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Congresso acelera pautas econômicas

Crédito: Marcos Oliveira

Plano é avançar com a votação do PLP 108/2024, projeto de lei que disciplina a distribuição de recursos entre os estados e municípios e cria o comitê-gestor do futuro IBS (Crédito: Marcos Oliveira)

Por Paula Cristina

Os que apostavam que as votações relevantes para a economia iriam emperrar no Legislativo em função das eleições municipais, podem ter se precipitado. O plano, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, é avançar com a votação do PLP 108/2024, projeto de lei que disciplina a distribuição de recursos entre os estados e municípios e cria o comitê-gestor do futuro IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A urgência da medida já foi aprovada pelos parlamentares. Após aprovado na Câmara, o texto segue para o Senado. Também entrou na pauta o PLP 121/2024, que permite aos estados a redução de juros na quitação das parcelas. A contrapartida envolve a entrega de certos ativos à União (caso da Cemig) ou investimentos em segurança, educação e infraestrutura, além da criação de um fundo com recursos para os demais estados da federação, que não possuem dívidas. Os termos da proposta foram desenhados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas ainda não é unanimidade. Ainda entra na lista de agosto a desoneração da folha de pagamentos. A votação envolve o PL 1847/2024, que cria um regime de transição para o fim da desoneração de 17 setores da economia e de municípios pequenos, e aponta medidas compensatórias para a renúncia fiscal. Uma agenda cheia, para uma janela curta, pensando que os parlamentares dividirão, invariavelmente, a atenção entre seus redutos eleitorais e suas atividades em Brasília.

Eleições Estados Unidos
Kamala vs. Trump: o embate econômico

(Divulgação)

Uma pesquisa do Financial Times com a Universidade de Michigan apontou que 42% dos americanos confiam mais em Kamala Harris para lidar com questões econômicas dos Estados Unidos, contra 41% que escolheriam Donald Trump. Essa é a primeira vez que um levantamento mostra que os eleitores preferem o Partido Democrata ao Republicano para lidar com a economia do país. O cenário era favorável a Trump, quando o presidente americano Joe Biden ainda estava na disputa para a Casa Branca. Segundo a pesquisa, Kamala tem 7 p.p. a mais que Biden havia obtido em julho.

PIB
O otimismo de Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira (12) que a equipe econômica deve revisar a projeção de crescimento da economia em 2024 para cima. “Eu diria que nós brevemente devemos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos pela nossa Secretaria de Política Econômica”, disse em evento da corretora Warren Investimentos. Em julho, a Secretaria de Política Econômica (SPE) manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB ) em 2,5% para 2024, em meio a uma expectativa de alta. Para justificar a profecia, Haddad destacou resultados do comércio exterior, além dos bons indicadores em comércio, serviços e indústria. “Lembrando que a balança comercial brasileira está no seu melhor momento, exportações avançando, saldo comercial em alta, contra a previsão de muita gente, e a economia esse ano está crescendo”, disse.

R$ 1,29 trilhão
Foi o valor movimentado, em 2023, pelas 300 maiores varejistas do Brasil, número 7,9% maior que um ano antes. Esse montante representa 10,35% do PIB brasileiro.

Energia elétrica
Silveira nos holofotes

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse na terça-feira (13/8) que “não será o pai” da conta de energia mais cara do mundo. Ele deu a declaração na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Silveira se referia aos subsídios pagos por meio das tarifas de luz.“Eu não vou ser o pai da conta de energia mais cara do mundo. Nós já somos uma das mais caras, eu não vou ser o pai da mais cara. Eu não vou sair com esse título”, declarou o ministro aos deputados. Silveira defendeu na comissão que o Brasil precisa encontrar outras formas de incentivo financeiro para políticas públicas voltadas para setores da economia, com descontos para fontes de energia renovável, por exemplo. “O País já pode se orgulhar da sua matriz. Nós não temos que continuar enfiando esse custo na economia nacional e na conta do consumidor de energia”, argumentou. Atualmente, os subsídios são pagos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada em 2002 para custear políticas públicas do setor elétrico. Em 2013, foi a CDE quem passou a concentrar todos os subsídios.

Construção
100 anos de história

(Divulgação)

Dono da Barra da Tijuca, o maior empreendedor carioca, o visionário à beira da praia. Muitos foram os nomes que definiram, ao longo de 100 anos, a vida do engenheiro Carlos Fernando de Carvalho, fundador da construtora Carvalho Hosken. O executivo, que ainda fazia parte do conselho da construtora, faleceu por causas naturais no sábado (10). Com uma biografia pessoal que se mistura aos êxitos da sua jornada na construção, o executivo é a prova da regra número um em um canteiro: uma boa fundação determina a duração, consistência e relevância de uma obra que marcará a história.