Cibersegurança: empresa brasileira investe em previsão de ataques
Com IA de ponta e parcerias estratégicas, Tempest oferece soluções de segurança personalizadas, antecipando as ameaças e protegendo empresas
Por Aline Almeida
A globalização e o avanço tecnológico tornaram o mundo virtual tão vulnerável a crimes quanto o mundo físico, com a principal diferença sendo o tipo de ameaça, como roubo de identidade, extorsão, disseminação de fake news e ataques a sistemas. De acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças da Check Point Software, os ataques a empresas brasileiras aumentaram 95% no terceiro trimestre de 2024, totalizando 2.766 incidentes por semana, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse cenário destaca a crescente necessidade de soluções de segurança robustas e eficazes.
A Tempest, empresa brasileira especializada em cibersegurança, tem se destacado como uma das líderes do mercado, como pontua seu CEO, João Paulo Lins, ao falar sobre o posicionamento da companhia como referência em segurança digital no País. “Nossa missão é oferecer soluções completas e personalizadas para proteger os negócios de nossos clientes no ambiente digital. Com nossa expertise, garantimos a segurança de qualquer tecnologia, desde sua concepção até sua implementação”, explicou o executivo.
EXPERTISE
● Presente em três continentes, com escritórios em Recife, São Paulo e Londres, a Tempest acumula mais de 20 anos de experiência em cibersegurança e um portfólio de mais de 70 soluções.
● A parceria com a Embraer, iniciada em 2016 e consolidada em 2020 com um investimento majoritário, impulsionou seu crescimento.
● Com uma equipe de 400 especialistas, a empresa atende a mais de 600 clientes, tendo identificado mais de 3,5 milhões de ameaças em 2020, com uma projeção de crescimento de 35% até 2025.
“Nossa missão é oferecer soluções completas e personalizadas para proteger os negócios de nossos clientes no ambiente digital.”
João Paulo Lins, CEO da Tempest
A companhia utiliza Inteligência Artificial para avaliar a segurança de diversos sistemas, como modelos de machine learning, aplicativos de internet banking e ATMs. Essa tecnologia permite identificar vulnerabilidades e garantir a conformidade com os mais altos padrões de segurança. Além disso, a empresa oferece serviços de consultoria, monitoramento e gestão de segurança para setores como bancos, financeiras, saúde e varejo. “Através de nossa expertise, ajudamos nossos clientes a proteger seus dados e sistemas contra ameaças cibernéticas, garantindo a continuidade de seus negócios”, destacou o CEO.
Entre as soluções oferecidas, o diretor de consultoria e engenharia de software da Tempest, Henrique Arcoverde, explicou que a empresa desenvolveu uma solução proativa para antecipar e neutralizar ameaças. Ao analisar um vasto conjunto de dados sobre as atividades de grupos criminosos, a Tempest é capaz de identificar padrões e criar um modelo preditivo. Essa ferramenta permite prever quais domínios serão gerados no futuro, possibilitando ações preventivas antes que os ataques ocorram. “Com essa abordagem, estimamos ter evitado milhões de tentativas de fraude. Nossos modelos preditivos são capazes de detectar cerca de 80% dos domínios maliciosos gerados”, afirmou o diretor.
De acordo com o ele, um dos maiores desafios para a segurança cibernética é o volume exponencial de dados gerados pelas empresas. As tecnologias tradicionais de detecção de ameaças, eficazes no passado para analisar pequenos conjuntos de dados, já se mostram insuficientes para lidar com essa vastidão de informações. “Detectar ataques em meio a esse mar de dados é como procurar uma agulha no palheiro. A maior parte dos dados é legítima, como logs de acesso e informações de negócios, o que dificulta a identificação de atividades maliciosas”, explicou Arcoverde.
Com parcerias estratégicas com líderes de mercado, como IBM, Google e Cloudflare, a empresa investe em três pilares:
● previsão de ataques, com algoritmos de IA que analisam grandes volumes de dados para identificar e antecipar ameaças;
● defesa robusta, por meio de modelos de aprendizado de máquina projetados para resistir a ataques complexos e adaptáveis;
● e segurança em sistemas autônomos, garantindo a proteção de tecnologias como carros autônomos.
“Acreditamos que a IA é essencial para transformar a segurança cibernética”, afirmou o diretor. “Ao investir nesses três pilares, estamos moldando o futuro da segurança digital.”