Investidor

Lucro dos bancos privados na B3 cai 9,4% e acende alerta no mercado

Crédito: Egberto Nogueira/imãfotogaleria

Presidente do Bradesco, Marcelo Noronha (Crédito: Egberto Nogueira/imãfotogaleria)

Por Paula Cristina

Os bancos privados abriram o período de balanços e despertaram alguns alertas no mercado financeiro. O lucro líquido consolidado dos quatro na B3 (Bradesco, Itaú, Santander e BTG) totalizou R$ 67,1 bilhões em 2023, 9,4% menos que os R$ 74,1 bilhões de 2022. Entre eles, o Itaú Unibanco teve o maior crescimento (26,6%), seguido pelo BTG (10,2%). Por outro lado, o Santander teve queda de 38,2%, e o Bradesco redução de 21,2%.

• O Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 16,297 bilhões. O presidente, Marcelo Noronha, afirmou que esse não era o resultado que gostaria de entregar. Segundo ele, além do ROE (retorno sobre patrimônio) ter caído 3 pontos percentuais e chegado a 10%, o banco ainda arca com alta inadimplência gerada no pós-pandemia. “Não vamos fazer nenhuma maluquice no crédito para entregar resultado por entregar.”

• Já o Santander teve, ano passado, lucro líquido consolidado de R$ 9,383 bilhões. O ROE ficou em 12,3%, um acima dos 8,8% de um ano antes.

• Se o Bradesco e o Santander correm para evitar a desvalorização dos seus papéis na B3, o presidente do Itaú, Milton Maluhy, surpreendeu o mercado com um resultado forte. O lucro líquido somou R$ 35,62 bilhões, com um ROE de 21% – o mesmo de 2022.

• O BTG Pactual, por sua vez, reportou lucro líquido ajustado de R$ 10,4 bilhões e o ROE em 22,7%. Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, afirmou que mesmo diante dos desafios de 2023, a empresa entregou uma performance recorde.