Transfeera, a fintech que não para
Startup transacionou R$ 19 bilhões ano passado e quer liderar o mercado de pagamentos para pequenas e médias empresas
Por Paula Cristina
Em um momento em que os bancos tradicionais se desdobram para atender as transformações tecnológicas no meio de pagamento, em especial no B2B, uma startup de Santa Catarina já nasceu com esse propósito. A Transfeera, uma fintech que atua para pequenas e médias empresas, transacionou quase R$ 19 bilhões ano passado e chega em 2024 pisando no acelerador. Depois de receber autorização do Banco Central para integrar o Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB), a companhia quer ser o meio de pagamento B2B mais utilizado entre as empresas de menor porte. “Com a aprovação da licença de instituição de pagamento podemos operar com mais autonomia e de forma mais ampla no mercado”, disse Fernando Nunes, cofundador e CEO da Transfeera.
E eles estão com a faca e o queijo na mão. Foram criados no ambiente digital; têm um público-alvo que, em 2023, cresceu 7%, três vezes mais que o PIB; e, segundo o Sebrae, deve chegar em 2026 movimentando R$ 4 trilhões ao ano. Mas atender esse empresário não é fácil. Para cair nas graças é preciso trazer soluções de fácil entendimento e alta eficiência.
Foi assim que os três sócios, Rodrigo Kratzer (CFO), Fernando Nunes (CEO) e Rafael Negherbon (CTO), lançaram o Boleto+Pix. A nova solução permite que cliente faça o recebimento usando um código de barras ou QR Code do Pix, com possibilidade de saber em até 1 hora se o boleto foi pago.
“Trata-se de um tempo 98% menor do que a compensação atual, que pode levar até 3 dias úteis”, disse Nunes. Segundo ele, o produto surge com a proposta de ser uma solução moderna para uma modalidade que só em 2022 foi responsável por transacionar R$ 5,3 trilhões, de acordo com a Febraban.
“Com a empresa crescendo mais de 100% ano a ano, queremos ampliar nossa presença no mercado com produtos inovadores.”
Fernando Nunes, cofundador e CEO
Além do Boleto+Pix, a fintech continua a trabalhar com seus outros dois produtos:
• Pagamentos, que permite que as empresas tenham seus pagamentos e recebimentos de maneira automatizada,
• e ContaCerta, que realiza a validação de dados bancários e chaves Pix.
“Como uma empresa que vem crescendo em mais de 100% ano a ano, o objetivo é seguir ampliando nossa presença no mercado, oferecendo produtos inovadores e que atendam às necessidades de nossos clientes”, disse o CEO.
Ano passado, a Transfeera registrou mais de 43 milhões de transações, número que representa 47% a mais do que o volume transacionado em 2022. Para dar conta dessa demanda crescente, a empresa anunciou captação de R$ 7 milhões, em rodada liderada por Honey Island e 4UM Investimentos, e que também contou com participação dos fundos Bossanova Investimentos, Opus, Goodz Capital e Curitiba Angels.
Uma jornada memorável, digna de uma fintech viciada em movimento e propósito.