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Déficit em conta corrente cairá US$ 11,7 bilhões

Crédito: Frimu Eugeniu

Importações líquidas de ativos criptográficos de US$ 11,7 bilhões do período não serão mais incluídas no cálculo da balança comercial (Crédito: Frimu Eugeniu)

Por Paula Cristina

O déficit em conta corrente do Brasil vai cair significativamente a partir do próximo mês, uma vez que a compra de criptoativos deixará de ser considerada uma importação que afeta o saldo da balança comercial, disse o Banco Central na segunda-feira (24). Segundo Renato Baldini, vice-chefe do Departamento de Estatísticas do BC, a revisão segue uma mudança metodológica no FMI. Desde 2019, os criptoativos eram tratados como mercadorias, impactando a balança comercial.

Agora, ficarão registrados na conta de capital. “Com isso, haverá impactos significativos”, disse Baldini a jornalistas, acrescentando que o déficit em conta corrente de 2023 diminuirá de US$ 30,8 bilhões para US$ 19,1 bilhões, já que as importações líquidas de ativos criptográficos de US$ 11,7 bilhões do período não serão mais incluídas no cálculo da balança comercial.

Entre janeiro e maio deste ano, o déficit será reduzido para US$ 13,8 bilhões (ante aos US$ 21,1 bilhões, após exclusão de importações líquidas de ativos criptográficos no valor de US$ 7,3 bilhões). A nova metodologia já será contabilizada a partir de julho, quando serão divulgados os dados de junho.

US$ 1 bilhão É o valor que a Vale está buscando nos mercados internacionais de títulos, pela primeira vez em um ano e meio, para recompra de dívida. O título tem vencimento em 30 anos a um juro de Treasury + 210 pontos-base. O valor é menor do que as negociações iniciais de cerca de 250 pontos-base.

100 Por vaca. Foi o valor anunciado pelo governo da Dinamarca para um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono provenientes do gado a partir de 2030, tornando-se o primeiro país do mundo a tomar uma medida do tipo. A solução será decisiva para o país reduzir em 70% as emissões do efeito estufa.

Novas regras
Flexibilização das Empresas Simples de Crédito

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na terça-feira (25), o projeto de lei (PLP 202/2021) que flexibiliza as regras de atuação das Empresas Simples de Crédito (ESCs). Essas instituições são autorizadas a emprestar dinheiro para microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. O projeto agora será analisado pelo plenário do Senado.

O PLP faz várias alterações na Lei Complementar 167, de 2019, que estabelece todas as regras para as empresas simples de crédito. Nos moldes atuais, uma ESC só pode atuar no município em que está situada e só pode utilizar recursos próprios. A proposta elimina essas duas restrições, autoriza a abertura de filiais dentro do mesmo estado e inclui produtores rurais e profissionais liberais no público que pode ser atendido por elas.

De acordo com o projeto, as ESCs poderão utilizar linhas de crédito bancárias com limite de alavancagem de até uma vez e meia o capital realizado. Elas também seriam autorizadas a atuar como agentes repassadores ou intermediadores de recursos de programas e fundos governamentais e de bancos, tanto públicos quanto privados.

(Divulgação)