Serviços no futuro da mobilidade
Por Lana Pinheiro
Na lista de bens de consumo de uma família brasileira é possível dizer que um dos que trazem mais reflexões sobre eventual destino na economia verde é o automóvel. No centro da discussão, o impacto do combustível que quando de origem fóssil é fonte relevante de emissão de CO2, um dos vilões do aquecimento global. Como é improvável que a sociedade acabe com os veículos, a Volkswagen Financial Service está construindo um novo posicionamento do negócio onde almeja ser reconhecida como empresa referência em mobilidade. Essa jornada está sendo construída, segundo o CEO da empresa para o Brasil e América do Sul, Rodrigo Capuruço, “100% a linhada à estratégia global Mobility 2030” com investimentos que superam os R$ 10 milhões no Brasil no ciclo ESG 2022/2023. “Estamos focados em entregar soluções sustentáveis para o cliente, para assegurar sua lealdade e para o carro”, afirmou o CEO.
Na visão do executivo, o combustível do futuro dependerá da região.
Na Europa e Estados Unidos, o foco será o elétrico.
No Brasil, aposta no híbrido com a combinação do etanol e da eletricidade.
Mas seja onde for, Capuruço aposta em uma mudança estrutural da indústria. “Eu diria que o uso do veículo por assinatura tende a se consolidar como a primeira opção do cliente”, disse à DINHEIRO.
Além de atender os desejos de uma nova geração que não enxerga mais valor na posse de veículos; de garantir mais conveniência ao cliente já que esforços com a manutenção e burocracia do veículo ficarão com a empresa; e de possibilitar que o ciclo de vida do produto se estenda mais do que hoje; o executivo destaca mais uma vantagem.
“Quem melhor do que as empresas para gerenciar a economia circular e o descarte correto das peças após o seu uso, especialmente o da bateria elétrica ou híbrida?” A pergunta ele mesmo respondeu: “Nós, a cadeia de mobilidade.”
Inclusão
Mover amplia impacto
Profissionais negros com lacunas no inglês poderão concorrer a 30 mil bolsas para o curso da língua que o Movimento pela Equidade Racial (Mover) abrirá a partir de 24 de julho. A ação foi anunciada em cerimônia com mais de 50 CEOS para celebrar os dois anos da iniciativa. O programa, disse a diretora-executiva Marina Peixoto, veio para atender uma demanda que nasceu no ano passado quando para uma oferta de 1,5 mil bolsas, o Mover recebeu 25 mil inscrições.
Além do curso, Marina anunciou o lançamento do Game Bora Mover em plataforma aberta, um jogo para promover letramento racial anteriormente disponível apenas a empresas associadas. “A expansão de ações é necessária para democratizar conteúdo, informações e finalmente mudar o racismo estrutural.” Entre as associadas, Ambev, Coca-Cola Brasil e Dow Brasil.
“Se todas as vidas importassem, nós não precisaríamos proclamar enfaticamente que a vida dos negros importa.”
Angela Davis, professora e filósofa americana
Formação
Senac amplia ofertas ESG
Desde a sua criação em 1946, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) se tornou referência em educação profissional e tecnológica do País. Conseguiu esse feito com capilaridade e constante modernização para atender à demanda do mercado. Isso acontece novamente. No próximo mês de agosto começam as aulas do recém-lançado curso de pós-graduação em ESG.“Esse é um tema transversal nas empresas e que complementa qualquer graduação que o aluno já fez”, afirmou Camila Moraes, gerente do Senac Jabaquara, unidade referência no tema.
Serão dois anos de curso, com matérias como Gestão Ambiental, Economia Circular, Consumo Consciente, Inovação para Sustentabilidade, Ética e Direitos Humanos. “O mercado está carente de profissionais especializados e essa é uma boa oportunidade para diversos brasileiros”, disse a executiva.
Combater o racismo é fundamental
O combate ao racismo é uma questão fundamental em todas as sociedades, incluindo São Paulo, uma das maiores cidades do Brasil. Aqui na capital paulista, a Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para a População Negra (CPPN), luta contra o racismo e promove o engajamento da sociedade, bem como a adoção de políticas públicas efetivas e o respeito aos Direitos Humanos. A CPPN, criada pelo Decreto nº 54.429/2009, tem entre suas atribuições a apuração de discriminação por motivo de raça ou cor, em suas várias formas de manifestação — seja particular ou jurídica, aplicando a Lei nº 14.187/2010, que neste ano completará 13 anos de vigência. A sua principal missão é desenvolver políticas públicas à comunidade negra para diminuir a desigualdade entre as pessoas, mantendo firme seu propósito da promoção da igualdade racial em todo o estado. Essas são apenas algumas das ações que têm sido desenvolvidas em São Paulo.