Motor Show

Compra do Ano/Sedã Médio: sistema híbrido coloca o Honda Civic no topo

Com um sistema híbrido genial, ele é caro, mas vale quanto custa

Crédito: Divulgação

Honda Civic: dinâmica, ergonomia e dirigibilidade como pontos fortes (Crédito: Divulgação )

A categoria já foi mais disputada, porém, com o avanço dos SUVs, acabou sendo abandonada por algumas marcas: o Chevrolet Cruze saiu de linha e o Volkswagen Jetta tem só a versão GLI, enquanto suas opções mais baratas deram lugar a configurações “top” de Onix Plus e Virtus. Isso fez a Toyota, que já era líder, reinar com o Corolla – que não muda desde 2018, quando estreou em versões tradicional e híbrida levando nosso prêmio. Após o tricampeonato, porém, perdeu no ano passado para o Honda Civic, outro que deixou o papel de nacional para um intermediário (o novo City), voltando importado, também híbrido e um tanto caro – mas extremamente atraente. E agora chega ao bicampeonato.

Mas onde alguns veem crise, outros veem oportunidade: em vez de apostar só em sedãs intermediários ou no extremo superior da gama, sem encarar diretamente o Corolla, a Nissan mantém o Versa e ainda traz o ótimo Sentra mexicano renovado e mais competitivo. Tanto ele quanto o Corolla básico são bem melhores que sedãs compactos “top” ou SUVs de igual valor – e excelentes opções, mais racionais e superiores em construção, dinâmica, conforto, espaço e consumo.

E há o BYD King, que chegou na última hora e ainda não avaliamos. Híbrido plug-in, ele é promissor em teoria: um pouco mais barato que o fraco Corolla Híbrido de 122 cv, o novato tem 209 ou 235 cv, mais que os 184 cv do Civic – porém 320 Nm de torque, o mesmo que o Honda (e desempenho similar). É mais barato e plugável, mas fica devendo equipamentos e jamais recomendaríamos um carro que ainda não testamos – os chineses às vezes erram feio em dinâmica, ergonomia e dirigibilidade.

Estes são justamente pontos fortes do Honda, que tem suspensões e direção excepcionais.

Mas o grande destaque é o sistema híbrido: na maior parte do tempo, o sedã é movido pelo motor elétrico, com o quatro cilindros atuando como gerador. Este só traciona o eixo dianteiro quando é mais eficiente (fizemos médias de 25 km/l na cidade e 22 na estrada). E, se você pedir mais potência, volta a usar o elétrico e reage com vigor digno de um BEV. Ou melhor, pois “simula marchas” para dar sensação de carro a combustão (com ruído na cabine). Genial!

(Divulgação)

• VERSÕES
Híbrido R$ 265.900

• Potência 184 cv
 Torque 315 Nm
 Porta-malas 495 litros
 Consumo A
 Versão indicada Versão única