Saiba como a BMC ajuda empresas com gargalos tecnológicos
Ao levar soluções full aos clientes, BMC é decisiva na ponte entre o mundo corporativo e o consumidor final deles
Por Edson Rossi
Todo grande player de tecnologia que constrói sua jornada baseada em perpetuidade tem um traço em comum. Um motto. Um mantra. O da BMC pode ser resumido a uma frase: ‘Ajudar as Empresas’. E baseado nela a companhia faz negócios. “Acreditamos que toda organização precisará evoluir para funcionar como Autonomus Digital Enterprise (ADE)”, afirmou à DINHEIRO Ayman Sayed, o CEO global da BMC. “Num modo ADE, as empresas passam a tirar o máximo possível das suas tecnologias atuais e futuras.” Em outras palavras, com a casa em ordem tecnologicamente falando, as marcas chegam a seus consumidores finais resolvendo as dores deles e criando conexões sólidas.
A companhia tem história.
• Fundada em 1980 pelos ex-funcionários de tecnologia da Shell Scott Boulette (o B), John Moores (o M) e Dan Cloer (o C), a BMC cresceu de forma acelerada e abriu o capital oito anos depois.
• A fase seguinte foi de forte crescimento lastreado em M&As. Até 2013, quando foi vendida por US$ 6,9 bilhões para um grupo de investidores e teve o capital fechado.
• Hoje, são 6 mil funcionários em quase quatro dezenas de países, com receitas que já superam os US$ 2 bilhões.
Mas por trás desses números, uma área se destaca e é nuclear para a companhia: Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Desde que foi fundada, a BMC já investiu mais de US$ 10 bilhões em inovação. O resultado é um portfólio de quase 600 patentes.
Esse arsenal permite que a companhia tenha soluções para empresas de todos os portes e de todos os segmentos. “Nosso conjunto de soluções de software é infinitamente adaptável a qualquer ambiente, desde o local até a nuvem e até a borda”, afirmou Sayed. “Então, as empresas podem automatizar e transformar perfeitamente sua infraestrutura de TI onde quer que ela esteja.”
Some-se a isso um universo em constante mutação. Não apenas no campo da inovação acelerada, mas também no campo legal. Sayed cita, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aprovada no Brasil em 2018 e em vigor desde 2020. “A LGPD é um fator crítico para nossos clientes.”
Por esse motivo, as respostas da BMC são desenhadas para se transformar em produtos que permitam às empresas maior disponibilidade e escalabilidade tecnológica, e tudo em conformidade legal.
NOVO IPO
Evidentemente, um novo IPO está no horizonte da empresa. E evidentemente Sayed não pode falar a respeito. De toda forma, o mercado fala. Reportagem da agência Reuters (de fevereiro de 2023) afirmou que a companhia “entrou com pedido confidencial de IPO”.
Desde 2018, a BMC pertence ao gigante de investimentos KKR. A informação da provável nova abertura de capital também foi confirmada pela americana Forbes (em agosto de 2023), num artigo assinado por Steven Dickens. “O caminho para um IPO em 2024 tem sido evidente”, afirmou.
Dickens não é apenas um articulista. Vice-presidente do Futurum Group, tem larga trajetória pela indústria tecnológica, incluindo passagens por gigantes como IBM e HPE (Hewlett Packard Enterprise). Entende bem desse mercado. “A BMC é uma indústria robusta, possui fortes posições de liderança em seus mercados, base de clientes fiéis e negócio em crescimento. Ainda assim, este [potencial] IPO não conquistou a atenção devida”, escreveu Dickens. Sendo sim ou não, a companhia segue sua jornada. Como diz Sayed, concentrada em fornecer soluções aos clientes. “Esse é o nosso compromisso.”
Entrevista
Ayman Sayed, CEO da BMC
A BMC foi reconhecida pela Forrester como empresa referência em AIOps (inteligência artificial para operações de TI). O que levou a esse resultado?
A BMC tem se concentrado em soluções habilitadas para inteligência artificial (IA) há anos. Este último reconhecimento destaca nosso compromisso de fornecer aos clientes e parceiros observação e acompanhamento em tempo real em toda a empresa, com insights e correção automatizada.
O lema da BMC é “Reinvente seu negócio com software, soluções e serviços para evoluir para uma Empresa Digital Autônoma”. O que define uma Empresa Digital Autônoma?
O conceito Autonomous Digital Enterprise (ADE) foi introduzido há alguns anos para explicar a visão da evolução do software empresarial e o papel que ele desempenhará para permitir o sucesso dos negócios em todo o mundo. ADE baseia-se em tecnologias comuns para dar às organizações capacidade de se adaptar rapidamente e capitalizar as oportunidades à frente.
É algo de nicho?
Não. Acreditamos que toda organização precisará evoluir para funcionar como ADE. As empresas devem tirar o máximo possível das soluções de tecnologia atuais e futuras.
Quais as principais oportunidades e desafios no mercado brasileiro?
No que diz respeito aos desafios do mercado atual, os negócios têm avançado mais rapidamente do que é humanamente possível acompanhar. As empresas precisarão adotar a tecnologia para acompanhar. Como? Devem reinventar a forma como operam para ter sucesso. E a tecnologia continuará a ser a chave para ajudar a enfrentar esses desafios. Tecnologias que ajudam a conectar todo o lado digital de uma organização, o que a BMC chama de Operações Digitais Conectadas, ajudarão as organizações a automatizar e transformar perfeitamente seus negócios. No Brasil, temos clientes em todas as áreas, incluindo setor público, indústria de telecomunicações, instituições financeiras… Oito dos dez maiores bancos do Brasil utilizam uma solução nossa.
Como está a necessidade de seus clientes em relação a conformidades legais?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil continua a ser um fator crucial. E isso nos impacta diretamente. O portfólio BMC Helix [uma das soluções] está disponível através de um data center em São Paulo que não apenas aumenta a disponibilidade de nossos serviços, mas também garante conformidade contínua com a LGPD. Os benefícios incluem maior disponibilidade e escalabilidade, mas também ajudam a cumprir a lei, estabelecendo condições e requisitos para processamento, transferência e armazenamento de dados pessoais.
Desde o início da BMC, houve forte investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (US$ 10 bilhões). Quais são as áreas prioritárias?
Nas áreas que continuam a fortalecer o conceito de Autonomous Digital Enterprise (ADE). Além de IA. Os dados desempenharão um papel fundamental na modo como fazemos negócios, construímos soluções e o valor que podemos oferecer a nossos clientes e parceiros. Então, ADE e IA continuam sendo um foco principal para nós em 2024.
Quando você foi contratado pela BMC, em 2019, o que foi decisivo? E o que motivou você a aceitar?
Cada vez mais empresas, em todos os setores, estão se reinventando em tecnologias baseadas em software. A BMC tem uma rica história como fornecedora de ferramentas e infraestrutura para as empresas que precisam migrar para um mundo digital. Vi um potencial incrível de crescimento com a ampla ofertas de produtos da BMC.
Se você puder pensar em algo que traz de sua casa, que aprendeu com seus pais, e gostaria que fosse sua marca, seu legado, o jeito como as pessoas pensarão em você, o que seria?
Nascido e criado no Egito, segui meu interesse por tecnologia, o que me levou ao Canadá e depois aos Estados Unidos. Desde criança tenho interesse por eletrônica e tecnologia. Meus pais, minha família, nutriram esse interesse. E me incentivaram a buscar novas oportunidades. Em 1994, fiz a grande mudança ao ingressar em uma startup no Canadá, o que definiu todo o meu caminho no mundo da tecnologia. Então, o incentivo e o apoio desde a infância, para eu ser curioso e buscar oportunidades, foram a base. Hoje, mantenho isso com meus filhos — construindo foguetes com eles. Pretendo ter como marca ajudar as
pessoas a prosseguir com seus interesses.
Qual é o seu lema de vida?
Nunca tome nada como certo.