Líderes do AGRO 2024: A colheita recorde do ministro Carlos Fávaro
Ministro da Agricultura e Pecuária fez o que parecia impossível: aproximou o governo Lula do mais bolsonarista dos setores produtivos e provou que, quando a semente é bem regada, os resultados não diferem partidos políticos
Líderes do AGRO 2024
Por Paula Cristina
Carlos Fávaro é uma daquelas personalidades agregadoras. Não era difícil vê-lo no Senado federal conversando com parlamentares de todos os partidos, fazendo parte de comissões e ouvindo prós e contras dos mais variados assuntos. Esta também era a postura durante seus períodos à frente do Aprosoja Brasil e enquanto foi vice-governador do Mato Grosso, entre 2015 e 2018. Talvez por isso, em sua terceira gestão, Lula tenha colocado o senador para desatar um dos mais complexos nós da diplomacia republicana: o agronegócio. E o resultado foi melhor (e mais rápido) do que o esperado.
Em um ano, Fávaro acumulou uma série de recordes.
• O Plano Safra de R$ 364,2 bilhões, a abertura de 78 novos mercados exportadores, 39 novos países na balança comercial, US$ 166,49 bilhões exportados.
• Tudo isso enquanto mediava qualquer resquício de tensão oriunda da menor abertura que o governo atual poderia ter com o agronegócio. “Após as eleições nós vivíamos clima de hostilidade, em especial com esse setor. Não tivemos um período de convergência, e sim espaço para trabalhar. E os resultados estão aí. Vão nos julgar por nossos resultados, não por política”, disse o ministro À DINHEIRO RURAL.
Em 2024 o ritmo parece não ter diminuído. O Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa):
• já abriu 24 novos mercados,
• trabalha em um acordo comercial com países da África,
• e busca alternativas para dar sustentação aos empresários do setor que queiram embarcar suas mercadorias.
“Tudo isso com o plano de, novamente, bater o recorde de recursos do Plano Safra. A orientação do presidente Lula é que o valor seja maior em 2024”, afirmou o ministro da Agricultura.
Ao aliar recursos para o financiamento e suporte para o crescimento dos empresários do ramo, Fávaro diz que a palavra de ordem este ano é percorrer o Brasil para se aproximar dos produtores. “Sabemos que teremos dificuldades na produção, que os preços da commodities estarão mais achatados e queremos estar próximos e dialogando para minimizar os efeitos negativos e criar as condições para obtermos novos recordes”, afirmou.
“Os resultados estão aí. Tivemos o maior plano Safra da História e vamos bater o recorde de novo este ano. Queremos ser julgados por resultados, não por política”
Nessa empreitada, disse o ministro, alguns aliados têm sido fundamentais. “O BNDES do [Aloízio] Mercadante e a Fazenda de [Fernando] Haddad são essenciais. Nos tornamos um trio imbatível.” Exemplos dessa convergência de interesses foi a criação de novas linhas de crédito com lastro dolarizado, simplificação para o acesso ao crédito e garantias, além da facilitação e ampliação dos recursos para cooperativas. “Tudo isso nos levou a uma adesão recorde ano passado dos empresários pelos recursos do Plano Safra. Mesmo com a Selic ainda alta, conseguimos oferecer condições de financiamento extremamente atraentes”, disse Fávaro.
Ao gabaritar na lista de ações para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, o ministro se tornou o destaque de Gestão Pública no ranking de Líderes do Agro 2024, da DINHEIRO RURAL. E não poderia ser diferente. Quando abriu diálogo dentro e fora do País, Fávaro mostrou com números o que sempre tentou provar em sua vida pública: quem fala semeia. Quem escuta, colhe.