Nestlé inicia utilização de biometano em operações no Brasil
Por Allan Ravagnani
Com o compromisso de reduzir suas emissões de CO2 em 50% até 2030 e de se tornar NetZero em 2050, a Nestlé acelera a diversificação de sua matriz energética no Brasil com o uso de combustíveis renováveis. Até 2026, a companhia planeja reduzir 30% da pegada de carbono de suas operações no País, com o início da implementação de biometano nas fábricas de Araçatuba, Caçapava (foto), no interior paulista, e de Ibiá e Ituiutaba, em Minas Gerais. A primeira fábrica a iniciar o uso de biometano é a de Araçatuba, com fornecimento da Ultragaz. O gás renovável começou a ser utilizado este mês para gerar ar quente, essencial para o processo de produção de leite em pó na unidade. A próxima fábrica a operar com biometano é a de Caçapava, que é a segunda maior em volume de produção de chocolates da Nestlé no mundo. A transição será concluída 100% somente no ano de 2025 e a unidade receberá combustível renovável advindo de aterros sanitários, com apoio da empresa Gás Verde. “Produzido a partir de biogás de resíduos de aterros sanitários, o biometano é um combustível 100% renovável que reduz em 99% as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Para nós, é uma satisfação ter a Nestlé como parceira na sua jornada de descarbonização”, afirmou o presidente da Gás Verde, Marcel Jorand.
AMBIPAR
Tecnologia pioneira restaura mais de 200 hectares de área verde em São Sebastião, no litoral de SP
A Ambipar concluiu um projeto inovador que atingiu a marca de mais de 200 hectares de área verde restaurados em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, nos trechos de floresta que foram fortemente afetados pelas chuvas, em fevereiro de 2023. Realizado em parceria com o Instituto Conservação Costeira (ICC), que é o idealizador da iniciativa, Concessionária Tamoios, Fundação Florestal e Cetesb, órgãos do governo do estado de São Paulo, o projeto utilizou uma técnica de semeadura de plantas da região por meio de biocápsulas, aplicadas com o uso de três drones. A tecnologia tem recuperado diversas espécies nativas. Com a restauração do bioma na região, fica mais difícil a possibilidade de deslizamento de terras em uma eventual chuva forte.
REFRIGERAÇÃO
Retec cria solução para climatização sustentável
O Grupo Retec criou um sistema de climatização que oferece maior eficiência energética com emissão de carbono reduzida. É o caso do sistema Volume de Refrigerante Variável (VRV), uma das inovações mais avançadas em climatização sustentável. De acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2022, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os sistemas de climatização representam aproximadamente 47% do consumo de energia em edifícios comerciais e públicos no Brasil. O uso de tecnologias como o VRV pode reduzir em até 70% esse consumo, na comparação com o sistema mini split. Patrick GallettiTozz, engenheiro de climatização e CEO do Grupo RETEC, destacou a importância de levar essas soluções ao mercado integrando tecnologia e inovação.
EMBALAGEM
Limppano reduz mais de 2 mil toneladas de carbono
A fabricante de produtos de limpeza Limppano reduziu suas emissões de gases do efeito estufa em mais de 2 mil toneladas de carbono nos últimos cinco anos, de acordo com balanço da Eco Ludfor divulgado em março deste ano. As embalagens dos produtos Limppano – desenvolvidas com até 30% menos plástico do que a média do mercado – também contam com o selo ”Eu Reciclo”, uma das soluções de impacto positivo mais representativas no país, que contribui com a logística reversa de embalagens pós-consumo e, assim, garante sua destinação correta. Outra iniciativa que contribuiu para esse avanço foi a implantação de energia solar no pátio da fábrica localizada na Baixada Fluminense. A empresa conta com dois complexos industriais próprios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro que, desde 2016, utilizam somente energia limpa, renovável e certificada, além de trabalharem com a captação de água de chuva para reuso com fins de produção e limpeza.
DESCOMPASSO
Falta de padrão causa perda de R$ 100 milhões por ano ao setor de telecom
No setor de telecomunicações, no qual a devolução de equipamentos como modens e roteadores é uma rotina, o descompasso entre a logística reversa e o controle de inventário tem gerado custos elevados, que chegam aos R$ 100 milhões, além da perda de eficiência. Pensando nisso, a PostalGow logística criou a solução DevolvaFácil, plataforma que permite padronizar o manuseio de devoluções, um dos principais gargalos logísticos das empresas de telecomunicações, com capilaridade nacional. “O processo de logística reversa não termina na devolução. Envolve também o manejo e a conferência dos itens de acordo com os padrões definidos pelo cliente”, diz o CEO Carlos Tanaka. A padronização no manuseio de devoluções tem tomado uma grande atenção do setor.