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Conheça a lógica da Log para crescer

Com Novo Parque Industrial de Betim, um bairro projetado pra receber indústrias, Log eleva a capacidade da companhia para entregar 500 mil metros quadrados por ano em galpões Triple A

Crédito: Ana Paula Paiva

O CEO Sérgio Fischer apontou que a estrutura atual da Log permite a entrega de 500 mil metros quadrados de área construída por ano (Crédito: Ana Paula Paiva)

Por Allan Ravagnani

A Log ousou crescer. Desde quando foi criada, em 2008, idealizada por Rubens Menin, da MRV &Co, com foco na construção de galpões logísticos, a companhia tinha planos ousados, queria construir apenas galpões de alto padrão (Triple A). Começou com um complexo em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se expandiu para São Paulo, Jundiaí (SP) e logo ganhou dimensão nacional. Hoje, se faz presente em todas as regiões do Brasil, em um total de 22 cidades, com 2 milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL). O segundo grande salto da Log foi sua abertura de capital, em 2018, quando se desvinculou totalmente da MRV, e o terceiro, e talvez mais ousado, foi a criação do Parque Industrial de Betim, também conhecido como PIB, um condomínio para indústrias que pretende transformar a cidade mineira.

Idealizado em 2018, visa aproveitar a localização privilegiada de Betim (MG), com acesso fácil à Fernão Dias, que vai de BH até São Paulo, e a BR-262, que leva para Vitória e Rio de Janeiro, e desenvolver um grande bairro, voltado para a atividade industrial e logística, em uma área de sete milhões de metros quadrados, em 160 lotes, já com infraestrutura de ruas pavimentadas, praças, com distribuição de água, tratamento de esgoto, sistema de energia, fornecimento de gás natural para indústria e segurança, onde as empresas interessadas podem desenvolver o projeto que sejam de seu melhor interesse, desde simplesmente comprar o terreno e construir, como comprar o terreno já terraplanado, e até mesmo encomendar a construção do galpão ao seu gosto. A área do PIB também conta uma área de preservação ambiental de dois milhões de metros quadrados de Mata Atlântica.

“Além de ser uma área com localização atraente, próxima a diversos centros industriais mineiros, o PIB tem hoje como seu principal diferencial o fato de que se trata de uma área que já está 100% licenciada e regularizada. Isso oferece uma vantagem competitiva enorme para empresas que estejam em busca de locais para novos projetos na Grande BH, pois reduz em cerca de 30 meses o tempo de implementação de empresas,” afirmou o CEO da Log, Sérgio Fischer.

Desde o início das operações, as vendas das quadras já somam quase 790 mil metros quadrados para a implementação de diversos projetos, quase 30% da área total destinada para a instalação de empresas. São 31 quadras, com lotes a partir de cinco mil metros quadrados, projetados para atender empresas dos mais variados setores, desde construção, mecânica e fabricação de equipamentos para soldagem de componentes plásticos, montadoras e telhas de poliéster, entre outras. “A gente lançou esse plano em 2019, com Selic a 2%, o Brasil crescendo bem, e- commerce bombando. A pandemia veio, deu um empurrão no e-commerce, e depois desses dois, três anos de taxas de juros altíssimas, conseguimos entregar o plano”, completou Fischer.

R$ 1 bi
É quanto a log investe por ano em seus projetos

30%
É a área que a log já vendeu do pib desde o início de suas operações

A Log, que já foi chamada de Log Commercial Properties, criou no PIB uma estrutura para comportar empresas de diferentes tamanhos e setores, com locais estrategicamente destinados, para que operem em harmonia e tenham uma alta eficiência operacional e um melhor fluxo de entrada e saída de mercadorias. As empresas também tem a opção de crescer dentro do próprio PIB, a depender do projeto desenhado, com seus galpões modulares com capacidade de atender operações de todos os tamanhos, todos com pé direito alto, piso nivelado, segurança reforçada e com um tempo reduzido de construção, dada a expertise na área do grupo com o DNA da MRV. A eficiência é comprovada com a velocidade de construção e de locação. A Log tem conseguido pré-locar seus projetos ao longo do ciclo de construção, que é rápido. Segundo Fischer, os projetos entregues no segundo trimestre de 2024 estavam 70% pré- locados. No terceiro trimestre chegou a quase 100%.

(Divulgação)
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(Jafo)

Os condomínios triple A têm uma qualidade diferenciada, galpões com pé direito elevado, piso nivelado e um alto nível de segurança que têm atraído muitas empresas

Atualmente, cinco empresas estão em plana operação no PIB, entre elas o Mercado Livre, em um galpão de 100 mil metros quadrados de área, além da Belgo (indústria de arames), da fábrica de biscoitos Vilma Alimentos, Mauari (plásticos) e o Grupo Buzattos (móveis hospitalares).

O parque tem o potencial de geração de mais de 40 mil empregos para a região. Diante dessa oferta de empregos e de um gargalo de mão de obra qualificada, a companhia criou um projeto voltado para educação, com a construção de escolas dentro dos condomínios da empresa. Em Betim, a parceria é com o Senai, para a formação de mão de obra técnica e capacitação da população que mora nos arredores. “Uma obra com 3 mil funcionários, por exemplo, eles escolhem o que querem cursar, neste semestre terão aulas de Excel, de inglês, depois teremos curso de operador de empilhadeira, e por aí vai, os projetos também são estendidos aos filhos dos funcionários”, afirmou Fischer.

A Log também estuda desenvolver um condomínio logístico dentro do PIB, nos mesmos moldes dos empreendimentos que já estão presentes em outras cidades do País. “Há potencial para a instalação de um dos nossos empreendimentos no Parque Industrial de Betim, e estamos monitorando atentamente a demanda logística na região para que possamos decidir fazer esse investimento na hora certa e, desta forma, atender as empresas no médio e longo prazo”, completou Fischer. Para o futuro, a companhia segue com metas altas. Até 2028, a companhia projeta crescer 500 mil metros quadrados de ABL por ano, o que representa praticamente dobrar de tamanho, colocando mais 2 milhões de metros quadrados de ABL em seu portfólio.

Desse aumento, um terço será no Sudeste, outro terço no Nordeste, 20% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 3% no Norte. A companhia também pretende realizar uma reciclagem de ativos da ordem de 200 mil metros quadrados de ABL, o que deve garantir caixa para seu plano de expansão agressivo.

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“A gente está vendo um céu de brigadeiro em termos de oportunidade de crescimento da companhia, o terceiro trimestre vai ser muito forte em entregas, com cerca de 135 mil metros quadrados. Além disso, vamos ter um quarto trimestre ainda mais forte, estamos falando em duzentos e tantos mil metros quadrados, isso vai ser um recorde nosso para o quarto trimestre. Aí a gente finaliza o ano com 500 mil metros quadrados entregues. Neste ano, a companhia atingiu a capacidade de gerar 500 mil metros quadrados por ano, o que representa mais ou menos R$ 1 bilhão em investimento todo ano”, completou o CEO.