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A aposta de peso da Novo Nordisk no Brasil

Crédito: Edu Viana

Executiva Isabella Wanderley comanda as operações da Novo Nordisk no Brasil (Crédito: Edu Viana)

Por Hugo Cilo

Sem fazer barulho, o laboratório dinamarquês Novo Nordisk – maior empresa da Europa e dona de um faturamento de US$ 33,8 bilhões no ano passado – está com fome de crescimento no mercado brasileiro. O plano é, basicamente, engordar os resultados com o lançamento de um novo medicamento, o Wegovy, voltado para pessoas com sobrepeso ou que buscam a magreza perfeita. Segundo a executiva Isabella Wanderley, que comanda as operações da Novo Nordisk no Brasil, a companhia está muito otimista com a chegada do Wegovy ao Brasil.

“O mercado para obesidade no Brasil é muito maior que o de diabetes”, disse. No País, 25% da população tem o índice de massa corporal (IMC) acima de 30, o que indica obesidade, enquanto 61% está acima de 25, em sobrepeso. A diabetes afeta cerca de 7% dos brasileiros. Irmão mais novo do Ozempic, o Wegovy tem o mesmo princípio ativo, a semaglutida, que pertence à classe dos agonistas do hormônio GLP-1, produzido pelo corpo humano, responsável por controlar a saciedade e reduzir o tempo de esvaziamento do estômago. No Brasil, o Ozempic foi aprovado para o tratamento de diabetes, mas era usado de forma off label para o controle de peso. Essa diferenciação de nomes é importante para o direcionamento correto do uso em políticas públicas de saúde mundo afora. Além disso, as dosagens também são diferentes. O Wegovy apresenta versões com doses superiores, como de 1,7g e 2,4g por caneta. Já o Ozempic tinha uma dosagem máxima de 1g. O preço é salgado: varia de R$ 929, na dosagem de 0,5g, até R$ 1.915, na apresentação de 2,4g. A semaglutida é produzida na Dinamarca e nos Estados Unidos. Uma nova fábrica será construída na França. No entanto, não há previsão para produzir o medicamento no Brasil.

Pet brasileiro no Japão

FOTOs: Edu Viana | | divulgação
(José Fagundes)

A Pet Society, especializada no segmento de higiene, saúde e embelezamento animal, acaba de abrir uma filial no Japão, a segunda fora do Brasil. A escolha do Japão como novo mercado reflete o potencial que o país representa para o crescimento da empresa na Ásia. O Japão foi escolhido em razão da crescente demanda local por produtos para animais de estimação. O mercado pet japonês movimenta cerca de US$ 12 bilhões por ano. “A expansão no mercado asiático é uma oportunidade para atender a esse público exigente, sempre estando alinhados às tendências do mercado japonês”, disse Luciano Fagliari, presidente da empresa.

Negócio resolvido

(Divulgação)

Uma das maiores empresas de terceirização de serviços do interior paulista, a Resolv registrou crescimento de 25% no primeiro semestre e deve fechar o ano com faturamento de R$ 500 milhões, segundo o CEO Rodrigo Mello. “As oportunidades são diversas para expandirmos ainda mais nossas operações pelo Brasil”, afirmou. Hoje a Resolv atende mais de 400 empresas dos segmentos de alimentos, agronegócio, farmacêutico, hospitalar, industrial e shopping centers em dez estados.

Empresa capixaba, expansão nacional

(Divulgação)

Um dos maiores empresários do Espírito Santo, o capixaba Marcus Buaiz — dono do Grupo Conect Já, referência em serviços de internet e telefonia no estado — acaba de investir na Vix Data Center. A estratégia de Buaiz é expandir sua atuação no mercado high-tech e acelerar a expansão para todo o País. O Grupo Conect Já, que lidera o mercado capixaba há 15 anos, investiu cerca de R$ 54 milhões em sua infraestrutura. No ano passado, destinou mais de R$ 20 milhões ao lançamento do Vix Data Center. Hoje, o Grupo Conect Já está avaliado em mais de R$ 150 milhões.

Crescer é bom, mas falta investimento

(Divulgação)

A expansão de 1,4% do PIB no segundo trimestre animou o setor produtivo, mas não gerou euforia no executivo José Velloso, presidente da Abimaq, entidade que representa o setor de máquinas e equipamentos. Segundo ele, a expansão acima das expectativas foi suportada pela melhora do poder de compra das famílias, mas o ritmo não se sustenta com taxas de investimento menores que 18%. Para ele, isso evidencia a necessidade de ações que passem por adoção de projetos bem estruturados, focados em modernização e ampliação do capital produtivo, investimentos em ciência e tecnologia, maior presença no cenário internacional, cuidado com o meio ambiente e qualificação da mão de obra. Para avançar sobre o tema, a Abimaq promove, em 17 de setembro, o 9º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, na sede da entidade, em São Paulo.