis and Roberts (KKR) em 2020.
INOVAÇÃO
No mercado nacional, a Wella comercializa sete marcas para cabelos e unhas. É líder no segmento de coloração há nove anos e, recentemente, passou a ocupar a primeira posição em tratamentos capilares, segundo informações da companhia.
Além disso, o País funciona como um laboratório a céu aberto por conta de sua diversidade. Isso põe o Brasil na prateleira das operações mais inovadoras, responsável pelo surgimento de técnicas que hoje são aplicadas no exterior, como o uso combinado de máscara de tratamento com o óleo Dark Oil para potencializar a hidratação capilar.
Sob nova direção e totalmente responsável pela comercialização e distribuição de seus produtos, a Wella está definitivamente de cara nova. E como toda transformação nos fios exige um novo cronograma capilar, é o momento da empresa cuidar para sua operação crescer de forma saudável.