Tecnologia

Spotify e ex-casal real se separam (e há mais coisas sob o tapete)

Crédito: Kirsty O'Connor

Harry & Meghan: supostamente devendo em produtividade (Crédito: Kirsty O'Connor)

Por Edson Rossi

No começo do mês, o Spotify anunciou a demissão de 200 pessoas de sua área de podcasts. Na quinta-feira (15), foi a vez de mais dois nomes bem reluzentes: Meghan Markle e o príncipe Harry. Oficialmente, foi uma saída de comum acordo. Na real, o Spotify não estaria nada feliz com a produtividade de Harry & Meghan, que assinaram um contrato no fim de 2020, estrearam apenas em agosto de 2022 e fizeram só 12 episódios da série Arquétipos. Por isso, o acordo, estimado em US$ 20 milhões, não seria pago integralmente, segundo o The Wall Street Journal. Ainda assim, o projeto, que tinha Meghan como apresentadora, foi um sucesso de audiência. Quem odiou a relação com o casal foi o responsável pela área de Inovação e Monetização de Podcasts do Spotify, Bill Simmons. “Os Fucking Grifters, esse é o projeto que deveríamos ter lançado com eles”, disse Simmons na sexta-feira (16) no seu próprio programa. A tradução mais polida é algo como Vigaristas do C***lho. Simmons se tornou executivo do Spotify ao vender sua rede de podcasts (The Ringer) para a plataforma, em 2020. O climão tem a ver também os resultados da empresa. Em 2022, o prejuízo foi de 430 milhões de euros, mesmo com alta de 21% nas receitas — para 11,7 bilhões de euros. No começo deste ano, o CEO do Spotify, Daniel Ek, disse que a empresa cometeu alguns erros com o US$ 1 bilhão gastos para se estabelecer como player importante no universo podcasting. “Seremos mais diligentes”, afirmou.

Twitter suspende contas de crítico

Aqui se fala, aqui não se cumpre. Em abril do ano passado, ao começar as negociações que culminaram na aquisição do Twitter seis meses depois, Elon Musk postou que esperava que até os inimigos permanecessem na rede. “Porque é isso que significa liberdade de expressão”, escreveu. Agora, ao assumir o cargo de CEO, Linda Yaccarino (a autora da frase abaixo) afirmou que “todos devemos ter a liberdade de falar” o que pensamos. Bem. Aaron Greenspan não deve concordar. Fundador do PlainSite — dedicado a transparência de casos jurídicos —, ele teve sua conta e a do site suspensas pela plataforma na terça-feira (13) sem receber explicações do Twitter. Crítico de Musk, Greenspan expõe em seu site litígios de corporações, o que inclui dossiês sobre empresas do bilionário.

“O Twitter 2.0 tem a missão de se tornar a fonte de informações em tempo real mais precisa do mundo e uma praça global de comunicação.”
Linda Yaccarino, nova CEO do Twitter, em seu primeiro e-mail aos funcionários

São Paulo sobe em ranking global

Boa notícia para São Paulo. A cidade subiu quatro posições (da 30a para a 26a) no tradicional Global Startup Ecosystem Report 2023, abrangente análise sobre os ecossistemas de startups em todo o mundo. O relatório é baseado em análise de dados de 3,5 milhões de empresas em 290 regiões globais. São Paulo é a primeira colocada de toda a América Latina. Desde 2020, o topo tem os mesmos três lugares: na liderança, Vale do Silício (EUA), seguido por Nova York (EUA) e Londres (Inglaterra), empatados. Completam os dez primeiros postos Los Angeles (EUA), Tel Aviv (Israel), Boston (EUA), Pequim (China), Cingapura (Cingapura), Xangai (China) e Seattle (EUA).

Mistral, um mês de vida e já vale 240 milhões de euros

(istockphoto)

Criada há um mês, a startup francesa Mistral acaba de receber uma rodada feed de 105 milhões de euros, recorde na França. Com isso, o valuation já é de 240 milhões de euros. Entre os investidores estão fundos locais e de Alemanha, Bélgica, Itália, Reino Unido e até Eric Schmidt, ex-CEO do Google. A empresa foi criada por Arthur Mensch (o CEO), Guillaume Lample (Chief Science Officer) e Thimotée Lacroix (CTO). Mensch foi do DeepMind, braço de IA do Google. Os outros dois, da Meta. A Mistral ainda não tem produto, que deve ser lançado apenas no ano que vem e será algo semelhante ao ChatGPT, com uma diferença: em vez de mirar no usuário final, a startup quer atuar com empresas, usando IA para processos de P&D a marketing.