Joalheria Sauer parte para expansão internacional e abre loja em Nova York
Referência mundial em joias cravejadas de gemas, joalheria investe US$ 1,5 milhão em sua primeira loja em Nova York e quer levar brasilidade para o exterior
Por Letícia Franco
Assim como as joias são lapidadas para se tornarem mais brilhantes e valiosas, os negócios também precisam ser refinados para ter sucesso. A Sauer, joalheria brasileira que começou com a lapidação de pedras em 1941, continua a valorizar a marca após mais de 80 anos no mercado, desde o nome até suas coleções. A joalheria, fundada pelo francês Jules Sauer, que descobriu a primeira esmeralda brasileira em 1963, começou como Amsterdam e sua primeira loja, aberta ao lado do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, em 1956, foi batizada como Sauer. Depois, o fundador decidiu criar a marca Amsterdam Sauer ao juntar os empreendimentos. A joalheria só passou a ser puramente Sauer quando a terceira geração da família assumiu o comando da empresa em 2013.
Sob gestão de Gabriel Sauer, a joalheria ganhou um novo brilho não só pelo rebranding, mas também pelo rejuvenescimento de suas coleções, público, presença em eventos do setor de arte, e o mais recente, a expansão internacional da marca com sua primeira unidade fora do País, na badalada Avenida Madison de Nova York, inaugurada na quinta-feira (31).
Com crescimento de cerca de 15% na receita nos cinco últimos anos, a estimativa é que a nova loja seja responsável por um incremento de 20% no faturamento. “É um passo importante, pois somos uma marca que se posiciona internacionalmente, com clientes estrangeiros”, disse à DINHEIRO Gabriel Sauer, CEO da Sauer.
A internacionalização da marca começou ainda em 2020, durante a pandemia, por meio de parcerias. Desde então, a joalheria é uma das marcas mais vendidas de joias no e-commerce Moda Operandi e pode ser encontrada em endereços físicos e digitais pelos Estados Unidos e pela Europa.
Para o primeiro ponto próprio nos Estados Unidos, a grife investiu US$ 1,5 milhão e aposta em peças exclusivas para a unidade, versões de best sellers comercializados no Brasil e expositivos de gemas e minerais.
A experiência por meio de parcerias nos últimos anos foi importante para a concretização da expansão da marca. “A gente conseguiu escolher o melhor posicionamento, entendendo o público e nosso objetivo”, ressaltou o executivo, lembrando que levar a brasilidade da marca para fora do País é uma prioridade. A empresa também tem seis lojas no Brasil, além de e-commerce próprio e lojas parceiras.
DESIGN
Diretora-criativa da Sauer desde 2013, Stephanie Wenk é vista como uma pedra preciosa no novo momento da joalheria. Responsável por atualizar e perpetuar a tradição da empresa em uma linguagem contemporânea, suas coleções celebram a arte, natureza e espiritualidade – mas agora de uma forma diferente.
Se antes os homens eram os principais clientes da marca, ao presentear mulheres, a autocompra realizada por mulheres já domina as vendas nos últimos sete anos.
Segundo Wenk, a arte, a natureza e a espiritualidade são elementos que inspiram as coleções. “Nós olhamos para dentro da marca, para o legado com pedras brasileiras e coloridas, para manter a contemporaneidade. É necessário ter a sintonia com a mulher de hoje”, afirmou ela à DINHEIRO.
Além da expansão internacional e os novos designs, uma pedra preciosa no novo momento da Sauer foi a reinauguração da primeira loja da joalheria, ao lado do Copacabana Palace, originalmente aberta em 1956. O espaço abriga, no segundo andar, um recorte da coleção de gemas e minerais da família Sauer.
As joias da família também são expostas em eventos importantes do setor de arte, como uma estratégia da marca de apresentá-las de uma maneira soft ao cliente. É com a lapidação da sua principal joia – a própria marca – que a Sauer aumenta seu brilho, agora nos Estados Unidos.